Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ | Tema: AyA ponny, rbd romance drama

ANAHI

Maite abriu a porta do quarto e perguntou esbaforida:

- Any o que aconteceu?

Any: O Carlos me odeia Mai e pra piorar Poncho e eu temos o mesmo tipo sangüíneo...Entende isso? Se eu tivesse morrido aquela vez ele teria se salvado... Um cara como o Poncho precisando de um transplante e uma garota como eu que já quis se matar podendo dar essa chance pra ele... É tão... Estranho que eu podia jurar quer armaram isso, que armaram de termos nos conhecido. - respondi chorando.

Mai: Poncho me contou isso ontem, pensei que soubesse.

Any: Não sabia de nada... O que eu vou fazer agora? Com que cara vou olhar pra ele? Por isso o pai dele me odeia, ele tem toda a razão em me odiar. - respondi chorando.

Em resposta Mai me abraçou e eu chorei ainda mais. Não era justo alguém como Poncho estar condenado enquanto eu, uma garota que não merecia, ter uma vida saudável.

ALFONSO

Assim que estacionei em frente à casa da Maite a mesma abriu a porta e saiu pra fora.

Poncho: Como... - perguntei.

Mai: Vc é o único que eu conheço que tem uma Hornet. - ela deu de ombros e caminhou até mim.

Poncho: Vejo que vc entende de motos. - sorri e desci.

Mai: É o Derrick quem gosta, eu acabei aprendendo. - sorriu e cruzou os braços na minha frente.

Poncho: Ela ta ai?!

Mai: Esta! - assentiu ficando séria. - E não acho uma boa vcs se falarem agora.

Poncho: Vc quer dizer que ela ouviu a conversa no telefone?

Mai: Sim... Pode ter sido invasão de privacidade, mas era dela que estavam falando.

Poncho: Então ela sabe do transplante. - abaixei a cabeça desejando poder ter contado tudo à ela.

Mai: Sabe e isso a abalou muito. - me respondeu e vi a tristeza estampada nos olhos dela. - Por isso acho melhor vc ir.

Poncho: Por favor, Mai, me deixa falar com ela. - implorei.

Mai: Poncho eu realmente fiquei feliz quando vi vc e a Any juntos, mas não compensa pelo que acabou de acontecer... Ela pode ter errado, mas isso não da razões pro seu pai falar o que falou dela pra vc.

Poncho: Sim, mas a opinião dele não importa pra mim. - rebati.

Mai: Mas ta estragando tudo... Poncho pensa comigo, vc e a Any se viram três vezes desde que se conheceram, se começou a rolar algo, começou ontem e olha como já estão as coisas? Já é a segunda vez que o seu pai a insulta pra vc e ela ouve... Ta na cara que isso não vai dar certo... Any não precisa de mais uma pessoa pra jogar defeitos que ela possui e não possui na cara dela... Ela não precisa de mais um pra jogá-la pra baixo, menos ainda agora que ela encontrou uma desculpa pra acabar com a própria vida. - me apontou.

Poncho: Mai... Eu gosto dela, de verdade. - foi a única coisa que consegui responder.

Mai: Sim, mas só isso não vai bastar Poncho... Não enquanto esses insultos continuarem... Olha infelizmente ou felizmente vc conheceu a Any no pior momento da vida dela, qualquer um que der um pingo de atenção à ela e for compreensivo como vc vai ter a chance de conhecê-la do jeito que ela é e sempre foi... Mas isso não vai bastar com vc vendo o lado bom dela de um lado e o seu pai vendo o lado ruim de outro.

Poncho: O que quer dizer com isso?

Mai: Que Any realmente esta gostando de vc por tudo o que vc disse à ela, por tudo o que conversaram e fizeram juntos, mas isso só vai machucá-la... A mãe dela acabou com qualquer auto-estima que ela tinha antigamente e por mais que eu e vc tentemos reconstruí-la não vai adiantar se existir pessoas próximas à vcs pra dizer todas as coisas que seu pai e a mãe dela disseram... Por isso acho melhor vcs não se virem mais, se desligarem um do outro enquanto ainda da pra fazer isso... Por que qualquer coisa que começarem juntos vai ser frágil demais pra se manter intacta contra insultos, indiferenças e outras coisas.

Poncho: Só que eu não quero “me desligar” Mai e não vou fazer isso sem antes falar com ela... Vc fala como se eu fosse o salvador e ao mesmo tempo a pessoa que vai levar Any ao fim definitivo, só que ela também esta me salvando e talvez nem esteja se dando conta isso... Mas vou te falar uma coisa... Eu nunca senti isso por ninguém antes na minha vida toda... E eu não esperei até hoje pra abandonar por opiniões de terceiros.

Maite suspirou e num tom derrotado me respondeu:

- Tenho medo de onde essa sua teimosia pode te levar e levar à ela, mas... Vou ver se quer falar com vc.

