Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ | Tema: AyA ponny, rbd romance drama

ALFONSO

Assim que Any pegou no sono sai do quarto me dando conta de como eu estava cansado. Eu estava acordado a umas 12 horas e parecia que eu não domia há uma semana. Era dificil imaginar que há algumas horas eu tinha ido e voltado de Acapulco. Era estranho pensar que tudo tinha acontecido em apenas 02 dias. Que ontem há essas horas meu amigos estavam ligando pro todos os hospitais e bares da cidade enquanto eu estava preso aqui.

- Alfonso!

Me virei encarando Viviane deixando meus pensamentos de lado.

- Precisa vir comigo pro se quarto... Tem que descansar e é melhor obedecer agora pra não deixar seu pai mais furioso ainda. - alertou.

Poncho: Eu estava pensando em ir na lanchonete, comer algo e voltar... Eu fiz os exames como pediram.

Viviane: Sei que quer ficar com ela, mas seu quarto é logo aqui do lado e outra, os remédios que ela tomou vão mantê-la adormecida até amanhã cedo.

Suspirei sabendo que ela falava a verdade, se tinha uma coisa que eu conhecia eram os efeitos dos remédios, os de Any podiam ser menos carregados que os meus, mas eu sabia que deixavam a pessoa sonolenta por horas. Afinal foi um desses que eles usaram pra me apagar na noite passada na intenção de me impedir de fugir daqui.

- Tudo bem, vamos! - respondi suspirando.

Entrei no quarto e depois de me trocar me deitei na cama, feliz ao vê-la apenas aplicando uma injeção na minha veia e não colocando o soro. Talvez com sorte eu recebesse alta antes de Any e assim pudesse cuidar dela.

ANAHI

Acordei na manhã seguinte me sentindo um pouco enjoada. Uma enfermeira entrou no quarto dizendo:

- Seu café da manhã senhorita... Como se sente?

Any: Enjoada! - respondi.

- É por causa dos antibióticos, coma e vai se sentir melhor. - sorriu.

Assenti e encarei o relógio vendo que eram 08 horas da manhã, ainda era cedo pra visitas, mas tudo bem, a pessoa que eu mais queria ver estava em algum quarto aqui por perto. A enfermeira deu as costas e perguntei:

- Em que andar estou?

- No oitavo senhorita.

Any: Obrigada! - sorri levemente feliz por saber que era o mesmo andar que o Poncho, o quarto dele deveria ser próximo daqui.

Resolvi tomar o café o mais rápido possível e ir “fazer uma visita”. O leite com chocolate estava sem muito gosto, a gelatina não tinha açúcar algum e o pão com manteiga parecia mais pão puro. Comida típica de hospital. Acho que vou fazer uma doação de sal e açúcar pra cá, pensei terminando de comer.

Me levantei da cama e senti um puxão. Fiz uma careta e encarei o soro que tinha arrancado com tudo.

- Droga! - resmunguei e peguei um pedaço de gase que estava na mesinha ao lado e cobri o corte que sangrava.

Procurei por roupas mais adequadas e encontrei uma saia e uma blusinha. As vesti e sai. Identifiquei o corredor assim que sai do quarto. Era o mesmo corredor onde eu passava pra visitar Poncho. Fui direto pro quarto dele e me assustei quando vi duas enfermeiras e Carlos em cima dele dizendo:

- Calma filho, calma!

Poncho ofegava sem parar e Manuela o encarava com a mesma cara assustada que eu sabia que tinha.

- O que ele tem? - parei ao lado dela.

Manuela: Any querida, como esta? - perguntou me abraçando.

Any: Melhor, o que ele tem? - perguntei preocupada.

Manuela: Os remédios lhe fizeram um pouco mal, mas ele vai ficar bem, devia voltar pro quarto.

Carlos me encarou de relance, mas logo se voltou pra Poncho que não parava de tossir. Quando ele inclinou a cabeça pro lado foi que eu vi que vomitou na bacia que estava ao lado da cama.

Viviane aplicou o soro no braço dele e depositou algum remédio. A outra enfermeira deu água pra Poncho tomar e usou um pano úmido pra refrescar o rosto dele. Só quando os três se afastaram e ele escorou a cabeça na cama abrindo os olhos foi que me viu.

- O que faz aqui? - perguntou um tanto ofegante.

Any: É eu sei que eu to horrível, deveria me apresentar um pouco melhor. - respondi sem jeito, não falava pelas roupas, mas sim pelo meu rosto que devia estar pálido e pelo cabelo bagunçado.

Poncho: Aposto que esta bem melhor que eu. - respirou fundo. - Mas acho melhor...

Any: Nem começa porque não vou embora... Não quero ficar sozinha naquele quarto, tenho a impressão de que... Ela vai entrar a qualquer momento com todas aquelas mentiras. - confessei abaixando a cabeça. - E com vc nesse estado não vou embora mesmo. - respondi firme.

As enfermeiras se retiraram do quarto e Poncho suspirou estendendo a mão pra mim. Aquilo era como se fosse um sinal pra eu saber que podia ficar, um convite pra me aproximar e foi o que eu fiz.

- O que deu em vc? - perguntei acariciando seu rosto.

Poncho: Efeito colateral do remédio, não se preocupe, já to me sentindo melhor. - respondeu acariciando minha mão. - E vc como se sente? - sorriu.

Any: Um pouco sonolenta, mas ta tudo bem. - consegui sorrir de volta.

Sem se importar com a presença dos pais dele atrás de nós Poncho me abraçou.

- Fica aqui comigo!

Assenti encostando a cabeça no peito dele e fechei os olhos. Acho que tinha medo de olhar pros pais dele e encontrar doçura nos olhos de Manuela e frieza nos olhos de Carlos.

Poncho: Any! - chamou com a voz rouca.

Any: Hum?! - ergui o rosto pra encará-lo.

Poncho: Pega mais água pra mim, minha boca ta seca.

Assenti e me afastei pegando a garrafa e enchendo o copo de água. Estendi pra ele que o pegou perguntando:

- Vc já tomou seus remédios?

Any: Eu to bem, se preocupe com vc. - insisti tentando levar o copo pra perto dos lábios dele.

Poncho me olhou sério e tomou um gole da água. Consegui dar um meio sorriso e me aproximei lhe dando um beijinho nos lábios.

- Acho que é a sua vez de descansar. - brinquei querendo distrair nós dois, tudo ficava mais fácil com ele junto.

Poncho: Vc também tem que se cuidar... Ainda é paciente, estamos no mesmo patamar agora. - devolveu.

Sorri e lhe dei mais um beijo antes de encostar a cabeça no peito dele sem deixar de olhá-lo.

Poncho suspirou e me deu um beijo antes de me abraçar com força e fechar os olhos com um suspiro. Fechei os meus também, esquecendo das duas pessoas que estavam ali, me perguntando por que Carlos não me expulsara ainda.

- O que eles estão fazendo? - perguntou aos cochichos, acho que pensou que estávamos dormindo. - Por que ela não ficou no quarto se cuidando, por que veio pra cá? - a voz dele denunciava que estava confuso.

Manuela: É o que eles fazem querido. - respondeu com doçura, tenho certeza que sorria. - Eles cuidam um do outro é isso o que eles fazem... Quando um esta mal o outro deixa tudo de lado e vai até ele, esquecendo de si mesmo se for necessário... É dessa forma que as pessoas apaixonadas se tratam! - completou.