Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ | Tema: AyA ponny, rbd romance drama

ANAHI

Eu não conseguia parar de rir ouvindo as explicações que Ucker tentava dar enquanto Manuela dizia que ele sempre fora galinha e adorava roubar beijos das meninas. Sobrou até pra Poncho que alegou estar sobre efeito de medicamentos quando pedia pras enfermeiras dormirem na mesma cama que ele.

Dul: Não, mas um dia que eu fiquei com raiva desses dois foi quando foram jogar bola.

Manuela: Ai é verdade, Any vc precisa ver como esses dois são fissurados em futebol.

Dul: Não, mas se fosse uma coisa normal beleza, o Poncho nem tanto, mas o Ucker chega a ficar de mau humor quando o time perde, eu fico boba de ver. - respondeu admirada e eu acabei rindo.

Ucker: Não é bem assim sua reclamona. - respondeu a abraçando e beijou seus cabelos.

Dul: É assim, sim... Vc vai ver qualquer dia desses. - respondeu sorrindo.

Manuela: Filho por que não mostra sua coleção de camisas pra ela?

Poncho: Vc quer ver? - me olhou na duvida.

Any: Ah tudo bem. - dei de ombros sem saber o que responder.

Manuela: Vou ver o que podemos fazer pro almoço e já volto, com licença. - respondeu sorrindo e se levantou.

Poncho: Se comportem vcs dois ai sozinhos hein! - avisou ficando de pé e fiz o mesmo.

Ucker: Se comporta vc, é só pra mostrar as camisas viu? - brincou.

Poncho: Ah vai à merda. - brincou e acabamos rindo. - Vem Any! - me puxou pela mão e o segui.

As escadas eram de madeira e os móveis do segundo cômodo era em tons de preto e branco dando um ar sofisticado e elegante ao lugar. Realmente, só alguém que ganhasse muito bem teria uma casa como aquela.

Poncho me conduziu pra dentro de um quarto. Ele era grande espaçoso, os cômodos bem distribuídos. A cama era baixa com uma estante em cima com dois criados-mudo embutidos e uma mini estante cheia de livros e CDs. O computador com a mesa de estudos ficava ao lado da janela na parte esquerda do quarto. O guarda-roupa era atrás de nós. Era um típico quarto de adolescente, mas de um adolescente bem organizado.

Poncho: É aqui que eu durmo quando não to no hospital. - olhei pra ele que sorriu.

Any: Poxa é muito grande e bonito... Gostei da sua cama. - respondi naturalmente e ele sorriu, percebi o duplo sentido no que tinha acabado de falar. - Quer dizer... - senti meu rosto arder. - Ela é grande, espaçosa, o artesanato dela é bem bonito, é moderna e a mini estante em cima fico bem sofisticada. - tentei consertar.

Ele riu da minha cara sem se conter e respondeu:

- Tudo bem Any eu entendi... E eu precisava de uma cama grande para acomodar todas as garotas né?

Any: O quer dizer com isso? - o encarei séria e me sentindo estranhamente enciumada, não estava gostando nada daquele sorrisinho de galanteador dele. - Quantas garotas vc já trouxe aqui?

Poncho: Ih já perdi as contas. - deu de ombros fazendo uma careta.

Any: O que vc falou? - perguntei furiosa dando tapas no ombro dele.

Poncho: Any é brincadeira. - ele respondeu rindo. - Eu fico pouco aqui e nunca namorei sério, to só te zoando relaxa. - ele pediu tentando me acalmar e parei de bater nele.

Any: Vc me trouxe aqui pra ver suas camisas né? Então me mostre elas antes que eu te mate pelo seu comentariozinho besta. - respondi o fuzilando, eu estava com ciúmes dele sim e daí?

Poncho: Ta bom! - assentiu. - Não sabia que era tão ciumenta. - sorriu.

Any: E também não sabia que vc era tão engraçadinho. - respondi sorrindo com ironia.

Poncho riu e me roubou um beijo antes de se virar pro guarda-roupa. Abriu uma das portas dizendo:

- Essa é minha coleção de camisas! - apresentou.

