Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ | Tema: AyA ponny, rbd romance drama

ALFONSO

Já passavam das 17 horas quando Maite apareceu com noticias. Estava acompanhada de Derrick e sua aparência estava péssia, denunciando que havia chorado. Tive certeza que as noticias eram as piores possíveis.

- O que aconteceu?

Mai: Não vão acreditar no que aconteceu... A minha ficha não caiu ainda. - respondeu abalada encarando à mim, Chris e Ucker que haviam ficado comigo.

Poncho: Mai fala de uma vez. - pedi aflito.

Respirando fundo ela começou:

- Any descobriu uma coisa horrível sobre a familia dela.

Ucker: Que coisa?

Mai: Marichello nunca foi mãe da Any! - disparou.

Poncho: O que quer dizer com isso? Como assim nunca foi mãe dela? - perguntei confuso.

Mai: Conversei com a Patricia e ela me explicou tudo... Patricia engravidou da Any quando tinha 17 anos.

- O que?! - eu e Ucker perguntamos juntos,

Mai: É sério... Só que o namorado da Patricia sumiu, Henrique então teve a idéia de assumir a Any como filha dele e da Marichello, eles já eram casados e não tinham filhos... Então quando a Any nasceu, Henrique a registrou como filha dele e da Marichello e a criou todo esse tempo.

Poncho: Isso tem que ser brincadeira. - respondi não conseguindo digerir tudo aquilo.

Mai: Não é, por isso Any e Marichello nunca se deram, Marichello nunca a amou, queria Henrique só pra ela e teve seus planos estragados quando a Any nasceu.

Poncho: Como a Any ficou sabendo?

Mai: Depois que ela saiu daqui foi pra casa e ouvi a Patricia e a Marichello discutindo por causa de 50 mil dólares que a Patricia devia ter depositado na conta da Marichello.

Poncho: Eu fiquei sabendo disso... Marichello pediu 100 mil dólares pra deixar a Any morar com a Patricia... Agora entendi porque. - respondi abalado.

Mai: Foi o preço que a Marichello exigiu pra continuar calada, mas quando a Any ouviu a discussão Marichello acabou soltando tudo.

Poncho: Como a Any reagiu, pra onde ela foi? - perguntei apavorado, eu queria sumir dali e ir atrás dela.

Mai: Ela reagiu super mal, ficou furiosa com as duas, discutiram, Any gritou pra quem quisesse ouvir que as odiava e pegou o carro e sumiu... Eu não quero assustar ninguém, mas eu estou assustada, tenho medo da Any fazer uma besteira... Tem quase 4 horas que ela saiu e não atende minhas ligações... Eu tenho medo que o pior tenha acontecido, vcs lembram do que aconteceu da última vez que brigaram. - respondeu começando a chorar.

De repente a culpa e o desespero começaram a tomar conta de mim. Se eu não tivesse procurado Patricia isso nunca teria acontecido, Any nunca teria morado com ela e nunca saberia da verdade. Talvez tivesse sido melhor que esse segredo tivesse ido parar no tumulo como foi com o Henrique. Percebi quando meus olhos começaram a arder e murmurei com a voz embargada.

- A culpa é minha!

Ucker: O que? Não Poncho, a culpa não é sua.

Poncho: É minha sim... Fui eu quem trouxe a Patricia pra cá, eu levei a Any até lá pra fazer uma surpresa e olha o que aconteceu, se alguma coisa acontecer com a Any, eu nunca vou me perdoar. - esbravejei.

Chris: Calma, a gente precisa pensar com frieza... Pra onde a Any iria numa situação dessas?

A resposta estampada nos olhos de Derrick e Mai me assustou, pois, eu estava pensando o mesmo que eles.

Chris: Gente, eu fiz uma pergunta! - respondeu impaciente.

Mai: Infelizmente durante essas ocasiões Any... Se enfia em um bar.

Chris: Que bar?

Mai: O primeiro que aparecer no campo de visão dela! - respondeu dando de ombros. - Antes ela tinha meio que um bar favorito, onde um tal de Ramon é Barman, mas eu não lembro o nome da boate.

Poncho: Nebraska! - disparei me lembrando do dia em que aquele mesmo Ramon me ligara pra buscá-la.

[...] - Desculpa meu nome é Ramon, eu to ligando do celular da Anahí pra vc vir buscá-la. - a voz masculina soou.

Poncho: Buscá-la? Mas aonde? O que aconteceu? - perguntei confuso e preocupado.

Ramon: Ela ta aqui na boate Nebraska, o problema é que ela bebeu um pouco além da conta e não ta em condições de voltar pra casa dirigindo, vc poderia vir buscá-la, por favor? - ele perguntou. [...]

