Fanfic: Seduzida pelo Higlander | Tema: Herroni
Não. Ela não permitira que Alfonso morresse. Decidiu isso desde que pousou seus olhos sobre o guerreiro bonito. Atrás dela, Gannon amaldiçoou.
— Consiga algo para proteger a moça do frio. – ele gritou – Ela vai congelar antes de chegarmos a nossas terras.
Um dos outros homens jogou um cobertor e Gannon cuidadosamente o colocou ao redor de Maite. Ela segurou as pontas e ficou mais perto de seu peito, apesar do fato de ele ser seu captor. Não. Não era seu captor. Ele não parecia satisfeito com aquele arranjo. Não. A culpa era de Cristian e do Laird Herrera. Ela lançou um olhar sobre eles apenas para demonstrar que estava descontente com ousadia deles. Nenhum dos homens prestou atenção nela, enquanto seguraram a maca improvisada de Alfonso.
— Fiquem alertas. – o laird gritou aos homens antes da partida – Nós não sabemos o que aconteceu durante a viagem de Alfonso e ninguém, exceto ele, sobreviveu. Devemos voltar para a fortaleza Herrera sem demora.
Maite estremeceu com a declaração sinistra do laird. Alguém tinha de fato tentado matar o guerreiro. E ele foi o único sobrevivente.
— Tudo bem, moça. Nós não permitiremos que nenhum dano chegue até você. – disse Gannon, ao senti-la estremecer. De alguma forma, ela acreditou nele. E sentiu-se ridícula em depositar toda a confiança nestes homens quando eles estavam seqüestrando-a em sua própria casa. Ela relaxou no peito de Gannon e inclinou a cabeça quando começaram a avançar em ritmo lento. Suas noites sem dormir cuidando de Alfonso batiam em sua cabeça. Ela estava cansada, com frio e fome, e não havia nada que pudesse fazer a respeito disso. Então fez a única coisa que podia fazer. Dormir.
— Você poderia ao menos ter encontrado uma mulher mais amigável para roubar. – Cristian resmungou. Crhistopher sorriu e olhou para os lados onde seus homens levavam Alfonso. Ele ainda não tinha acordado, o que significava que a pequena bruxa cuidou bem dele. O que a tornava perfeita para o que tinha em mente.
— Ela é uma boa curandeira, isso é tudo o que importa. – Crhistopher disse, não querendo discutir sobre mulheres com Cristian. Enquanto falava, lançou um olhar para Gannon, que cavalgava com a mulher à sua frente. Ela estava deitada no peito do guerreiro.
— Parece que ela não descansou durante sua vigília com Alfonso. – Crhistopher murmurou. – Nós precisamos de toda a sua dedicação. Logo Dulce dará a luz, e me faria sentir melhor termos uma parteira competente por perto. Farei de tudo para a segurança de minha esposa e de nosso filho. Cristian franziu a testa, mas acenou com um acordo. Gannon diminui o passo quando a moça se mexeu e quase caiu da sela. Segurou-a no último momento, e ela abriu os olhos quando se endireitou. Seu olhar descontente fez Crhistopher querer rir. Ela era uma coisa espinhosa. E não estava nada feliz com a honra que ele proporcionou. Por que ela gostaria de continuar a viver sozinha e na miséria, quando ele ofereceu uma posição reverenciada em seu clã?
— Você já teve experiência com partos, moça? – ele gritou para ela. Ela lhe lançou um olhar severo e seus olhos se estreitaram.
— Sim, eu já trouxe um ou dois bebês para este mundo.
— Tem alguma habilidade nisso? – ele insistiu.
— Bem, ninguém morreu, se é isso que está perguntando. – disse ela, secamente. Crhistopher puxou as rédeas e sinalizou para Gannon fazer o mesmo.
— Ouça-me, megera. Duas pessoas que são mais importantes para mim do que minha vida precisam de suas habilidades. Meu irmão está ferido gravemente e minha esposa que me dará um filho neste inverno. Eu preciso de sua assistência, e não de seu desrespeito. Enquanto estiver em minhas terras e em minha fortaleza, minha palavra é lei. Você vai me reconhecer como seu laird. Se não me ajudar, ficará sem abrigo e sem comida neste inverno. Maite mordeu os lábios e deu um aceno curto.
