Fanfics Brasil - Capítulo 26 Nudez Mortal FINALIZADA

Fanfic: Nudez Mortal FINALIZADA | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 26

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- Sentem-se - rugiu DeBlass, e cruzou suas mãos com nós dos dedos grossos sobre a mesa. - Minhas informações mais recentes são de que vocês não estão mais próximos de encontrar o monstro que assassinou minha neta do que estavam há uma semana. - Suas sobrancelhas pareceram cobrir os olhos. - Para mim, isso é algo difícil de compreender, considerando os recursos do Departamento de Polícia de Nova York.


- Senador... - Maite se forçou a manter em mente as resumidas instruções do Comandante Whitney: ser respeitosa, usar de tato, e não lhe contar nada que ele já não soubesse. - Estamos usando todos estes recursos para investigar e recolher provas. Embora o departamento ainda não esteja, neste instante, em condições de efetuar uma prisão, todos os esforços possíveis estão sendo feitos para trazer o assassino de sua neta diante da Justiça. O caso dela é nossa prioridade mais importante, e o senhor tem a minha palavra de que vai continuar a ser, até que o caso possa ser encerrado de modo satisfatório.


 


O senador ouviu o pequeno discurso, aparentemente, com todo o interesse. Então se inclinou, dizendo:


 


- Estou no ramo de enrolar as pessoas há duas vezes mais anos do que você tem de idade, tenente. Assim, não me venha com seu número de sapateado ensaiado. Vocês não descobriram nada.


 


Dane-se o tato, Maite decidiu, na mesma hora.


- O que nós temos, Senador DeBlass, é uma investigação complicada e delicada. Complicada devido à natureza do crime; delicada devido à árvore genealógica da vítima. Na opinião do meu comandante, eu sou a melhor escolha para conduzir as investigações. O senhor está no seu direito de discordar. No entanto, me arrancar do trabalho para vir até aqui defendê-lo é uma perda de tempo. No caso, do meu tempo. - Ela se levantou. - Não tenho nada de novo para lhe relatar.


 


Com a visão de si mesmo e de Maite na marca do pênalti, Feeney se levantou também com todo o respeito, dizendo:


- Tenho certeza de que o senhor compreende, senador, que a delicadeza de uma investigação dessa natureza muitas vezes implica um avanço lento. É difícil pedir para que seja objetivo, já que estamos falando da sua neta, mas tanto a Tenente Perroni quanto eu não temos outra escolha, a não ser a de sermos objetivos.


Com um gesto de impaciência, DeBlass balançou a mão, convidando-os a sentarem-se novamente.


- Obviamente as minhas emoções estão envolvidas, aqui. Sharon era uma porção importante da minha vida. Apesar do que ela se tornou, e por mais que eu tenha ficado desapontado com suas escolhas, ela era sangue do meu sangue. - Sugou o ar com força e expirou lentamente. - Não posso me contentar com pedaços, fragmentos de informações.


- Mas não há mais nada de novo que possamos dizer ao senhor - repetiu Maite.


- Vocês podem me contar a respeito da prostituta que foi assassinada há duas noites. - Seus olhos voaram na direção de Rockman.


- Lola Starr - ele informou.


- Imagino que as suas fontes de informação sobre Lola Starr sejam tão completas quanto as nossas. - Maite preferiu falar olhando diretamente para Rockman. - Sim, nós acreditamos que existe uma conexão entre os dois assassinatos.


- Minha neta pode ter sido desencaminhada - interrompeu DeBlass -, mas não mantinha laços sociais com gente como Lola Starr.


Ora, então as prostitutas também tinham o seu sistema de classes, pensou Maite, com olhar cansado. Que novidade!


- Ainda não determinamos se elas se conheciam. Mas há poucas dúvidas de que ambas conheceram o mesmo homem. E que este homem as matou. Cada um dos dois assassinatos seguiu um padrão específico. Usaremos esse padrão para encontrar o assassino. Antes, esperamos, que ele volte a matar.


- Vocês acreditam que ele o fará. - afirmou Rockman.


- Estou certa que sim.


- A arma do segundo crime - quis saber DeBlass - era do mesmo tipo?


