Fanfics Brasil - CAPÍTULO 17 Nudez Mortal FINALIZADA

Fanfic: Nudez Mortal FINALIZADA | Tema: Herroni


Capítulo: CAPÍTULO 17

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- Então você pode me investigar enquanto jantamos. - Ele tomou-a pelo braço, levantando uma sobrancelha quando ela ficou rígida. - É de se imaginar que uma mulher que luta por uma barra de chocolate poderá apreciar devidamente um filé com cinco centímetros de altura, ao ponto.


 


- Filé? - Ela fez força para não babar. - Filé de verdade, vindo de uma vaca?


 


- Acabou de chegar de Montana. - Um sorriso apareceu em seus lábios. - O filé, não a vaca. - Ao ver que ela ainda hesitava, tombou a cabeça para o lado. - Ora vamos, tenente. Eu não acredito que um pouco de carne vermelha vá embotar os seus consideráveis dotes investigativos.


 


- Uma pessoa tentou me subornar um dia desses - murmurou ela, lembrando-se de Charles Monroe e seu robe preto de seda.


 


- Com o quê?


 


- Nada tão interessante quanto um filé. - Lançou um longo olhar, de igual para igual. - Se as evidências apontarem na sua direção, Alfonso, saiba que vou derrubar você.


 


- Não esperava menos que isso. Vamos comer. Ele a conduziu até a sala de jantar. Mais cristais, mais madeira polida, outra lareira crepitante, desta vez cercada de mármore com veios cor-de-rosa. Uma mulher vestida com um uniforme preto os serviu com aperitivos de camarão, mergulhados em molho cremoso. O vinho foi trazido, e seus cálices, completados. Maite, que raramente se preocupava com a aparência, sentiu que deveria estar usando algo mais adequado para a ocasião, em vez de calça jeans e um suéter.


 


- E então, como foi que você ficou rico? - perguntou a ele.


 


- De várias formas. - Ele gostava de vê-la comer, conforme acabara de descobrir. Havia uma certa obstinação naquilo.


 


- Cite uma.


 


- Desejo - respondeu, e deixou a palavra flutuar entre eles.


 


- Só isso não adianta. - Ela pegou o vinho de novo, olhando diretamente para os olhos dele. - A maioria das pessoas tem o desejo de ser rica.


 


- Elas não querem o suficiente. Não lutam por isso. Não correm riscos por isso.


 


- Mas você correu.


 


- Corri. Ser pobre é, digamos, desconfortável. Eu gosto de conforto. - Ofereceu-lhe um enroladinho retirado de uma bandeja de prata, enquanto a salada era servida. Uma salada verde bem fresca misturada com ervas delicadas. - Nós dois não somos muito diferentes, Maite.


 


- Sim... sei.


 


- Você queria ser uma policial. Queria o bastante para lutar por isso. O bastante para correr riscos por isso. Acha que quebrar as leis é algo desconfortável. Eu faço dinheiro, você faz justiça. Nenhuma dessas duas coisas é algo simples. - Ele esperou um momento.


 


- Você sabe o que Sharon DeBlass queria? O garfo de Maite ficou parado no ar, e então pegou uma porção macia de chicória que acabara de ser colhida, há menos de uma hora.


 


- O que você acha que ela queria, Alfonso?


 


- Poder. Sexo é muitas vezes uma forma de obter isso. Ela tinha dinheiro suficiente para estar confortável, mas queria mais. Porque dinheiro também é poder. Mas ela queria poder sobre os clientes dela, sobre si mesma, e, acima de tudo, queria ter poder sobre a família dela. Maite pousou o garfo. Sob a luz do fogo, na dança do brilho das velas com o dos cristais, ele parecia perigoso. Não no sentido de uma mulher ter medo dele, mas porque ela mesma poderia desejálo. Sombras brincaram em seus olhos, tornando-os ilegíveis.


 


- Essa é uma análise e tanto de uma mulher que você afirma que mal conhecia.


 


- Não leva muito tempo para se formar uma opinião sobre alguém, especialmente se a pessoa é óbvia. Ela não tinha a sua profundidade, Maite, nem o seu controle, e nem o seu foco tão invejável.


