Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ | Tema: AyA ponny, rbd romance drama

ANAHI

Suspirei olhando os outros brincando na água fria. Sorri quando Dulce gritou ao ser levada por Ucker justamente onde a água da cachoeira estava despencando. Suspirei novamente ao encarar Poncho. Maite deve ter percebido o que estava acontecendo comigo, pois, me encarando perguntou:

- Ele vai respeitar sua decisão Any... Poncho te ama de verdade, ele vai aceitar esperar vc.

Any: Como...?! - a olhei sem entender.

Mai: Eu desconfiava que fosse virgem, afinal vc nunca namorou ninguém seriamente e sua reação àquela hora denunciou a resposta. - sorriu dando de ombros.

Any: Só não quero decepcioná-lo! - respondi suspirando.

Mai: E por que o decepcionaria? Isso é um absurdo Any! - sorriu.

Respirei fundo mordendo os lábios e quando fui responder ouvi o celular do Poncho tocar. No visor apareceu “CASA”. Sorri imaginando ser Manuela e me afastei do barulho pra atender.

- Pronto?!

- Ah é vc! - a voz sôo decepcionada. - Cadê meu filho?

Suspirei por não ser Manuela do outro lado da linha e sim Carlos.

- Estamos na cachoeira, por que vc não liga depois ou eu peço pra ele te lugar. - respondi forçando a voz.

- Vc é surda ou o que? Eu quero falar com meu filho. - rebateu furioso.

Any: Mas esta tudo bem com o Poncho. - argumentei.

Carlos: Olha Anahí, não me interessa se esta tudo bem, eu quero falar com o meu filho, ele foi pra esse acampamentozinho por sua causa, o mínimo que vc pode fazer agora é chamá-lo pra mim. - respondeu irritado.

Respirei fundo ignorando o nó na minha garganta. Eu já devia estar acostumada a ser ignorada, mas não estava. Senti quando duas mãos puxaram o celular da minha mão.

- Mai?!

Mai: É o pai dele não é? - perguntou séria. - Pra vc estar com essa cara só pode ser ele. - assenti e furiosa ela aproximou o celular do rosto. - Olha senhor Carlos aqui é uma amiga do Poncho, ele ta ocupado e daqui a pouco te liga ok? Obrigada! - e desligou sem esperar resposta.

Any: Mai por que fez isso? - perguntei impressionada com a atitude dela e tomei o celular das mãos dela disposta a ligar e pedir desculpas. - Agora ele vai ficar furioso comigo!

Mai: Pensei que ele já estivesse furioso com vc... Agora vamos aproveitar o passeio ou vc quer que o Poncho desconfie de alguma coisa? - perguntou séria e neguei com a cabeça, ela sempre conhecia meus pontos fracos e o atual e mais forte deles era o Poncho. - Vem vamos entrar na água com eles! - me puxou pela mão.

Any: Mas a água ta gelada! - argumentei colocando o celular no chão perto das roupas.

Mai: Depois esquenta! - respondeu tirando o tênis. - Derrick, Poncho, venham aqui ajudar a gente, nós vamos entrar. - respondeu acenando pra eles que logo vieram na nossa direção. - Vc vai entrar de tênis?! - perguntou erguendo as sobrancelhas.

Suspirei e sabendo que não tinha escolha tirei o tênis com as meias e me arrepiei com o chão frio e molhado.

Derrick: Vem amor, eu te ajudo. - respondeu estendendo a mão pra ela.

Mai: Se me deixar cair eu te afogo hein! - ameaçou pegando na mão dele.

Sorri e me aproximei quando Poncho me estendeu a mão. Ele estava tão lindo todo molhado com os cabelos pra trás que eu senti um aperto no coração. Ele era bom demais pra mim.

Talvez o pai dele soubesse disso e por isso me detestasse tanto. Afinal o que uma garota como eu tinha a oferecer pra um cara como ele?

- O que foi?! - estreitou as sobrancelhas.