- É parte do padrão - contou Maite. Não queria revelar mais do que isso. - Existem básicas e inegáveis similaridades entre os dois homicídios. Não há dúvida de que o mesmo homem é o responsável. - Mais calma, Maite tornou a se levantar. - Senador, eu jamais conheci a sua neta, não tinha nenhum laço pessoal com ela, mas me sinto pessoalmente ofendida por um assassinato. Vou atrás dele até pegá-lo. É tudo o que posso lhe dizer.


- Muito bem, tenente. - Ele a estudou por um momento e viu mais do que esperava ver. - Obrigado por ter vindo.


Liberados, Maite caminhou com Feeney até a porta. Pelo espelho ela viu DeBlass fazer um sinal para Rockman, e viu quando o auxiliar concordou. Ela esperou até se ver fora do prédio antes de falar.


- O filho da mãe vai nos seguir.


- Hein?


- O cão de guarda de DeBlass. Vai virar nossa sombra.


- Mas, para quê?


- Para ver o que a gente faz, aonde a gente vai. Por que você manda seguir alguém? Vamos despistá-lo no caminho - disse a Feeney, enquanto acenava para um táxi. - Fique de olho para ver se ele vai seguir você até Nova York.


- Seguir a mim? E para onde é que você vai?


- Vou seguir o meu faro.


Não foi uma manobra das mais difíceis. A ala leste do terminal de embarque da National Transport estava sempre tumultuada. Ficava ainda pior na hora do rush, quando todos os passageiros que se dirigiam para o norte ficavam esmagados uns contra os outros andando pela linha de segurança e seguiam, como em rebanho, conduzidos por vozes computadorizadas. Tanto o transporte público quanto as aeronaves e veículos terra-ar pertencentes a particulares iam formar um grande engarrafamento. Maite simplesmente se perdeu na multidão, ficou espremida em um terminal de transferência que ia para a ala sul, e pegou uma linha do metro que ia para a Virgínia. Após se acomodar no vagão, ignorando a massa que saía às quatro horas e seguia para casa, no paraíso dos bairros elegantes, pegou o diretório de bolso.


Pediu o endereço de Elizabeth Barrister, e depois instruções de como chegar lá. Até agora seu nariz tinha funcionado. Estava na linha certa do metro, e teria que fazer apenas uma baldeação em Richmond. Se continuasse com sorte, talvez conseguisse encerrar a pequena viagem e estar de volta ao seu apartamento antes do jantar. Com o queixo apoiado no punho, brincava com os controles da tela do vídeo. Normalmente teria passado direto pelas manchetes, algo que costumava fazer, mas, quando um rosto muito familiar apareceu na tela, parou para olhar. Alfonso, pensou ela, estreitando os olhos. Esse cara realmente vive surgindo.


Com os lábios apertados, ligou o áudio e colocou o fone de ouvido. ”... e neste projeto internacional e multibilionário, as Indústrias Alfonso, Tokayamo e Europa vão juntar as mãos”, anunciava o locutor. ”Levou mais de três anos, mas parece que o tão esperado e discutido Olympus Resort vai finalmente começar a ser construído.” Olympus Resort. Eve ficou pensando naquilo, pesquisando em seus arquivos mentais.


Uma espécie de paraíso de férias para os muito ricos e poderosos, lembrou. Uma estação espacial construída e voltada totalmente para o prazer e entretenimento. Torceu o nariz. Não era a cara dele enterrar tanto tempo e dinheiro em ostentações? Se não perdesse a sua última camisa de seda feita sob medida naquilo, provavelmente ia fazer outra fortuna. ”Alfonso, uma pergunta, por favor”, pedia uma repórter. Maite observou Alfonso fazer uma pausa durante a descida de um comprido lance de escadas e levantar apenas uma sobrancelha, exatamente do jeito que ela se lembrava que ele fazia, diante da interrupção da repórter. ”Poderia dizer-nos, senhor, por que gastou tanto tempo, esforço e uma considerável quantidade de seu próprio capital neste projeto, que muitos acham que jamais vai decolar?” ”Mas decolar é exatamente o que ele vai fazer, de certa forma”, replicou Alfonso. ”Quanto ao porquê, o Olympus Resort vai ser um refugio dedicado ao prazer. Não consigo encontrar nada que valha mais a pena do que isso para investir o meu tempo, esforço e capital.”


