Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ | Tema: AyA ponny, rbd romance drama

ALFONSO

Normalmente à noite quando não tenho o que fazer e estou sem sono algum eu fico na recepção do hospital, exatamente onde as ambulâncias passam e novos feridos alguns conscientes outros não chegam a todo momento. Estava de papo com a recepcionista do local tentando conseguir uma brecha pra dar uma volta pelos arredores quando ouvi a costumeira agitação que indicava um novo paciente ao local.

- Acidente de carro! - um rapaz enfermeiro gritou.

Olhei o relógio atrás da recepcionista que estava séria. Não eram nem 07 horas para já haver um acidente. Normalmente as batidas de carro sempre aconteciam de madrugada. Sempre por culpa de motoristas bêbados.

Fiquei atento olhando pelo corredor onde logo passariam com a pessoa e vi Carlos, meu médico cardiologista saindo de outro corredor e falando pra uma enfermeira próxima à mim:

- Prepare a sala de cirurgia!

Ele me lançou um olhar rápido e sério. Logo a vitima daquela noite passaria por aquele corredor.

A maca surgiu em segundos com quatro enfermeiros junto. Uma delas segurava a máscara de oxigênio pressionado no rosto da garota. “Uma garota”, repeti em pensamento surpreso. Consegui ver seu rosto de relance e senti um aperto estranho no coração. Na certa ela havia sido vitima de algum maluco, pois, parecia ser bem mais nova do que eu. Deveria ter no máximo 17 anos. Mas se estava sozinha e se tinha mesmo 17 anos, onde estava a pessoa que provavelmente dirigia o carro? Será que morrera no local e fora encaminhado direto para o IML (Instituto Médico Legal)?

Mas o que mais me impressionou nela foi que apesar dos machucados pelos braços e alguns no rosto ela continuava... Linda! Seus cabelos eram loiros e estranhamente senti uma curiosidade por saber quais seriam a cor dos olhos dela. Descartei o preto na hora tendocerteza que tinha olhos claros. Talvez um castanho mel, ou azul, ou quem sabe verdes como os meus. Esse pensamento estranhamente me fez sorrir.

Balancei a cabeça estranhando meu comportamento. Será que o confinamento naquele hospital estava me deixando tão desnorteado a ponto de ficar sonhando com os pacientes daquele local? As únicas pessoas com quem eu poderia ter um contato direto e constante, pelo menos pelo tempo em que ficássemos internados?

Achei melhor voltar pro meu quarto, mas não consegui tirar o rosto daquela garota da cabeça. Eu lutava tanto pra permanecer vivo que quando via alguém da minha idade ou mais novo do que eu numa situação como aquela, sentia uma espécie de carinho por entender o que ele ou ela estava passando. Provavelmente os médicos lutariam prasalvar a vida dela, como haviam lutado duas vezes pra salvar a minha. Coloquei a mão sobre meu coração que por duas vezes me obrigada a ir parar numa mesa de cirurgia e suspirei.

Abaixei minha cabeça e pedi a Deus que salvasse a vida daquela garota fosse ela quem fosse. Quando estava pensando em voltar pro meu quarto e ver t.v. resolvi repentinamente ficar na recepção mesmo. A maioria das pessoas que passavam por ali sempre estavam acompanhadas de alguém, algumas até chegavam conscientes. Mas aquela garota entrara sozinha e por alguma razão eu quis ficar ali esperando noticias como se fosse alguém da família dela, sendo que de fato nem a conhecia.

Já tinha acabado de ler toda a revista quando uma mulher no hospital:

- Me ligaram falando que minha filha sofreu um acidente onde esta? - a ouvi perguntar e me toquei que ela era a mãe da tal garota.

- Esta realizando uma cirurgia e no momento não pode vê-la, mas aquele policial quer falar com a senhora. - a recepcionista apontou pra trás dela e encarei o policial que estava lá já fazia uns 15 minutos.

Ele se aproximou e perguntou encarando a mulher:

- A senhora é mãe da garota? Marichello certo?

- Sim! - Marichello respondeu num aceno de cabeça. - O que aconteceu? Como foi o acidente?

- Não foi acidente senhora. - o policial respondeu e isso me surpreendeu me fazendo prestar mais atenção há conversa. Se não foi acidente será quer tinha sido... Tentativa de assassinato?

