Fanfics Brasil - Capítulo 23 Nudez Mortal FINALIZADA

Fanfic: Nudez Mortal FINALIZADA | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 23

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- Mas o pessoal que limpou o lugar...


- Senhor, eu vasculhei todo o lugar mais uma vez, depois da limpeza. Tenho certeza de que ele voltou lá. - Maite mordeu os lábios de frustração, e se lembrou de que Whitney era um homem cauteloso. Todo administrador tinha que ser. - Ele conseguiu passar pelo lacre da segurança e entrou. Procurava algo, algo que esqueceu no local. Algo que ela possuía. Alguma coisa que a gente deixou passar.


- Você quer que o local seja vistoriado mais uma vez?


- Quero. E quero que Feeney volte aos arquivos de Sharon. Tem alguma coisa lá, em algum lugar. E é alguma coisa importante o bastante para ele se arriscar a voltar.


- Vou assinar uma autorização, mas o secretário não vai gostar muito disso. - O comandante ficou em silêncio por um instante. Então, como se tivesse acabado de lembrar que estavam conversando em uma linha totalmente segura, soltou: - Dane-se o secretário. Muito bom olho o seu, Maite.


- Obrigada... - mas ele já tinha desligado antes que ela pudesse acabar de agradecer.


Duas de seis, pensou, e, na privacidade do seu carro, estremeceu mais do que apenas pela ação do frio. Havia outras quatro pessoas lá fora cujas vidas estavam nas mãos dela. Depois de entrar na garagem, jurou que ia telefonar para o maldito mecânico no dia seguinte. Se acontecesse como sempre, isso significava que ele ficaria com o carro dela por uma semana, levando uma surra de algum chip idiota do sistema de aquecimento do veículo. A ideia da papelada necessária para solicitar um carro substituto através do departamento era terrível demais para se considerar. Além do mais, ela já estava acostumada com aquele, apesar das suas pequenas maluquices. Todos sabiam que os policiais uniformizados é que recebiam os melhores veículos de terra e ar. Detetives tinham que se virar com as carroças. Ela ia ter que se contentar com transporte público, ou então pegar um carro qualquer na garagem da polícia e pagar o preço da burocracia mais tarde. Ainda pensando na confusão que ia armar e se lembrando de entrar em contato com Feeney pessoalmente para fazê-lo rever todos os discos de segurança da semana no Gorham, subiu de elevador até o seu andar.


Mal tinha acabado de destrancar a porta e sua mão já estava no coldre da arma, empunhando-a. O silêncio dentro do apartamento estava errado. Soube na mesma hora que não estava sozinha. O arrepio ao longo de sua pele a fez olhar de um lado para o outro, mexendo os olhos e os braços nas duas direções, para a esquerda e para a direita. Na quase inexistente luminosidade da sala, viu que as sombras se mantinham imóveis e o silêncio se mantinha. Então, sentiu um movimento que fez seus músculos se retesarem e seu dedo se posicionar no gatilho.


- Reflexos excelentes, tenente. - Alfonso se levantou da cadeira de onde estivera descansando. De onde a estivera observando. Tão excelentes - continuou, com o mesmo tom calmo, enquanto acendia uma lâmpada -, que tenho certeza de que você não vai usar a arma em mim.


Ela poderia ter usado. Ela bem que poderia ter lhe dado um bom susto. Teria servido para arrancar aquele sorriso complacente da cara dele. Mas qualquer arma que fosse disparada significava uma papelada imensa que ela não estava disposta a encarar só por vingança.


- Mas que diabos você está fazendo aqui?


- Esperando por você. - Seus olhos permaneceram nela enquanto levantava as mãos. - Estou desarmado. Pode vir verificar, se não acreditar na minha palavra. Com muito cuidado e alguma relutância, ela recolocou a arma no coldre.


- Imagino que esteja com um batalhão de advogados muito caros e muito espertos, Alfonso, que possam conseguir livrar você antes que eu acabe de fichá-lo por invasão de domicílio e tentativa de roubo. Por que você não tenta me oferecer um bom motivo para eu não me dar ao trabalho de jogar você em uma cela por pelo menos duas horas, à custa dos contribuintes? Alfonso ficou se perguntando se era algum tipo de perversão gostar tanto da maneira com que ela arrasava com ele.


