Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ | Tema: AyA ponny, rbd romance drama

Depois que a enfermeira recolocou o soro no meu braço, o que por sinal me incomodou bastante, e aplicou os antibióticos fui deixada sozinha. Fechei os olhos e me surpreendi quando um sorriso estampou meu rosto ao me lembrar dos minutos que fiquei com Poncho. De como, mesmo dormindo, ele fez o possível pra ter certeza de que eu ficaria com ele e pra isso me abraçou com toda a força. Não que eu estivesse pensando em ir embora, mas o fato de ficar com ele me dava a sensação de ser amada, protegida, aceita. Tudo o que eu precisava no momento pra conseguir esquecer, superar e seguir em frente depois do que descobri. Balancei a cabeça afastando aqueles pensamentos e peguei o controle da t.v. Precisava me distrair com alguma coisa já que pelas próximas horas, estava proibida de ir visitar meu namorado, um grande absurdo convenhamos.

Ouvi passos de salto alto se aproximando e quando encarei a porta e a vi foi como se o mar dentro de mim que até então estava calmo, fosse invadido por uma tempestade, ficando furioso. Furiosa perguntei:

- O que ta fazendo aqui?

Patrícia: Vim falar com vc filha. - respondeu entrando sem jeito no quarto, pra mim tudo parte da encenação.

Any: Não me chama de filha. - respondi furiosa. - Sai do meu quarto! - apontei a porta furiosa

Patrícia: Any, por favor, me escuta. - implorou.

Any: Eu não tenho nada pra ouvir de vc, vai embora! - repeti ficando de joelhos na cama.

Patrícia: Filha eu só quero que vc entenda as coisas.

Any: Eu não tenho nada pra entender... NADA... Justifica o que vc fez!

Patrícia: Mas...

Any: Será que vc não entendeu que eu quero que vc vá embora? Que vc suma daqui? - respondi furiosa. - Você nunca me amou, nunca quis ficar comigo, agora quem não quer nada com vc sou eu.

Patrícia: Filha entenda que eu só tinha 17 anos e...

Any: Cala a boca e não me chama de filha, vai embora. - respondi furiosa e peguei o vaso de flor ao lado da cama! - SAI DAQUI! - gritei jogando o vaso na direção dela e fiquei de pé, sem me importar com o soro sendo repuxado.

Patrícia se afastou assustada e comcei e gritar:

- VAI EMBORA! EU NUNCA MAIS QUERO TE VER! SOME!

Uma enfermeiras se aproximaram junto com o médico.

- TIRA ESSA MULHER DAQUI. - gritei quando as duas me puxaram, me fazendo sentar na cama.

- Calma, vai ficar tudo bem! - uma delas me disse, tentando me fazer deitar.

Any: MANDA ELA EMBORA, EU QUERO QUE ELA SUMA DAQUI. - gritei chorando.

- Senhora, por favor, vou ter que pedi que se retire, ela esta muito alterada. - o médico intercedeu.

Vi quando Patrícia me olhou chorando. Sem escolha deu dois passos prta trás, deu as costas e foi embora.

Alguma coisa espetou minha veia e eu tentei me afastar, tarefa impossível com as duas enfermeiras me segurando. Em poucos minutos me senti sonolenta e eles me soltaram. Olhei a porta e vi Poncho parado nela.

- Senhor Alfonso...

Any: Deixa ele ficar! - interrompi o médico. - Cinco minutos, por favor.

- Esta bem, vamos! - respondeu suspirando e deu as costas indo embora com as enfermeiras.

Poncho se aproximou da cama e segurando minha mão perguntou:

- Esta mais calma? - assenti. - Eu ouvi os gritos e fiquei preocupado.

Any: Me desculpa! - pedi com os olhos marejados.

Poncho: Não tenho do que te desculpar... A culpa disso tudo é minha, eu a trouxe pra cidade.

Any: Não é sua, nunca culpei vc e não quero que se culpe... Vc é a melhor coisa que eu tenho nesse mundo.

Poncho: Esta mais calma agora? - sorriu me olhando com ternura.

Any: Uhum... E estava pensando em uma coisas.

Poncho: Em que? - me olhou intrigado.

Any: Em como é incrível o modo como as coisas se encaixam agora... Como tudo faz sentido! - refleti conseguindo pensar com frieza.

Poncho: O que quer dizer com isso meu amor? - ele perguntou acariciando minha mão, o tom de voz denunciando o quanto estava preocupado.

Any: Que agora eu entendo porque Marichello nunca me amou, porque nada do que eu fazia a agradava, porque eu nunca vi fotos dela grávida de mim... Agora entendo porque Henrique sempre me protegeu e porque Patrícia sempre me olhou com carinho... Mas tem coisas que eu nunca vou perdoar ou entender, como... As razões pra Patricia ter me dado pra Marichello e por nunca ter dito a verdade... Nunca vou entender ou perdoar o fato dela ter me visto crescer, ver a forma como Marichello me tratava e nunca ter feito nada... Não consigo perdoar e entender o que os três fizeram comigo! - minha garganta começou a queimar e os olhos marejarem. - Ela foi no enterro do irmão dela, me viu chorando desesperada pela morte do irmão dela que eu sempre achei que fosse meu pai e não fez nada... Ta, me chamou pra morar com ela, mas nunca pensou realmente em mim.

Poncho: Shiu, não fica pensando nessas coisas. - pediu enxugando minhas lágrimas, o sorriso cheio de amor que ele me lançava, me dava mais vontade ainda de chorar. - Você precisar descansar! - completou.

Any: Sabe uma vez eu e Marichello discutimos. - respondi me lembrando daquele dia.

[...] Marichello: Run o que tem feito? Ando se drogando de novo? - acusou aos berros.

Any: É sim. - me virei pra ela. - Andei me drogando de amor (sorri) uma coisa que vc desconhece, que nunca sentiu ou recebeu de alguém. - rebati.

Marichello: Vc não se atreva a falar assim comigo. - me puxou pelo braço.

Any: E vc não se atreva a por as mãos em mim pra me machucar, sua bruxa!

Marichello: Sua ba... - mordeu os lábios se interrompendo.

Any: Ba o que? - perguntei. - Termina, vc ia me chamar de que? - desafiei.

Marichello: Some da minha frente! - respondeu se afastando me olhando com ódio.

Any: Com muito prazer! - rebati e subi as escadas pisando duro. [...]

- Tenho certeza que quando ela me chamou de “Ba”, ela quis dizer bastarda... Tanto que quando a questionei, ela desconversou e me mando sumir da frente dela.

Poncho: Meu amor, não fica se torturando lembrando dessas coisas... Vc precisa descansar.

Any: Eu sei que vc não pode ficar, mas queria que me fizesse companhia até eu dormir pelo menos.

Poncho: Ok! - sorriu e me deu um beijo. - Eu te amo viu? - sussurrou com os lábios proximos ao meus.

Any: Eu te amo! - devolvi envolvendo o braço livre do soro em torno do seu pescoço e o beijei.

comentem....

bjOs <3