- Como assim não foi acidente? - a tal Marichello perguntou sem entender nada.

- Desculpe senhora, mas não havia ninguém no local, a pista não estava derrapando, não tinha vestígios de óleo, nem nada... O carro estava em perfeitas condições de uso, sua filha estava totalmente sóbria e o volante do carro estava todo virado pra direita, o mesmo lado que ela bateu na pista.

- O que o senhor quer dizer com isso? - Marichello perguntou e eu queria saber a mesma coisa.

- Que sua filha em um ato consciente jogou o carro contra aquele poste provavelmente na intenção de se matar! - respondeu o policial me surpreendendo.

Como pode ser possível uma garota nova e linda como aquela querer acabar com a própria vida? Não aquele policial tinha que estar enganado, aquilo não tinha lógica, uma pessoa não podia ser capaz de tentar contra a própria vidadaquela forma. Jogando o próprio carro em cima de um poste. E se ela mesma fez isso, significava então que realmente estava sozinha no carro e que ela estava dirigindo. Então eu tinha me enganado e ela era maior de idade? Era o que parecia pelo menos.

Mas essa história de suicídio não estava me convencendo, eu preferia acreditar que alguém tinha provocado o acidente pra parecer que ela havia se matado. Não me entrava na cabeça que aquela garota tentara se matar enquanto eu tentava e lutava de todas as formas para permanecer vivo.

Marichello: Bem, se ela resolveu se matar, espero que obtenha sucesso então. - ela respondeu me surpreendendo e surpreendendo o policial que perguntou:

- O que a senhora disse?

Marichello: O que ouviu... Eu só vim porque disseram que era uma emergência, mas não é a primeira vez que ela faz das dela e eu não vou ficar aqui. - respondeu e saiu como se nada tivesse acontecido.

Eu e o policial ficamos com a mesma cara de susto. Como podia aquela mulher não se importar com a filha? Eu estava tão acostumado a ter minha mãe me rodeando o tempo todo que me surpreendi em ver o descaso daquela mãe, mas ela disse que a filha já tinha feito das dela antes. O que será que ela quis dizer com isso?

Será que essa garota era uma menina problemática tentando chamar a atenção dos pais ou... Será que Marichello quis dizer que ela já havia tentado se matar antes? De repente e não entendi por que eu senti que tinha que descobrir o que realmente tinha acontecido, tinha que saber o que aquela garota realmente tinha feito e por que. Tinha que dar um jeito de conhecê-la ou pessoalmente ou através de outra pessoa.

Nos dias que se seguiram eu tentei de tudo o que pude, mas obtive poucas respostas sobre quem era a tal garota que supostamente tentara se suicidar. Eu só consegui descobrir que a operação dela havia sido um sucesso e que coincidentemente ela tinha sido uma forte possível doadora pra mim. Como eu soube? Na noite em que ela chegou. Estava deitado no meu quarto após desistir de tentar descobrir algo. Carlos entrou naquele momento sério e tirando a máscara me disse:

- Preciso falar com vc.

Poncho: O que aconteceu? - perguntei estranhando.

Carlos: A garota que entrou agora a pouco esta na mesa cirúrgica, só que esta perdendo muito sangue e precisa de uma transfusão de sangue... Sangue “O negativo”. - respondeu sério me surpreendendo.

“O negativo” é o MEU tipo sanguíneo, isso significava que se aquela garota morresse o coração dela seria imediatamente transplantado em mim, claro após alguns exames comprovarem que o transplante poderia ser e realizado. Mas eu nunca sacrificaria a vida de uma garota que tinha chances de continuar viva pra salvar a minha e mesmo que o rumor fosse verdade e ela havia mesmo tentado se suicidar – o que eu ainda não conseguir crer que fosse verdade – não podia lhe negar ajuda.

Poncho: Tudo bem eu faço a transfusão de sangue pra ela. - respondi sério.

Carlos: Vc sabe o que isso significa vcs terem o mesmo tipo sanguíneo, não sabe?

Poncho: Sei, mas não me importa... Se for pra nós dois vivermos vai aparecer outro doador. - respondi firme.

Carlos sorriu e se retirou da sala. Em segundos uma enfermeira me levou pro ambulatório de doação.

