Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ | Tema: AyA ponny, rbd romance drama

ANAHI

Estranhei quando desci as escadas e não ouvi as vozes de Mai e Derrick pelo menos. Mas me surpreendi quando parei na entrada da sala e os vi cochichando.

- O que estão conversando? - perguntei e Mai se calou na hora no mesmo momento que Poncho se virou me olhando. - Estão falando tão baixo que nem da pra ouvir vcs. - estranhei.

Derrick: Estamos vendo o noticiário e comentando, por isso. - deu de ombros, mas olhei a cara de “estávamos cochichando sobre vc” de Mai e Poncho e não engoli a desculpa.

Any: Ah ta! - respondi dando de ombros, seria inútil tentar investigar sabendo que eles não me diriam nada. - E o que diz o noticiário? - perguntei sentando ao lado de Poncho e encarando a t.v.

Derrick: Enchentes! - ele respondeu.

“Achou a desculpa primeiro que eles!”, pensei fuzilando Poncho e Mai que encaravam a t.v.

Any: Caramba, não sabia que a chuva de hoje tinha causado tanto prejuízo.

Mai: Pois é, Guatemala foi um dos lugares mais atingidos e aqui dois dos principais canais transbordaram e inundaram casas e ruas... Tem lugar que a água chegou à três metros. - respondeu e percebi que ela estava lendo a tarja que aparecia no vídeo da t.v., o que indicava que não estava prestando tanta atenção assim.

Ficamos vendo o noticiário da tarde até terminar 15 minutos depois. Quando os apresentadores deram boa tarde, Mai levantou e perguntou:

- Querem ver um filme?

Poncho: Eu tenho que voltar pra casa, disse que não ia demorar. - respondeu se levantando.

Mai: Ah que pena. - respondeu chateada.

Poncho: Tudo bem, eu volto pra outras visitas. - respondeu sorrindo.

Mai: Ah eu sou tão má educada, vamos fazer um lanche e depois vc vai, por favor. - pediu.

Any: Oh Mai seu namorado ta aqui sabia? - perguntei apontando Derrick.

Derrick: Eu ia dizer isso agora. - resmungou.

Mai: É que não falo só por mim, aposto que vc também quer que ele fique Any. - sorriu com malicia.

Any: Ta, quero, mas se ele não pode... - dei de ombros tentando disfarçar a frustração.

Poncho: Bom, acho que posso ficar mais sim... Vou só avisar minha mãe que vou demorar um pouco mais.

Any: Sério? - sorri não conseguindo conter a euforia.

Abaixei a cabeça quando vi a indireta e a mancada que tinha acabado de dar e tentei remendar.

- Legal!

Os três como bons amigos riram da minha cara me deixando vermelha a tal ponto que senti que todo o sangue do meu corpo tinha se concentrado no meu rosto.

- Vcs são muito legais, valeu mesmo! - respondi e fui pra cozinha.

Mai: Any vem cá! - pediu rindo e veio atrás de mim.

Any: Não tudo bem vai fazer sala pra eles e rir da minha cara, podem cochichar mais um pouco.

Poncho: Ficou com ciúmes? - perguntou me abraçando por trás e aquilo me pegou de surpresa.

Ele estava me tratando como Derrick tratava Mai. Como se fossemos namorados. Não sei por que, mas desejeique ele fosse meu namorado realmente, talvez eu conseguisse ficar mais a vontade entre eles e não sentindo que estavam todos de complô contra mim.

Any: Não fiquei com ciúmes... O que estavam cochichando quando cheguei? - olhei os dois.

Mai: Nada é sério. - respondeu sorrindo e eu sabia que estava mentindo.

Any: Ta bom, vou fingir que acredito... Seus dois Judas! - mostrei a língua pra Mai e dei um tapa em Poncho.

Não percebi o olhar que Mai lançou pra Poncho, só vi que do nada os dois me abraçaram e cada um beijou um lado do meu rosto. Acabei caindo na gargalhada com eles e Mai disse sem conseguir parar de rir:

- Te amamos sua boba!

Any: Ta, ta vou deixar vcs fingirem que me enganam. - respondi sorrindo.

