Fanfics Brasil - Capítulo 21 Nudez Mortal FINALIZADA

Fanfic: Nudez Mortal FINALIZADA | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 21

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- Vou ser preso?


- Não agora.


- Então, vamos reservar os advogados para quando eu for preso. Pergunte. Embora ela mantivesse os olhos no mesmo nível dos dele, sabia onde as mãos de Alfonso estavam, enfiadas casualmente nos bolsos da calça. Mãos revelavam emoções.


- Na noite de anteontem - começou ela -, entre oito e dez horas da noite. Você poderia verificar onde estava?


- Creio que fiquei aqui até pouco depois das oito. - Com a mão firme, consultou sua agenda de mesa. - Desliguei o monitor às 8:17, deixei o prédio e fui de carro para casa.


- Foi de carro - interrompeu ela -, dirigindo, ou foi levado pelo motorista?


- Eu mesmo dirigi. Mantenho um carro aqui. Não gosto de deixar meus empregados esperando até o horário que me dá na telha.


- Tremendamente democrático de sua parte. - E, pensou, tremendamente inconveniente também. Ela queria que ele tivesse um álibi.


- E depois?


- Quando cheguei, me servi de um conhaque, fui tomar um banho e troquei de roupa. Tinha um jantar marcado com uma pessoa amiga.


- A que horas, e quem era essa pessoa amiga?


- Acredito que cheguei lá por volta de dez horas. Gosto de ser pontual. Fui à casa de Madeline Montmart.


- Madeline Montmart, a atriz? - Maite teve uma rápida visão de uma loura cheia de curvas com uma boca ardente e olhos amendoados.


- Sim, ela mesma. Creio que comemos borracho, um tipo de pombo jovem, se essa informação ajudar. Maite ignorou o sarcasmo.


- Ninguém pode confirmar suas atividades entre oito e dezessete e dez da noite?


- Algum dos empregados poderia ter notado minha passagem, mas lembre que eu os pago muito bem e eles estão dispostos a dizer o que eu mandar que digam. - Sua voz ficou mais cortante. Aconteceu outro assassinato. - Lola Starr, acompanhante licenciada. Alguns detalhes vão ser liberados para a mídia dentro de uma hora.


- E outros detalhes, não.


- Você possui um silenciador, Alfonso?


- Vários. - Sua expressão não mudou. - Você parece exausta, Maite. Passou a noite toda acordada?


- Faz parte do trabalho. Você possui um revólver suíço, um SIG 2-10, fabricado em 1980?


 


- Adquiri um, há cerca de seis semanas. Sente-se.


- Conhecia Lola Starr? - Procurando em sua pasta, Maite puxou uma foto que encontrara no apartamento de Lola. A linda garota com jeito travesso estava sorrindo, ousada e cheia de vida. Alfonso abaixou o olhar para a foto quando Maite a pousou em sua mesa, e seus olhos piscaram. Desta vez a sua voz estava com um traço de alguma coisa que pareceu a Maite ser pena.


- Ela não tinha idade suficiente para ter licença de acompanhante.


- Fez dezoito anos há quatro meses. Requisitou a licença no dia do aniversário.


- Nem teve tempo de mudar de ideia, não é? - Os olhos dele se levantaram para se encontrar com os de Maite. Sim, ele estava com pena. - Eu não a conhecia. Não saio com prostitutas. Nem com crianças. - Pegou a foto, deu a volta na mesa, e a devolveu a Maite. - Sente-se.


- Alguma vez você...


- Droga, sente-se aqui! - Com súbita fúria, ele a pegou pelos ombros e a empurrou sobre uma poltrona. A pasta se abriu, espalhando outras fotos de Lola que não tinham nada a ver com jeito maroto. Ela poderia tê-las alcançado primeiro. Seus reflexos eram tão bons quanto os dele. Mas talvez Maite quisesse que ele as visse. Talvez precisasse disso. Agachado, Alfonso pegou uma das fotos que havia sido tirada na cena do crime, e olhou com atenção. - Meu Deus, Jesus! - disse ele, baixinho. - Você acredita que eu possa ser capaz de fazer isso?


- O que eu acredito não vem ao caso. Investigar... - parou de falar quando sentiu que os olhos dele a estavam açoitando.


- Você acredita que eu seja capaz disso? - repetiu ele, mais baixo, em um tom que era cortante como uma lâmina.


- Não, mas tenho um trabalho a fazer.


- Seu trabalho é podre. Ela pegou as fotos de volta, e as guardou, respondendo:


- Sim, de vez em quando, é.


- Como consegue dormir à noite depois de olhar de perto para algo assim? Ela hesitou. Embora conseguisse se recuperar em um piscar de olhos, Alfonso notou. Apesar de ficar intrigado pela reação instintiva e emocional de Maite, lamentava ter sido a causa disso.


- Consigo dormir sabendo que vou pegar o canalha que fez isso. Saia do meu caminho. Ele ficou onde estava e colocou a mão em seu braço, que estava rígido.


- Um homem que tem a minha posição sabe ler as pessoas de modo rápido e certeiro, Maite. No momento, estou lendo que você está chegando ao seu limite.


- Já disse, saia da minha frente. Ele se levantou, mas, apertando mais o braço dela, colocou-a de pé. Continuava no caminho dela.


- Ele vai fazer isso de novo - disse, com calma. - E o que está consumindo você é não saber quando, nem onde, nem com quem.