- Não precisa!

Eu olhei pra frente e Mai se virou a tempo de ver Any parada na porta. Ela se aproximou dizendo:

- Já estou aqui!

Suspirei aliviado por vê-la na minha frente. Ela não demonstrava fisicamente, mas eu sabia que internamente ela se sentia muito mal. Estendi o capacete pra ela e perguntei a olhando nos

olhos: - Topa dar uma volta comigo pra gente conversar?

Ela encarou Maite que deu de ombros. Pegou o capacete e assentiu dizendo:

- O que eu tenho a perder?... Volto logo Mai. - encarou a amiga forçando um sorriso.

Mai: Se cuida e o que eu disse Poncho foi tentando ajudar, não leve a mal.

Poncho: Eu sei! - assenti sorrindo e liguei a moto no momento em que Any montou e me abraçou.

Sentindo uma nova injeção de ânimo e sentindo que nem tudo estava perdido acelerei e saímos os dois de lá.

ANAHI

Paramos numa praça perto dali e quando desci tentei organizar meus pensamentos, tentando encontrar uma forma de organizar minhas idéias e saber exatamente o que ia lhe dizer.

- Vamos sentar naquele banco. - ele me olhou me distraindo.

Assenti e quando sentamos uma pergunta martelou na minha cabeça e saiu naquele momento mesmo.

- Por que vc não me contou que quase transplantaram meu coração em vc?

Poncho: Eu achei que meu pai tinha te falado, que vc sabia de tudo quando nos conhecemos.

Any: Eu não sabia! - abaixei a cabeça.

Poncho: Any eu quis te contar aquele dia na praça e ontem só pra ter certeza que vc sabia de tudo, mas não queria tocar nesse assunto... Cheguei até a pensar que tinha saído comigo aquela vez e ontem por culpa.

Any: É claro que não, eu não sabia de nada e é muito fácil vc sair comigo por pena do que eu sair com vc por culpa, afinal, vc me salvou, vc que impediu a si mesmo de receber o transplante.

Poncho: Sim, mas acredite Any... Eu não me arrependo do que fiz e tampouco estou saindo com vc por pena.

Any: Eu sei! - assenti sabendo que aquilo era verdade.

Poncho: E quanto ao meu pai...

Any: Não... Não precisa falar nada. - pedi. - Não é culpa sua.

Poncho: Sim, mas ele não pode falar isso de vc.

Any: Esquece isso, ele não é o primeiro e nem vai ser o último. - forcei um sorriso, queria que ele acreditasse na mentira de que tudo estava bem quando na verdade não estava.

Poncho: Mas...

Any: Seu pai tem razão, vc não merece uma garota como eu, merece coisa melhor.

Poncho: Any quer parar com isso e me ouvir?

Any: E o que vc vai me dizer pra me fazer mudar de idéia? - perguntei o olhando.

Poncho: Que eu to gostando realmente de vc... Que vc ta mexendo comigo como nenhuma garota mexeu antes... Droga Any vc não pode fazer isso comigo. - respondeu me olhando.

Any: E o que vc quer que eu faça? - o olhei. - Ta na cara que eu to estragando a sua vida, to fazendo vc brigar com seu pai toda hora e... Te impedi de ter uma vida fora daquele hospital. - disse começando a chorar.

Poncho: Pois eu não me importo, vc recompensou nos momentos que ficou comigo, eu nunca conversei com ninguém sobre as coisas que eu conversei com vc, nunca falei de planos, de desejos, de mim com uma garota... Any há coisas em mim que vc sabe, que nem meus melhores amigos, Ucker e Chris desconfiam... Eu não sei de onde vc tirou essa idéia de que ta estragando tudo quando eu vejo que vc veio pra consertar as coisas... Se vc tivesse morrido aquele dia a gente nunca teria se conhecido... E eu sinto uma dor enorme aqui dentro em pensar que isso podia ter acontecido... Eu não me arrependo de ter salvado vc, foi à melhor decisão que eu já tomei, então pare de se sentir culpada por uma coisa que vc não tem culpa. - me olhou sério.

Any: Perdão se eu não me sinto boa o bastante pra ficar perto de alguém como vc.

Poncho: Acontece que eu te acho completamente merecedora das minhas atenções vamos dizer assim, e eu quero ter vc por perto Any, não importa o que os outros vão dizer entendeu?

Assenti sem consegui responder nada porque não conseguia parar de chorar. Ele então me abraçou dizendo:

- Any não tem por que ficar assim.

Any: Eu queria ajudar vc como ta me ajudando... Vc é diferente dos outros Poncho!

Poncho: Vc também Any, agora para de chorar ta? - me soltou e me olhou nos olhos.

Any: Ta bom! - respondi assentindo dando-me por vencida, eu era fraca demais pra conseguir me afastar dele.