- Não seria produtivo, tenente. E você está cansada, Maite. Por que não se senta?


- Não vou me dar o trabalho de perguntar como entrou aqui. - Ela podia sentir que estava tremendo toda de raiva, e imaginava o quanto de satisfação teria se conseguisse colocar os elegantes pulsos dele dentro de algemas. - Você é dono do prédio, então esta pergunta responde a si mesma.


- Uma das coisas que admiro é que você não perde tempo com o óbvio.


- Minha pergunta é por quê?


- De repente, me vi pensando em você, tanto em nível profissional quanto pessoal, depois que saiu do meu escritório. - Ele sorriu, rápido e charmoso. - Você comeu?


- Por quê? - repetiu. Ele se encaminhou na direção dela, de modo que o facho de luz que vinha da lâmpada ficou brincando por trás dele.


- Profissionalmente, dei alguns telefonemas que podem ser do seu interesse. Pessoalmente... - levou a mão até o rosto dela, os dedos não mais do que roçando seu queixo, o polegar se demorando sobre a pequena covinha. - Por algum motivo, tenho a compulsão de alimentar você.


- Que telefonemas? - Embora soubesse que era o gesto de uma criança malcriada, puxou o rosto para trás.


- Você me permite? - perguntou ele no mesmo tom, e simplesmente sorriu novamente, pegando o tele-link e teclando o número que queria. -Aqui fala Alfonso. Pode mandar subir a comida agora mesmo. - Desligou e sorriu para ela. - Você não faz objeções a massa, não é?


- Em princípio, não. Mas faço objeções quanto a ser manipulada.


- Isso é outra coisa de que gosto muito em você. - E já que ela não ia querer se sentar, ele o fez, ignorando o franzir de olhos dela, e pegou a cigarreira. - Gosto de relaxar depois de uma refeição quente. Você não relaxa o suficiente, Maite.


- Você não me conhece o bastante para julgar o que eu faço e o que eu não faço. E eu não disse que você tinha permissão para fumar aqui. Ele acendeu o cigarro, olhando-a através da névoa leve e perfumada.


- Se você não me prendeu por invasão de domicílio, não vai me prender por fumar. Trouxe uma garrafa de vinho. Coloquei-a sobre a bancada da cozinha, para respirar. Quer beber um pouco?


- O que eu quero... - Ela teve um súbito lampejo, e a fúria veio tão depressa que mal conseguiu enxergar através dela. De um salto, ela se colocou na frente do computador, pedindo acesso. Isso o aborreceu, o suficiente para transparecer em sua voz.


- Se eu tivesse vindo xeretar seus arquivos, não teria ficado por aqui esperando pela sua volta.


- Uma ova que não teria. Esse tipo de arrogância tem a sua cara.- Mas seus arquivos de segurança estavam intactos. Ela não tinha certeza se ficou aliviada ou desapontada. Até ver o pequeno pacote ao lado do monitor.


- O que é isto aqui?


- Não faço idéia. - Ele soprou mais uma nuvem de fumaça. - Estava no chão, do lado de dentro da sua porta. Eu o peguei.


 


Maite já sabia o que era. O tamanho, o formato, o peso. E sabia que se fosse assistir àquele disco presenciaria a morte de Lola Starr. Alguma coisa no jeito que os olhos dela mudaram o fez se levantar novamente, com a voz mais gentil.


- O que é isso, Maite?


- Assunto oficial. Desculpe-me.


