Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ | Tema: AyA ponny, rbd romance drama

ANAHI

Pela primeira vez sai da casa de Poncho e voltei pra minha casa de táxi. Ucker e Chris ainda estavam na casa dele e de maneira alguma eu o obrigaria a deixá-los pra me levar em casa, não quando ele estava tão feliz na presença dos amigos. Mas tive que insisti muito pra que ele me deixasse voltar pra casa sozinha. Acabei prometendo que ligaria assim que chegasse em casa pra dizer que estava tudo bem. E foi o que fiz assim que fechei a porta.

- Nossa vc demorou, esqueceu que tinha que me ligar? - a voz dele soou do outro lado da linha preocupada.

Any: Não bebê é que eu passei na casa da Mai pra pegar meu carro.

Poncho: Hum... E esta tudo bem? Entre vc e a sua mãe?

Any: Não sei eu ainda não a vi. - respondi e acabei rindo.

Poncho: Qualquer coisa se brigarem me liga ta? Ainda ta de pé minha idéia de sairmos hoje.

Any: Não meu amor, fica com teus amigos, eu sei o quanto vc sentiu saudades do Chris, hoje eu te dou uma folga pra se divertir com ele e o Ucker, falem bastante besteira, mas não me esquece ta?

Poncho: Impossível esquecer um anjo como vc. - respondeu todo carinhoso.

Any: Hum... Eu te amo viu?

Poncho: Também te amo... To com saudades!

Any: Eu também. - sorri me jogando no sofá. - Vou tomar um banho e descansar ai mais tarde a gente se fala ta?

Poncho: Nossa ta me dispensando? - perguntou ofendido.

Any: Não meu amor, é só pra vc poder ficar com seus amigos um pouco.

Poncho: Run ta bom... Mais tarde a gente se fala... Te amo!

Any: Eu também, beijos! - sorri e desliguei assim que ele desligou.

Marichello: Ah! (parou ao me ver) É vc. - respondeu decepcionada e revirei os olhos. - Que bom que voltou!

Any: Nossa é a primeira vez que ouço isso... Ando bebendo Marichello? - sentei no sofá e a encarei.

Marichello: Não seja idiota... Tenho uma coisa pra te contar.

Any: Que não seja má noticia, por favor.

Marichello: Não é uma noticias excelente pra duas...

Any: O que é? - a olhei curiosa.

Marichello: Vc já pode ir morar com sua tia. - resmungou a resposta.

Any: Vc ta falando sério? - perguntei não contendo o sorriso.

Marichello: Sim! - respondeu de mau humor. - Não era isso que vc queria? Morar com sua querida tia? Já esta tudo certo, vc é maior de idade e eu aceitei de comum acordo que vc fosse pra lá... Pode arrumar suas coisas e ir agora mesmo se quiser, afinal não há mais nada que te obrigue a ficar aqui. - respondeu com desprezo e ironia.

De certa forma aquilo me entristeceu, pois, nem mesmo naquele momento ela mostrou tristeza em saber que eu estava indo embora de casa, dessa vez definitivamente. Mas se ela não ligava eu ligaria menos ainda.

- Ok, como quiser então. - respondi me levantando do sofá quase saltitante.

Subi correndo pro quarto e enquanto colocava todas as roupas na cama liguei pra minha tia pra ter certeza de que poderia me mudar hoje mesmo pra casa dela. Obviamente ela respondeu que sim e que estava me aguardando ansiosa. Isso foi um estimulo pra que aprontasse tudo o mais depressa possível.

Quando terminei parei na porta do quarto e me lembrei das vezes que conversei e brinquei com meu pai, das discussões com minha mãe e principalmente das milhares de vezes que entrei bêbada naquele quarto me jogandonaquela cama. Uma lembrança que eu sabia ser do passado, algo que nunca mais voltaria a acontecer. Um lado meu que pertence a uma parte de mim que morreu no momento em que entrei em um certo quarto e conheci certo rapaz necessitado de um transplante de coração.

Desci as escadas com três malas e uma mochila levando exatamente tudo o que eu tinha. Abri a porta de casa e coloquei tudo no banco de trás do carro. Entrei em casa e Marichello estava na sala olhando uma revista.

- Eu já to indo ta?

Marichello: Tudo bem... Boa sorte com sua tia. - respondeu sem tirar os olhos da revista.

Any: Se ficar alguma coisa minha aqui, vc me avisa e depois eu venho buscar ta?

Marichello: Ta! - assentiu dando de ombros.

Any: Até mais! - disse não querendo prolongar aquilo e dei as costas sem obter resposta.

No caminho pra casa da minha tia tentei manter a cabeça no lugar e pensar que agora eu teria um lar de verdade, que moraria com uma pessoa que sempre me amou e cuidou de mim mesmo à distância. Se eu fosse parar pra pensar Patricia era mais minha mãe do que Marichello. Mas lembrar do meu pai naquela casa, me deixava com saudades, mesmo na pior das hipóteses aquela casa foi a MINHA CASA, o meu lar por quase 20 anos. Era dificil ir embora agora, abanbonar tudo sem aquela sensação de perda, de saudades e de tristeza.

Estacionei o carro quando cheguei e Patricia e Bruna a governanta estavam me esperando pra ajudar com as malas. Abracei minha tia feliz em reve-la depois de dias.

- Bem vinda querida! - ela sorriu ao me soltar.

Any: Oi tia! - sorri de volta feliz em vê-la.