 


- Não estamos falando de mim.- Não, ela não queria que ele falasse dela, nem que ficasse olhando para ela daquele jeito. Na sua opinião, ela estava sedenta de poder. Sedenta o suficiente para ser morta antes de conseguir dar uma mordida muito grande?


 


- Uma teoria interessante. A pergunta seria, uma mordida muito grande do quê? Ou em quem? A mesma atendente silenciosa levou a salada e trouxe imensos pratos de porcelana, cheios de pedaços de carne ainda chiando e fatias finas e douradas de batatas grelhadas. Maite esperou até que eles estivessem novamente sozinhos e então começou a cortar seu filé.


 


- Quando um homem acumula uma grande quantidade de dinheiro, posses e status, passa a ter muito a perder.


 


- Agora estamos falando de mim. Outra teoria interessante. - Ele ficou parado ali, com um olhar de curiosidade e ao mesmo tempo divertido. - Ela me ameaçou com algum tipo de chantagem e, em vez de pagar algum dinheiro a ela ou desprezá-la como se fosse ridícula, eu a matei. Será que dormi com ela antes?


 


- Você é quem tem que me contar - disse ela, impassível.


 


- Combinaria com o enredo, considerando-se a escolha da profissão dela. Pode haver alguma pressão sobre a imprensa nesse caso em particular, mas não precisamos ter um poder de dedução tão grande assim para concluir que a chave de tudo é o sexo. Eu a tive, e depois a matei... se é que vamos aceitar essa teoria. - Ele pegou um pedaço de carne, saboreando-o e a seguir engolindo-o. - Há um problema, porém.


 


- E qual é?


 


- Eu tenho o que talvez você considere uma peculiaridade fora de moda. Desprezo todo tipo de violência contra as mulheres, sob qualquer forma.


 


- O que torna o que disse fora de moda é que seria mais adequado falar que você despreza violência contra pessoas em geral, sob qualquer forma.


 


- Como eu disse, é uma peculiaridade. - Ele moveu os ombros, com elegância. - Acho desagradável olhar para você e ver a luz das velas se desviar ao atingir a marca roxa em seu rosto. Surpreendeu-a, esticando a mão e passando o dedo sobre a mancha, muito delicadamente. - Acredito que teria achado ainda mais desagradável matar Sharon DeBlass. - Recolheu a mão e voltou à refeição. - Embora as pessoas saibam que eu, ocasionalmente, faça algumas coisas que não me agradam. Quando é necessário. Como está a comida?


 


- Está ótima! - O ambiente, a luz, a comida, tudo estava mais que ótimo. Era como estar sentada em um outro mundo, em um outro tempo. - Quem, afinal de contas, é você, Alfonso?


 


- Você é que é a tira, aqui - sorriu ele, completando os cálices. - Descubra. Ela ia descobrir, prometeu a si mesma. Por Deus, ela ia descobrir, antes de aquilo acabar.


 


- Que outras teorias você tem a respeito de Sharon DeBlass? - perguntou a ele.


 


- Nada de especial. Ela gostava do que era excitante, e gostava do risco, e não hesitava em criar embaraços para os que a amavam. No entanto ela era...


 


- O quê? - Intrigada, Maite se inclinou para junto dele. Vamos, termine.


 


- Digna de pena - respondeu Alfonso, em um tom que fez Maite acreditar que ele não queria dizer nem mais nem menos do que aquilo. - Havia algo de triste por baixo de toda aquela camada espessa de brilho. Seu corpo era a única coisa em si mesma que respeitava. Assim, ela o utilizava para dar prazer e causar dor.


 


- E ela o ofereceu para você?


 


- Naturalmente, e supôs que eu aceitaria o convite.


 


- E por que não aceitou?


 


- Já expliquei isso. Posso me estender mais e acrescentar que prefiro um tipo diferente de mulher para levar para a cama, e também que prefiro tomar minhas próprias iniciativas. Havia outros motivos, mas ele preferiu guardá-los para si. - Quer mais filé, tenente?


 


- Não, obrigada. - Maite olhou para baixo e notou que comera tudo, só faltara raspar os desenhos gravados no fundo do prato.