 


Você não conseguiria encontrar mesmo, Maite decidiu, e olhou para cima bem a tempo de perceber que estava quase perdendo sua parada. Saiu correndo na direção da porta do vagão, xingou o computador que a repreendeu por ter corrido, e fez a mudança de trem para Fort Royal. Quando chegou novamente à superfície, nevava. Flocos suaves e vacilantes pousavam em seus cabelos e ombros. Os pedestres pisavam com força, remexendo toda a neve que já se acumulava nas calçadas, mas quando ela conseguiu um táxi e lhe informou o destino, achou o redemoinho de neve mais pitoresco. Ainda havia paisagens rurais para se apreciar, se a pessoa tivesse muito dinheiro e prestígio. Elizabeth Barrister e Richard DeBlass possuíam ambos, e sua casa era uma imponente residência de dois andares revestida com tijolos rosados, postada no alto de uma elevação e rodeada de árvores. A neve estava pura e intocada sobre o extenso gramado cercado, pelo que pareceu a Maite serem cerejeiras com galhos nus guarnecidos por uma pesada camada branca.


O portão de segurança era uma sinfonia artística de ferro encaracolado. Por mais decorativo e leve que parecesse, Maite tinha certeza de que era seguro como um cofre. Inclinando-se para fora da janela do táxi, Maite exibiu o distintivo para o scanner.


- Tenente Perroni. Departamento de Polícia do Estado de Nova York.


- A senhorita não está registrada na lista de pessoas que estão sendo aguardadas, Tenente Perroni.


- Sou a policial encarregada do caso DeBlass, e preciso fazer algumas perguntas à Senhora Barrister ou ao Senhor Richard DeBlass.


Houve uma pausa, durante a qual Maite começou a tremer de frio.


 



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Autor(a): taynaraleal

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- Por favor, salte do veículo, Tenente Perroni, e aproxime-se do scanner para uma identificação mais apurada. - Lugar difícil de entrar - o motorista do táxi resmungou, mas Maite simplesmente encolheu os ombros e obedeceu. - Identificação confirmada. Por favor, libere seu transporte, Tenente Perroni. A senhorita será r ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 16:36:32

    acabou? nao acredito:( essa foi uma as melhores historias eu ja li aqui nesse site. essa fanfic foi perfeita do inicio ao fim. amei ela e ja estou ansiosa para a sua proxima fanfic. vc é com certeza uma a melhores escritoras daqui e espero que continue escrevendo muitas historias.

  • maite_portilla Postado em 18/07/2017 - 02:31:26

    Que bom que voltou realmente. Estou amando, continua logo <3

  • maite_portilla Postado em 11/07/2017 - 16:48:20

    Opa, leitora nova aqui. Já li sua fanfic toda e pensei que tinha abandonado. Fico muito feliz que vc tenha voltado. Continua logo

    • taynaraleal Postado em 12/07/2017 - 17:11:25

      Que bom que gostou meu amor, seja bem vida, voltei para ficar agora

  • suenosurreal Postado em 27/03/2016 - 11:55:53

    Mew quero esse Alfonso pra vida, gente que homem! Maite para de graça e se assumem logo, são tão lindos juntos *-* continuaaaaa

  • mylene_herroni Postado em 17/01/2016 - 02:29:34

    continuaaa. adoro essa fic

  • mylene_herroni Postado em 05/12/2015 - 23:48:21

    Continuaaaaaaa! Eu também acredito no Poncho, Mai &#9825;

  • mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:10:55

    Aiii eu sinceramente espero que não seja o Poncho. Continuaaaaaa.

  • Postado em 26/11/2015 - 13:37:47

    O Alfonso tem que estar na estação espacial! Pmldds ele não pode ser o assassino (na vdd pode, tudo é possível) ISSO TEM QUE SER UMA ARMAÇÃO, POSTA MAAAAAIS

  • Fabi Sales Postado em 24/11/2015 - 21:58:00

    POSTA MAAAAIS, MULHER! ATÉ EU TÔ CURIOSA PRA SABER O QUE ACONTECEU E TÔ DOIDA PRA VER MOMENTOS HERRONI, POSTAAAAAAA <33

  • Fabi Sales Postado em 18/11/2015 - 17:46:04

    POSTA MAIS, POR FAVOR! <33


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