— É melhor não deixar o laird irado, moça. – Gannon sussurrou perto de seu ouvido. – Ele está no limite com Lady Herrera para dar a luz. Nosso clã inteiro depende da chegada do bebê saudável. Maite engoliu, sentindo-se arrependida por sua irreverência. Ainda assim, ela não poderia se culpar demais. Foi tirada de sua casa e esperava para ser tomada pelos Herrera. Ninguém lhe deu escolhas. Se o laird tivesse explicado seu problema antes, ela poderia ter aceitado a oferta de viajar. Mas nada em sua vida esteve em seu controle e por muito tempo ela não teve escolha em seu destino.
— Eu já trouxe mais de vinte bebês em segurança para este mundo, laird. – disse a contragosto. – Nunca perdi um. Farei o meu melhor pela sua senhora e não deixarei seu irmão morrer.
— Olhe só. A moça é teimosa. – Cristian murmurou. – Ela e Dulce poderão se dar bem. Maite inclinou a cabeça.
— Dulce?
— A esposa de nosso laird. – Gannon explicou.
Maite estudou o laird com interesse, porque era evidente que tinha falado a verdade. Seu irmão e sua esposa significavam muito para ele. Podia ver a preocupação em seu rosto e seu coração romântico assumiu. Que doce ver um laird raptar uma curandeira para sua esposa que estava para dar a luz. Maite gemeu. Que ridículo era pensar no laird de forma tão poética e romântica. Ele a raptou, pelo amor de tudo o que era sagrado. Ela devia estar gritando pela floresta abaixo, não sonhando melancolicamente sobre o carinho do laird por sua esposa.
— Você é uma idiota. – ela murmurou.
— Como? - Gannon soou ofendido.
— Não quis dizer você. Estava se referindo a mim. Ela pensou ouvi-lo dizer sobre como as mulheres são estúpidas, mas não tinha certeza. — Quanto falta para chegarmos à fortaleza, laird? – ela gritou. Ele se virou em sua direção.
—Quase um dia, mas com Alfonso dessa forma, poderemos levar mais tempo. Vamos viajar tão longe pudermos e ficarmos o mais perto possível das terras Herrera.
— Quando eu curar seu irmão e deixar sua querida Lady Herrera em segurança, poderei voltar para minha casa? Os olhos do laird se estreitaram. Cristian percebeu que ele queria gritar que sim.
— Eu vou considerá-lo. Mas não farei promessas. Nosso clã precisa de uma curandeira qualificada. Ela franziu a testa, mas acreditou que isto era melhor que uma recusa absoluta. Entediada e inquieta pelo ritmo lento dos guerreiros, ela recostou-se contra o peito de Gannon novamente, indiferente se era bom ou não. Ajustou suas vistas sobre o campo, tentando ver o que havia além da área que ela cresceu e morou desde seu nascimento. Na verdade, não era tão diferente. A paisagem era acidentada. Rochas se espalhavam pelo chão. Ele cavalgaram entre áreas densamente florestadas e vales ricamente verdes, entre picos escarpados. Sim, tudo era muito bonito, mas não tão diferente como ela imaginou. Quando se aproximavam de um riacho que ligava dois lagos, Laird Herrera ordenou aos homens que parassem e vigiassem o perímetro onde eles acampariam. Em uma operação bem orquestrada, cada homem se ocupou de uma tarefa diferente e logo as tendas foram montadas, o fogo foi aceso e os guardas se colocaram a postos.
Tão logo Alfonso foi colocado perto do fogo, ela correu para ele, sentindo seu rosto e colocando sua cabeça perto do peito dele para sentir a respiração. O longo tempo em que ele estava inconsciente a incomodou muito. Ele não acordou nenhuma vez durante a viagem. Ela se esforçou para ouvir sua respiração, que estava muito fraca. A testa queimava ao toque. Seus lábios estavam secos e rachados. Ela girou a cabeça em direção aos seus irmãos, sabendo que eles estavam assistindo.
— Preciso de água e preciso da ajuda de vocês para dar-lhe de beber. Cristian foi buscar água enquanto Crhistopher se ajoelhava ao lado de Alfonso e colocava o braço por baixo do pescoço do irmão. Cristian entregou uma lata para Maite que cuidadosamente colocou-a nos lábios de Alfonso, que se recusou a beber. —Pare de ser teimoso, guerreiro. – ela repreendeu – Beba, para que possamos dormir esta noite. Eu tenho ficado sem dormir durante muito tempo por sua causa.