 


- Sobremesa?


 


- Não. - Ela detestava dispensar a sobremesa, mas já havia concedido coisas demais a si mesma. - Quero apenas ver a sua coleção.


 


- Então, vamos deixar o café e a sobremesa para mais tarde. Ele se levantou, oferecendo-lhe a mão. Maite simplesmente franziu os olhos ao ver aquilo e afastou a cadeira da mesa. Deliciado, Alfonso fez um gesto em direção à porta, conduzindo-a de volta ao hall e subindo as escadas.


 


- É muita casa para um homem só.


 


- Você acha? Já eu sou da opinião que o seu apartamento é que é pequeno demais para uma mulher só. - Ao parar de repente no fim da escadaria, sorriu. - Maite, você já sabe que eu sou o dono do prédio em que mora. É claro que foi verificar isso assim que recebeu minha pequena lembrança.


 


- Devia mandar alguém até lá para fazer uma revisão nos encanamentos - disse a ele. - Não consigo manter a água do chuveiro quente por mais de dez minutos.


 


- Vou providenciar isso. Mais um lance de escadas.


 


- Estou surpresa por ver que você não tem elevadores comentou ela, enquanto continuavam a subir.


 


- Mas eu tenho. Pelo fato de preferir as escadas, não significa que a minha equipe de empregados não possa ter escolha.


 


- E por falar em equipe de empregados - continuou ela -, ainda não vi nenhum empregado eletrônico na casa, nem um andróide.


 


- Tenho alguns. Mas prefiro pessoas em vez de máquinas, na maior parte do tempo. Chegamos.  



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Autor(a): taynaraleal

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Faabi ~*: É diferente mulher, mas bombando kkk, essa investigação realmente vai render, bom BEIJO creio que tenha nesse mesmo, mas SEXO só mais a frente, e mais uma vez concordo contigo, o Poncho é o amor da vida dela. e se essa fic render, prometo que posto a série completa o que acha?. Bom espero que goste. BEIJOSS nara_herroni:Po ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 16:36:32

    acabou? nao acredito:( essa foi uma as melhores historias eu ja li aqui nesse site. essa fanfic foi perfeita do inicio ao fim. amei ela e ja estou ansiosa para a sua proxima fanfic. vc é com certeza uma a melhores escritoras daqui e espero que continue escrevendo muitas historias.

  • maite_portilla Postado em 18/07/2017 - 02:31:26

    Que bom que voltou realmente. Estou amando, continua logo <3

  • maite_portilla Postado em 11/07/2017 - 16:48:20

    Opa, leitora nova aqui. Já li sua fanfic toda e pensei que tinha abandonado. Fico muito feliz que vc tenha voltado. Continua logo

    • taynaraleal Postado em 12/07/2017 - 17:11:25

      Que bom que gostou meu amor, seja bem vida, voltei para ficar agora

  • suenosurreal Postado em 27/03/2016 - 11:55:53

    Mew quero esse Alfonso pra vida, gente que homem! Maite para de graça e se assumem logo, são tão lindos juntos *-* continuaaaaa

  • mylene_herroni Postado em 17/01/2016 - 02:29:34

    continuaaa. adoro essa fic

  • mylene_herroni Postado em 05/12/2015 - 23:48:21

    Continuaaaaaaa! Eu também acredito no Poncho, Mai &#9825;

  • mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:10:55

    Aiii eu sinceramente espero que não seja o Poncho. Continuaaaaaa.

  • Postado em 26/11/2015 - 13:37:47

    O Alfonso tem que estar na estação espacial! Pmldds ele não pode ser o assassino (na vdd pode, tudo é possível) ISSO TEM QUE SER UMA ARMAÇÃO, POSTA MAAAAAIS

  • Fabi Sales Postado em 24/11/2015 - 21:58:00

    POSTA MAAAAIS, MULHER! ATÉ EU TÔ CURIOSA PRA SABER O QUE ACONTECEU E TÔ DOIDA PRA VER MOMENTOS HERRONI, POSTAAAAAAA <33

  • Fabi Sales Postado em 18/11/2015 - 17:46:04

    POSTA MAIS, POR FAVOR! <33


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