Foi direto até o quarto, fechou e trancou a porta. Foi a vez de Alfonso franzir os olhos. Foi até a cozinha, localizou os copos e serviu um pouco do borgonha. Ela vivia de modo simples, reparou. Poucos objetos. Muito pouco ali falava do seu passado, ou da sua família. Nenhum souvenir. Teve a tentação de andar pelo quarto de Maite enquanto estava no apartamento, sozinho, para ver o que mais poderia descobrir a respeito dela, mas resistira à ideia. Não tanto por respeito à privacidade da dona do apartamento, mas sim pelo desafio que ela representava. Aquilo o provocava a tentar descobrir coisas a partir dela mesma, em vez de se informar através de seus objetos pessoais. Mesmo assim, achou tanto as cores simples quanto a falta de enfeites muito elucidativas. Ela não vivia ali, pelo que ele podia ver; simplesmente existia naquele local. Ela vivia, deduziu, no seu trabalho. Experimentou o vinho e o aprovou. Depois de apagar o cigarro, levou os dois cálices de volta para a sala de estar.


Decifrar o enigma de Maite Perroni prometia ser mais do que interessante. Quando ela voltou para a sala, quase vinte minutos depois, um garçom todo vestido de branco estava acabando de preparar os pratos em uma pequena mesa ao lado da janela. Por mais gloriosos que fossem os aromas, não conseguiram abrir o apetite de Maite. Sua cabeça estava latejando novamente, e ela esquecera de tomar um remédio para dor. Com um murmúrio, Alfonso dispensou o garçom. Não disse nada até que a porta de saída se fechasse e ele se visse a sós com Maite mais uma vez.


- Sinto muito.


- Pelo quê?


- Pelo que está afetando você. - Com exceção daquela explosão de fúria, ela estava pálida quando chegou no apartamento. Agora, porém, suas bochechas estavam completamente sem cor, e seus olhos muito sombrios. Quando ele foi em sua direção, ela simplesmente balançou a cabeça uma vez, com força.


- Vá embora, Alfonso.


- Ir embora é fácil. Muito fácil. - Deliberadamente, colocou os braços em volta dela, e a sentiu ficar rígida. - Dê um minuto a si mesma. - A voz dele era suave e convincente. - Será que importaria, realmente importaria a qualquer pessoa que não você mesma, se você tirasse apenas um minuto para deixar isso de lado?


 



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Autor(a): taynaraleal

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 16:36:32

    acabou? nao acredito:( essa foi uma as melhores historias eu ja li aqui nesse site. essa fanfic foi perfeita do inicio ao fim. amei ela e ja estou ansiosa para a sua proxima fanfic. vc é com certeza uma a melhores escritoras daqui e espero que continue escrevendo muitas historias.

  • maite_portilla Postado em 18/07/2017 - 02:31:26

    Que bom que voltou realmente. Estou amando, continua logo <3

  • maite_portilla Postado em 11/07/2017 - 16:48:20

    Opa, leitora nova aqui. Já li sua fanfic toda e pensei que tinha abandonado. Fico muito feliz que vc tenha voltado. Continua logo

    • taynaraleal Postado em 12/07/2017 - 17:11:25

      Que bom que gostou meu amor, seja bem vida, voltei para ficar agora

  • suenosurreal Postado em 27/03/2016 - 11:55:53

    Mew quero esse Alfonso pra vida, gente que homem! Maite para de graça e se assumem logo, são tão lindos juntos *-* continuaaaaa

  • mylene_herroni Postado em 17/01/2016 - 02:29:34

    continuaaa. adoro essa fic

  • mylene_herroni Postado em 05/12/2015 - 23:48:21

    Continuaaaaaaa! Eu também acredito no Poncho, Mai &#9825;

  • mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:10:55

    Aiii eu sinceramente espero que não seja o Poncho. Continuaaaaaa.

  • Postado em 26/11/2015 - 13:37:47

    O Alfonso tem que estar na estação espacial! Pmldds ele não pode ser o assassino (na vdd pode, tudo é possível) ISSO TEM QUE SER UMA ARMAÇÃO, POSTA MAAAAAIS

  • Fabi Sales Postado em 24/11/2015 - 21:58:00

    POSTA MAAAAIS, MULHER! ATÉ EU TÔ CURIOSA PRA SABER O QUE ACONTECEU E TÔ DOIDA PRA VER MOMENTOS HERRONI, POSTAAAAAAA <33

  • Fabi Sales Postado em 18/11/2015 - 17:46:04

    POSTA MAIS, POR FAVOR! <33


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