Não consegui descobrir nada naquela noite e nem nos dias que se seguiram. Agora estou aqui no quarto curioso e sem informações.

Acordei dos meus devaneios quando Vivian acordei. “É a hora de arrancar informações!”, pensei comigo. Vivian sempre se deixava persuadir quando eu insistia em sair. Então ataquei:

- Bom dia Vivian!

Vivian: Oi senhor bom humor. - sorriu de volta.

Sorri e como quem não quer nada perguntei:

- Oh Vivian será que vc pode me tirar uma dúvida? - ela assentiu olhando meu soro. - Como ta aquela garota que sofreu o acidente e eu fiz a transfusão de sangue... Carlos só me disse que a cirurgia acabou bem.

Vivian: Exatamente. - assentiu.

Não estava funcionando, precisava ser mais direto nas perguntas se quisesse receber as respostas desejadas.

- Mas como ela ta? Ela acordou? E a história do suicídio é verdade?

Vivian ficou séria e pensei que ela fosse me responder, mas ela simplesmente disse:

- A garota esta bem, agora chega de perguntas.

Poncho: Ah Vivian, por favor.

Vivian: Não! - respondeu firme.

Poncho: Anda Vivian me diz quem é a garota, o nome dela pelo menos. - implorei dando um dos meus melhores sorrisos, normalmente funcionava quando eu queria sair do quarto.

Vivian: Chega Alfonso, vc sabe que não posso falar sobre os pacientes com outros pacientes.

Poncho: Mas me responde pelo menos... Ela realmente tentou se matar? - perguntou tendo certo medo em ouvir as resposta.

Carlos: Vivian pode sair. - ele disse entrando no quarto.

Vivian obedeceu e Carlos perguntou:

- Como ta se sentindo hoje?

Poncho: Bem! - respondi num suspiro dando de ombros.

Ele fez alguns exames e quando estava anotando algumas coisas na sua prancha uma enfermeira entrou.

- Doutor Carlos, a paciente do quarto 36 acordou, disse que quer falar com o senhor e ir embora.

Eu fiquei atento, quarto 36 era onde estava a tal garota do acidente, ou a garota do suicídio como alguns diziam mesmo sem ter certeza se a história era verdadeira. Só ela ia poder confirmar e agora que acordara iríamos saber a verdade. Carlos suspirou dizendo:

- Eu já estou indo. - a enfermeira assentiu e saiu. - O que eu faço com vc Anahí!

Anahí! Esse era o nome da garota então? Finalmente alguma coisa eu sabia dela.

Poncho: Então é Anahí o nome daquela garota?

Carlos: Sim! - assentiu assinando a prancha e colocando na beirada da cama.

Poncho: Carlos ela realmente tentou se matar?

Carlos: Ainda não sei, mas acho provável que sim, ela fez isso antes já.

Poncho: Já? - perguntei surpreso. - Por quê?

Carlos: Não gosto de fazer julgamentos, mas as coisas entre Anahí e a mãe pioraram depois da morte do pai.

Poncho: O pai dela morreu?

Carlos: Sim, as duas nunca se entenderam e pioraram depois que ao pai faleceu.

Poncho: E por isso ela se suicidou?

Carlos: Alfonso não posso falar dos meus pacientes com outro paciente, mesmo que Anahí não seja uma paciente direta minha conheço a família dela... E agora preciso ir... Tenha um bom dia!

Poncho: Bom dia pra vc também.

Carlos sorriu e se retirou da sala me deixando sozinho com meus pensamentos e duvidas.

Belle_: não vou cancelar não, não tenho coragem kkkk postado bjOs <3

fersantos08: Bem vinda \o/ que bom que ta gostando *-* postado bjOs <3

Mikaella Borges: nos capitulos de amanhã eles se conhecem *-* bjOs <3

Dessaya: HAHAHAHA nem quero me livrar de vc *-* okok depois dessa ameaça (com direito a nome completo e tudo :\) eu juro-juradinho que não vou cancelar a web u.u bjOs <3

por hj é só chicas <3

ahhhhhh pra quem acompanhava a web embalos da noite, que foi cruelmente excluida do site :( ela esta sendo repostada pela rannyelle passem lá:

http://fanfics.com.br/fanfic/45561/embalos-da-noite-embalos-da-noite-aya-anahi-alfonso