A tarde passou naquele clima descontraído. Tínhamos virado amigos de décadas, como se sempre tivéssemos convivido uns com os outros. Quem olhasse a cena de fora juraria que éramos dois casais de amigos. Eu tinha ficado tão absorta em só olhar o lado ruim da vida que não tinha me lembrado que a vida podia ser ótima às vezes também. Mas até quando essa felicidade duraria? Essa pergunta me dava medo.

Eu sentia como se Poncho estivesse me tirando do inferno, mas até quando o teria comigo?

Quanto tempo levaria até eu receber mais uma rasteira e perder mais uma pessoa que amava?

Perai! Amava?!

Encarei Poncho naquele momento surpresa com a linha que meu raciocínio tinha tomado. Ele sorria conversando sobre algo com Derrick e não reparou que eu o observava. Meu coração batias acelerado cada vez que eu o olhava e agora tinha me dado conta que ele estava se tornando minha ponte de salvação. Tudo ficava bem quando eu estava com ele, só ele conseguia me fazer querer lutar pra melhorar as coisas e ninguém tinha tido esse poder sobre mim antes. O que estava havendo comigo? Será que eu estava me apaixonando por ele?

A pergunta martelou na minha cabeça o resto da noite e o beijo que Poncho me deu ao se despedir fez a perguntar vibrar dentro de mim, como se tivesse ganhado vida. Naquela noite eu rolei na cama tentando encontrar uma resposta, tentando saber se o que eu sentia por Poncho era amor verdadeiro ou apenas carência.

No outro dia quando acordei Mai pareceu notar minhas confusões internas, pois, perguntou:

- O que vc tem?

Any: Nada! - respondi com uma falsa naturalidade.

Mai: Ta bom! - deu de ombros. - Quer bolo de chocolate?

Any: Beleza! - assenti me aproximando da mesa.

Assim que terminei de tomar café ouvi o barulho da Hornet do Poncho e sai correndo até a janela.

- Poxa vcs parecem dois namorados. - sorriu.

Mostrei a língua pra ela e abri a porta. Poncho me puxou pela mão e me deu um abraço super apertado. Senti minhas pernas amolecerem e meu coração disparar só de senti-lo por perto.

- Bom dia! - ele sussurrou me apertando e em seguida me soltou.

Any: Oi! - sorri feliz da vida sentindo meu rosto arder.

Poncho: Fiquei com saudades. - sorriu iluminando meu dia.

Any: Eu também! - respondi abobalhada sucumbindo ao charme dos olhos e do sorriso dele.

O sorriso dele ampliou me fazendo derreter ainda mais. Se aproximando mais nossos lábios se uniram num beijo apaixonado. Sentir seus lábios me faz perder o chão e esquecer de tudo. Ele me atraia de uma forma incompreensível, eu só entendia uma coisa. Que o queria. O queria como louca.

- Oi! - a voz de Maite nos interrompeu.

Poncho: Oi! - respondeu sorrindo sem jeito.

Mai: Não quer entrar? - perguntou apontando o corredor atrás de si.

Meu celular vibrou e vi que tinha uma mensagem. Uma mensagem da minha mãe.

“Venha pra casa imediatamente, preciso falar com vc!”

Any: Ah droga! - resmunguei.

Poncho: O que foi? - perguntou me olhando.

Any: Mensagem da minha mãe, quer falar comigo. - respondi totalmente descontente.

Poncho: Vamos, eu te levo! - respondeu prestativo demais, eu não queria que ele fosse, tinha medo do que minha mãe iria me dizer e principalmente do que ele iria ouvir.

Mai: Mais tarde vcs passam aqui, podemos sair eu, vcs e o Derrick. - sugeriu.

Any: Ta! - assenti.

Poncho: Vamos ver o que a sua mãe quer... Tchau Mai! - me puxou pela mão e o segui meio contrariada.

A última coisa que vi antes de por o capacete foi Mai acenando pra gente. Rapidamente Poncho acelerou a moto e me levou pro ultimo lugar que eu queria ir com ele. Pro meu inferno astral chamado Marichello.