- Não me analise. Temos um departamento inteiro de psiquiatras na folha de pagamento da polícia para isso.


- E por que já não foi se consultar com um deles? Anda tentando escapar pela


tangente para não ir ao Departamento de Testes. Os olhos dela se estreitaram. Ele riu, mas não havia nenhum traço de divertimento no sorriso. - Tenho contatos, tenente. Você foi convocada para fazer testes há vários dias, um procedimento padrão após a ocorrência de uma morte justificada, o homem que você executou na mesma noite em que Sharon foi morta.


- Fique fora dos meus assuntos - disse ela, furiosa. - E danem-se os seus contatos.


- Do que tem medo? O que receia que eles possam encontrar, se derem uma boa olhada dentro dessa cabeça? Dentro desse coração?


- Não tenho medo de nada. - Puxou o braço com força para se livrar, mas ele simplesmente colocou a mão em seu rosto. Um gesto tão inesperado e tão gentil que seu estômago estremeceu.


- Deixe-me ajudá-la.


- Eu... - Algo quase transbordou e se espalhou, como acontecera com as fotos. Só que dessa vez seus reflexos mantiveram tudo guardado. - Estou conseguindo lidar com isso. - Ela se virou. Você pode apanhar os objetos que lhe pertencem a qualquer hora que queira depois das nove, a partir de amanhã.


- Maite.


- O quê? Ela mantinha os olhos focados na porta e continuava andando.


- Quero vê-la esta noite.


- Não. Ele se sentiu tentado, muito tentado, a sair correndo atrás dela. Em vez disso, porém, permaneceu onde estava.


- Eu posso ajudar você nesse caso, Maite. Cautelosa, ela parou e se virou. Se Alfonso não estivesse sentindo naquele momento uma desconfortável sensação de frustração sexual, era possível que caísse na gargalhada diante da mistura de desconfiança e zombaria que viu nos olhos dela.


- De que modo?


- Conheço as pessoas que Sharon conhecia. - Enquanto falava, sentiu o escárnio virar interesse. A desconfiança, no entanto, permaneceu. - Não é preciso um malabarismo mental muito grande para descobrir que você está à procura de uma conexão entre Sharon e a garota cujas fotos está carregando. Vou ver se consigo achar alguma.


- Informações vindas de um suspeito não têm muito peso em uma investigação. Mas... - acrescentou, antes que ele pudesse falar - você pode me avisar. Ele sorriu, afinal.


- É de se estranhar que eu a queira nua em minha cama? Pode deixar que eu aviso, tenente - e voltou para trás da mesa. - Nesse meio tempo, procure dormir um pouco. Quando a porta se fechou atrás dela, o sorriso desapareceu de seus olhos. Por um longo momento, ele ficou sentado, em silêncio. Apalpando o botão perdido que ainda carregava no bolso, ativou a sua linha privativa e segura. Não queria que aquele telefonema aparecesse nos registros.



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Autor(a): taynaraleal

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Maite ficou na frente da tela de segurança, diante do apartamento de Charles Monroe, e já se preparava para se anunciar quando a porta se abriu. Ele estava de smoking, com uma capa de casimira atirada de modo negligente sobre os ombros para contrabalançar a textura cremosa de uma echarpe de seda. Seu sorriso estava tão meticulosamente ajustado qua ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 16:36:32

    acabou? nao acredito:( essa foi uma as melhores historias eu ja li aqui nesse site. essa fanfic foi perfeita do inicio ao fim. amei ela e ja estou ansiosa para a sua proxima fanfic. vc é com certeza uma a melhores escritoras daqui e espero que continue escrevendo muitas historias.

  • maite_portilla Postado em 18/07/2017 - 02:31:26

    Que bom que voltou realmente. Estou amando, continua logo <3

  • maite_portilla Postado em 11/07/2017 - 16:48:20

    Opa, leitora nova aqui. Já li sua fanfic toda e pensei que tinha abandonado. Fico muito feliz que vc tenha voltado. Continua logo

    • taynaraleal Postado em 12/07/2017 - 17:11:25

      Que bom que gostou meu amor, seja bem vida, voltei para ficar agora

  • suenosurreal Postado em 27/03/2016 - 11:55:53

    Mew quero esse Alfonso pra vida, gente que homem! Maite para de graça e se assumem logo, são tão lindos juntos *-* continuaaaaa

  • mylene_herroni Postado em 17/01/2016 - 02:29:34

    continuaaa. adoro essa fic

  • mylene_herroni Postado em 05/12/2015 - 23:48:21

    Continuaaaaaaa! Eu também acredito no Poncho, Mai &#9825;

  • mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:10:55

    Aiii eu sinceramente espero que não seja o Poncho. Continuaaaaaa.

  • Postado em 26/11/2015 - 13:37:47

    O Alfonso tem que estar na estação espacial! Pmldds ele não pode ser o assassino (na vdd pode, tudo é possível) ISSO TEM QUE SER UMA ARMAÇÃO, POSTA MAAAAAIS

  • Fabi Sales Postado em 24/11/2015 - 21:58:00

    POSTA MAAAAIS, MULHER! ATÉ EU TÔ CURIOSA PRA SABER O QUE ACONTECEU E TÔ DOIDA PRA VER MOMENTOS HERRONI, POSTAAAAAAA <33

  • Fabi Sales Postado em 18/11/2015 - 17:46:04

    POSTA MAIS, POR FAVOR! <33


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