Any: Nada! - forcei um sorriso e com a ajuda dele entrei na água. - Ai como ta fria. - me encolhi.

Poncho: Jaja vc acostuma. - sorriu dando um beijo no meu rosto e me abraçou, os braços gelados.

Any: Ah com certeza e com esses braços gelados eu vou esquentar. - brinquei.

Poncho gargalhou me dando um beijo no rosto e subimos nas pedras. A água estava gelada e batia com tudo em cima de nós, mas foi impossível pensar no frio com todos brincando e zoando.

E algum momento Ucker se afastou e voltou com uma câmera tirando fotos de todo mundo. De nossas caretas e dos tombos que levávamos.

ALFONSO

Depois de realizar um tour pela floresta - não abusando pra que não nos perdêssemos - voltamos pro acampamento. Durante o caminho percebi que Any estava quieta demais e ela e Mai não paravam de trocar olhares. Quando chegamos ao acampamento Any sentou no mesmo tronco onde estava antes.

Mai: Se eu fosse vc ia falar com ela. - comentou parando do meu lado.

Poncho: Eu tinha certeza que vc sabia porque ela ta quieta assim.

Mai: Um dos motivos é porque seu pai te ligou quando estávamos na cachoeira e foi grosso com ela... O outro, vc vai ter que descobrir sozinho, é pessoal demais e acho que quem tem que te dizer é ela.

A história do meu pai me irritou e o outro motivo me intrigou.

- Obrigado Mai! - respondi e me afastei.

Any tratou de melhorar a cara assim que me viu, mas não me enganou. Duas coisas estavam erradas e uma eu já sabia o que era, a segunda ela iria me contar. Não importasse o tanto que eu tivesse que insistir.

Sorri e sentando ao lado dela perguntei:

- O que vc tem que ta estranha? To te achando quieta demais.

Any: Nada! - negou com a cabeça não me convencendo.

Poncho: Any olha pra mim. - segurei seu rosto fazendo-a me olhar. - O que foi? Eu sei que vc ta chateada com alguma coisa, me diz o que é, por favor. - tentei ser o mais persuasivo possível no tom de voz.

Any: Seu pai ligou, estava furioso e queria falar com vc. - respondeu.

Poncho: Ele foi grosso com vc não foi? - perguntei sabendo a resposta e ela assentiu confirmando.

Suspirei sem saber o que responder ou o que fazer pra tirar aquela tristeza dos olhos dela. Eu já tinha dito à Any pra que não ligasse pro que meu pai dissesse à ela, mas eu sabia como era ser rejeitado. Tudo bem que eu só havia sido rejeitado apenas uma vez, quando gostei da Renata e ela me desprezou por causa da minha doença. Então eu entendia em partes o que a Any sentia, mas a minha rejeição não era nada comparada às freqüentes rejeições que ela sofria não só com meu pai, mas com a própria mãe também. Rejeições que causam muito mais dano, do que as rejeições sofridas na adolescência quando se gosta de alguém e não é correspondido. Isso é normal, mas ser rejeitado pelos pais ou por um deles não é.

Any: Ele disse que vc veio pra cá só por minha causa. - a olhei. - Ele ta me culpando pelo acampamento né?

Poncho: Ele não tem porque te culpar de nada, isso foi idéia do Ucker, ele conhece o Ucker.

Any: Sabe acho que seu pai e a minha mãe têm o mesmo problema... Nunca vão gostar de mim!

Poncho: Isso não me interessa, porque pra mim gostar é uma questão de opinião e sinceramente vc tem por perto mais pessoas que te amam como eu e sua tia e te adoram como minha mãe e nossos amigos, do que pessoas que não gostam de vc como meu pai e sua mãe, então... Não deixa isso afetar vc, a gente veio pra cá pra nos divertirmos, pra esquecermos do mundo lá fora... Não quero ver vc triste desse jeito entendeu?

Any assentiu com os olhos marejados e me abraçou. Infelizmente eu sabia que ainda tinha mais coisas.