— Diabo. – Alfonso resmungou. Crhistopher contraiu a boca e Maite olhou para ele. — Pode me chamar como quiser se você beber. – ela disse.
— O que fez com meu anjo? – Alfonso falou arrastado. Ela aproveitou a boca aberta e inclinou a lata de água sobre seus lábios. Ele engasgou e tossiu, mas engoliu a maior parte.
— Sim, mais agora. Você vai se sentir melhor. – Maite murmurou enquanto derramava mais água na boca. Alfonso bebeu obedientemente e quando Maite se sentiu satisfeita, fez um sinal para Crhistopher deitar Alfonso de volta. Ela arrancou um pedaço de suas saias esfarrapadas e mergulhou-o na água restante. Então, limpou a testa de Alfonso.
— Fique tranqüilo, guerreiro. – sussurrou.
— Anjo – ele murmurou – Você voltou. Estava preocupado que o diabo lhe fez alguma mal.
Maite suspirou.
— Agora sou um anjo de novo.
— Fique perto de mim. Maite olhou por cima dos ombros para ver Cristian carrancudo enquanto os olhos de Crhistopher brilhavam de diversão. Ela estreitou os olhos para os dois. Ele queriam que seu irmão se recuperasse. Que o mantivesse calmo e não combativo. Se isso significava dormir ao lado dele, então ela iria fazê-lo. Crhistopher se adiantou.
— Pegarei os cobertores para que ambos se sintam confortáveis. Eu aprecio que você fique perto dele quando ele está tão mal. Nesse momento, Maite decidiu que o laird não poderia ser tão ruim. Ainda não ia julgar Cristian, mas o laird percebeu que ela estava desconfortável com o que considerou seu dever, e foi ajudando-a a ficar a vontade para permanecer ao lado de Alfonso. Ainda assim, ela olhou rapidamente ao redor para avaliar se os homens do laird ouviram ou sabiam sobre onde ela iria dormir. Nenhum deles parecia se incomodar, e de fato, eles começaram a posicionar numa circunferência apertada em torno de Alfonso para protegê-lo de todos os lados. Dois dos homens levaram cobertores e rolaram um deles como uma almofada.
— Para sua cabeça – um dos guerreiros explicou. – Assim, não será tão difícil dormir no chão. Tocada por sua atenção, ela sorriu e pegou os cobertores.
— Como você se chama? Ele voltou a sorrir.
— Cormac, senhora.
— Obrigada, Cormac. A verdade é que passei as últimas noites no chão e gostaria de receber algum conforto . Ela organizou os cobertores e então rapidamente se posicionou ao lado de Alfonso, com cuidado para manter uma distância respeitável entre eles. Apesar de sua soneca durante o dia, ela bocejou e logo puxou os cobertores sobre ela e Alfonso. Era importante mantê-lo aquecido. Podia senti-lo tremer. Durante muito tempo ela ficou deitada na escuridão, vendo e ouvindo Alfonso. O fogo apagou mas os guardas que estava a postos cuidavam deles. Enquanto o sono chegava, percebeu que, no dia seguinte, um novo capítulo de sua vida iria começar. E não tinha certeza exatamente como seria isso.
Autor(a): nara_herroni
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 9
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chaverronis2forever Postado em 08/06/2015 - 17:15:37
Coooontinuuua
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taynaraleal Postado em 07/06/2015 - 13:17:01
Contínuaaaaaaaa, eles são muitos gostoso de verdade, ela é um anjo
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chaverronis2forever Postado em 16/05/2015 - 13:05:36
Coooontinuuua tenho que concordar com o Alfonso a May realmente e um anjo
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chaverronis2forever Postado em 12/05/2015 - 23:14:57
Coooontinuuua posta mais porfavooor
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taynaraleal Postado em 10/05/2015 - 13:24:17
ALFONSO ATACADO? SOCORRO SENHOR AJUDAAAA!!
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nara_herroni Postado em 10/05/2015 - 12:05:51
Continuando amores, em poucos minutos sai mais um capítulo. Querem só um ou mais? Escolha de vocês!!
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chaverronis2forever Postado em 09/05/2015 - 16:48:07
Cooontinuuua
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Juh Santos Postado em 08/05/2015 - 23:23:10
Continuaa! Adoreeii <3
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chaverronis2forever Postado em 08/05/2015 - 22:19:16
Coooontinuuua sua primeira leitora