Encarei as camisas admirada. Havia de todos os pais: Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Inglaterra, México e por ai vai.

Poncho: Meu pai sempre me compra, então deixei esse espaço no armário só pra elas.

Any: Poxa é uma coleção e tanto, chega a dar inveja. - sorri.

Ele sorriu de volta e vi mais algumas camisas antes de sairmos do quarto.

Quando descemos o segundo degrau da escada ouvi Poncho gemer. O encarei no mesmo instante preocupada.

- Ta tudo bem?

Poncho: Uhum! - ele gemeu levando a mão ao peito e rolou escada abaixo sem me dar tempo de fazer nada.

- PONCHO! - gritei descendo as escadas correndo.

Ucker e Dul se aproximaram se abaixando aonde Poncho tinha caído inconsciente.

Any: Poncho acorda. - pedi apoiando as mãos no peito dele. - Fala comigo, por favor!

Manuela: O que aconteceu? - perguntou se aproximando. - Filho! - pôs a mão na boca.

Any: Eu não sei o que aconteceu, ele tava bem e caiu do nada. - me expliquei apavorada.

Ucker: Dul liga pro hospital e chama uma ambulância. - entregou o celular à ela e segurou o pulso dele. - A pulsação ta um pouco fraca, mas ele deve ficar bem.

Any: Ambulância? Ucker é muito grave? Vc sabe o que ele tem? - o olhei em pânico.

Ucker: Vc também sabe o que ele tem Any... É normal isso acontecer. - respondeu calmo demais.

Any: Mas ele vai ficar bem não vai? - o olhei aflita.

Ucker: Eu espero que sim. - respondeu sério.

Dul: Já estão vindo, é melhor levarmos ele pro sofá ou vamos deixar ele assim?

Ucker: Melhor deixar assim, ele pode ter batido a cabeça e se o movermos as coisas podem se complicar.

Manuela sentou no ultimo degrau da escada aos pés de Poncho e o encarou chorando. Quando percebeu que eu a olhava estendeu a mão pra mim e sem precisar dizer nada me sentei ao lado dela. Ficamos abraçadas e chorando até a ambulância chegar. Eu nunca tinha ficado tão apavorada e com tanto medo de perder alguém em toda a minha vida como naquele momento. Foram os 10 minutos - tempo que a ambulância levou pra chegar - mais torturantes de toda a minha vida.

Quando chegamos ao hospital Poncho já estava entubado e foi levado pra fazer uma série de exames, o que me deixou mais apavorada ainda. Eu sentei na recepção do hospital e fiquei lá, não queria subir e encontrar

Carlos, não queria que ele ficasse furioso comigo e me culpasse pelo que tinha acontecido com o filho dele. Coloquei a mão no peito respirando fundo e me dei conta de uma coisa. Algo que fez meu choro e meu desespero aumentar. O toque do meu coração batendo.

Abaixei a cabeça sentindo uma angustia tomar conta de mim. Queria ir atrás de alguém e dizer que eu tinha comigo a solução pro problema do Poncho. Eu tinha o coração que podia salvá-lo e o daria de bom grado se isso fizesse ele se livrar daquele hospital e poder ter uma vida 100% normal. Sem remédios, sem consultas, sem internações. Eu estava tão apavorada que não percebi Ucker se aproximar.

- Por que ficou aqui?

Any: Não quero... Que o Carlos me veja. - respondi tentando parar de chorar e abaixei a cabeça.

Ucker: Vem comigo Any! - me chamou estendendo a mão.

Any: Pra onde? - perguntei o olhando me sentindo totalmente perdida.

Ucker: Vem! - insistiu me puxando pela mão. - Quero falar com vc! - respondeu e levantei sem escolha.

Any: Não quero ir lá em cima, eu espero noticias daqui. - respondi quando ele me puxou pela mão.

Ucker: Não vou te levar lá pra cima. - ele me abraçou e me conduziu pra fora do hospital.

Any: Por que me trouxe aqui?