Ucker: Vou pegar uma lista telefônica e ligar pra ver se ela esta lá.

Chris: Não acham que é muito cedo?

Mai: Se eu conheço a Any e se ela foi pra lá, tenha certeza que ela deu um jeito de entrar. - respondeu aflita.

Ucker: Eu já volto! - respondeu e disparou pra fora do quarto.

Respirei fundo tentando manter a calma, tinhamos que pensar com frieza. Eu só queria que ela estivesse bem, que nada de mal tivesse lhe acontecido. E que ninguém tivesse se aproveitado de alguma forma dela.

Ucker voltou minutos depois dizendo:

- Toma, encontrei o número. - estava com a agenda telefônica nas mãos, já na página com o número da boate.

Peguei a mesma das mãos dele e disquei às pressas torcendo pra que já tivesse alguém lá.

- Boate Nebraska, boa tarde! - uma voz feminina sôo do outro lado da linha.

Poncho: Boa tarde, gostaria de falar com o Barman de vcs... Ramon!

- Um momento, por favor. - a moça respondeu e tudo ficou silencioso.

Enquanto eu esperava o celular de Chris começou a tocar.

- Oi amor?! - ele perguntou atendendo e imaginei que fosse Angelique.

- Pronto?! - a voz masculina sôo no meu celular prendendo minha atenção.

Poncho: Ramon?! Sou eu, Alfonso, não sei se vai lembrar, mas uma vez vc me ligou pedindo pra ir até sua boate buscar a Anahí, lembra?

Ramon: Ah sim, me lembro como esta?

Poncho: Bem... Por acaso Any esta ai com vc? Ou foi até ai procurá-lo?

Ramon: Lamento, mas não! - respondeu.

Poncho: Ela não esta ai? - perguntei preocupado.

Ramon: Infelizmente não, não vejo a Anahí desde aquele dia em que veio buscá-la, ela nunca mais voltou aqui. - respondeu e aquilo de certa forma me confortou, mas ainda não sabiamos onde ela estava.

Poncho: Tudo bem então, obrigado... Qualquer coisa se ela aparecer, vc liga, por favor!

Ramon: Pode deixar, aquele dia eu reparei que vc se preocupa com ela e fico feliz, Any precisava de alguém como vc, se ela vier eu te aviso antes mesmo dela começar a beber.

Poncho: Obrigado! - respondi um tanto aliviado e desliguei. - Não esta lá, mas ele ficou de ligar se ela aparecer.

Chris: Angelique ligou, esta vindo pra cá!

Nesse momento a porta se abriu e meu pai entrou. Mesmo sabendo que era inútil pedir, falei mesmo assim:

- Preciso que vc me dê alta pai... Agora!

Carlos: Esta louco Alfonso?

Poncho: Pai, Any sumiu e preciso ir atrás dela entendeu?

Carlos: Eu sabia que não ia demorar pra essa garota aprontar, bem estranhei ela não ter vindo.

Poncho: Pai não quero discutir isso agora, o assunto é sério e grave, precisa me dar alta pra eu ir procurá-la.

Carlos: Não se preocupe, se a conheço bem daqui a pouco ela aparece com um novo acidente e ficará internada uns dias aqui com vc... Não foi assim que vcs se conheceram? - perguntou cheio de ironia.

Poncho: PAI SERÁ QUE DA PRA...

Ucker: Poncho calma! - pediu me interrompendo, vendo que eu estava exautado. - A gente vai atrás dela, fica calmo... Assim que a encontrarmos nós te avisamos esta bem?

Poncho: Ucker, eu...

Ucker: Eu sei que vc quer ir junto, mas não pode... Vamos ficar mais tranqüilos com vc aqui.

Derrick: Ele ta certo, vamos nos focar em encontrar ela e assim que a acharmos te avisamos ok?

Com meu pai ali, sem chance alguma de mudar a situação respondi derrotado:

- Tudo bem, mas se não me ligarem em meia hora eu ligo.

Mai: Pode deixar, vamos te ligar sim! - assentiu forçando um sorriso.

Carlos: Bom, eu vim pra avisar que precisam ir, o horário de visitas já terminou faz tempo.

Chris: Estamos indo tio... Até mais Poncho!

Acenei pros meus amigos e aos poucos eles foram saindo, até que fiquei sozinho com Carlos.

Carlos: Descansa filho, mais tarde eu volto pra ver se esta tudo bem.

Resmunguei virando a cara e só voltei o rosto quando ouvi a porta bater. Peguei o celular e tornei a ligar pra Any. O telefone tocou, tocou, tocou, mas ninguém respondeu. Desliguei e peguei a foto que ela me dera.

- Onde vc esta, meu amor?