Ucker: Já disse, quero falar com vc... Dul esta com Manuela, então vim aqui consolar vc... Bom na verdade, só quero confirmar uma coisa. - respondeu me soltando.

Any: Que coisa? - o olhei confusa parando de chorar.

Ucker: Eu vi o jeito que vc e o Poncho se olharam na casa dele e to vendo agora como vc ta preocupada com ele e sinceramente nunca vi nenhuma garota desse jeito pelo meu amigo, nem a Renata.

Any: Quem é Renata? - perguntei enxugando o rosto.

Ucker: Poncho não te contou da garota que ele quase namorou? - me olhou confuso.

Any: Ah sim contou, ele só não me disse que ela chamava Renata. - respondi com tristeza.

Ucker: Pois, é, como sabe os dois saírem por um tempo enquanto ele estava fora do hospital, o mesmo que aconteceu dessa vez, mas quando ele passou mal e foi internado ela pulou fora, ela não veio visitá-lo uma única vez enquanto esteve internado, ela só apareceu dias antes dele receber alta e pra dizer que não queria nada com ele, bom vc conhece as desculpas que ela usou né?

Any: Sim! - assenti e me lembrei das palavras de Poncho aquele dia na praça.

[...] Poncho: Por consideração, eu acho, ela foi me visitar, mas eu notei que estava diferente, fria, posso dizer... Então quando recebi alta ela me deu a noticia de que não queria nada comigo... Deu uma desculpa dizendo que eu era um cara incrível, maduro, bonito, mas que eu e ela não íamos dar certo porque ela era do tipo de garota livre e que aquelas semanas no hospital tinha sido difíceis pra ela e que ela não sabia como lidaria com aquilo daquele momento em diante. [...]

Ucker: Só que eu to vendo que com vc a coisa é diferente Any, tanto da sua parte quanto da dele... Poncho realmente gostou da Renata, mas não se compara à forma como ele trata vc e como vc responde à ele... Vcs parece que se completam, eu nunca vi o Poncho tão bem, tão feliz ao lado de alguém como ele fica quando ta do seu lado... Acho que vcs não perceberam, mas estão apaixonados um pelo outro.

Any: Não posso afirmar pelo Poncho, Ucker, mas... Eu me sinto bem ao lado dele, ele só tem me feito bem desde que entrou na minha vida, não me julgou em momento algum como a garota do suicídio... Eu não sei, mas parece castigo eu ter encontrado alguém tão especial assim que me testa no meu lado mais negro.

Ucker: O que quer dizer com isso?

Any: Se o meu último suicídio tivesse acabado com sucesso, Poncho não estaria nesse hospital agora... Se eu tivesse morrido naquela noite, meu coração seria doado pra ele... E ele ia estar livre. - respondi e voltei a chorar.

Ucker: Any o que ta me dizendo? - perguntou assustado.

Any: Que mesmo sabendo que a minha morte era a salvação dele, Poncho dôo sangue pra mim naquela noite salvando a minha vida e se condenando a ficar aqui, é por minha culpa que ele esta aqui agora, eu sou a doadora mais próxima e remota que ele tem... Se houvesse como, eu trocaria de lugar com ele ou se concordassem comigo eu entrava agora naquela sala de cirurgia e doava meu coração pra ele... E acho que vc tem razão por dizer que eu to apaixonada por ele, porque se isso que eu sinto por ele, se essa vontade de ficar com ele não for amor, eu não sei que nome pode ter, a não ser que seja culpa. - desabafei chorando.

Ucker: Não Any isso que vc ta sentindo é amor. - ergueu meu rosto me fazendo olhá-lo. - Não é a culpa que te faz querer dar a vida por uma pessoa e sim o amor que vc sente por ela... E vc ama o Poncho!

Assenti me dando conta de que aquela era a mais simples e pura verdade. Sem me dar conta eu tinha me apaixonado por ele. Eu o amava muito mais que a minha própria vida e mesmo sabendo que ele podia não corresponder da mesma forma aos meus sentimentos, eu estava disposta a dar a minha vida pela vida dele.

Belle_: continuei ;) bjOs <3