Fanfics Brasil - Capítulo 40 Nudez Mortal FINALIZADA

Fanfic: Nudez Mortal FINALIZADA | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 40

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A multidão da tarde no clube estava entediada demais para algo além de simplesmente curtir seus drinques. Maite conseguiu uma mesa de canto, pediu uma Pepsi Classic e uma macarronada com molho vegetariano. Nadine se sentou em frente a ela. Escolheu o especial de frango acompanhado de batatas fritas sem óleo.


Uma indicação, Maite pensou com tristeza, da imensa diferença de salário entre uma policial e uma repórter.


- O que você conseguiu? - quis saber Maite.


- Uma imagem vale mais do que centenas de milhares de palavras. - Nadine tirou um computador de mão de dentro da bolsa. Uma bolsa vermelha, de couro, Maite notou com inveja. Ela tinha uma fraqueza por couro e cores vivas, fraqueza que raramente tinha condições de satisfazer. Nadine colocou o disco e entregou o pequeno computador para Maite. Não adiantava muito soltar palavrões, decidiu Maite enquanto Via seus próprios relatórios desfilando pela tela. Pensativa, deixou o disco rodando até chegar aos dados confidenciais de Código Cinco, Os relatórios médicos oficiais, as descobertas do Instituto Médico Legal. Parou quando os vídeos começaram a aparecer. Não havia necessidade de ela olhar mortes enquanto comia. - Está tudo aí, certinho? - perguntou Nadine, quando Maite devolveu o computador.


- Está.


- Então, o cara é alguém que é ligado em armas antigas, especialista em sistemas de segurança e usa os serviços de prostitutas.


- As provas apontam para esse perfil.


- E até que ponto você já conseguiu diminuir a lista de suspeitos?


- Obviamente, não consegui muito. Nadine esperou enquanto seu prato era servido, antes de falar.


- Deve estar havendo um bocado de pressão política em cima de você, por parte do Senador DeBlass.


- Não faço esse jogo político.


- O seu chefe faz. - Nadine deu uma garfada no frango. Maite deu um sorriso forçado ao ver a repórter franzir os olhos. - Meu Deus, isso é terrível. - Filosoficamente, começou a comer as batatas fritas.


- Não é segredo para ninguém que o Senador DeBlass é o principal nome para a indicação do Partido Conservador, neste verão. Nem que o idiota do Simpson está sonhando em ser governador. Pelo que eu vi no show de ainda há pouco, parece que eles estão querendo abafar tudo. - Até agora, oficialmente, não há nenhuma ligação entre os dois casos. Mas eu estava sendo sincera quando falei em igualdade, Nadine. Não me importa quem é o vovô de Sharon DeBlass. Vou descobrir quem a matou.


- E quando descobrir, ele vai ser acusado dos dois assassinatos, ou só da morte de Lola Starr?


 


- Isso vai depender do promotor. Pessoalmente, eu não ligo a mínima, desde que o veja executado.


- É esta a diferença entre nós duas, Perroni. - Nadine balançou uma batata frita com o garfo e acabou colocando-a na boca. Eu quero tudo. Quando você o agarrar e eu soltar toda a história, o promotor não vai ter escolha. Os estilhaços vão deixar DeBlass ocupado durante meses.


- Agora, quem é que está fazendo jogo político?


- Ei, eu só faço a reportagem, não planejo a história. - Nadine levantou os ombros. - E esta aqui tem de tudo: sexo, violência e dinheiro. Ainda por cima, ter um nome como o de Alfonso envolvido vai levantar o ibope até as nuvens. Muito lentamente, Maite engoliu o macarrão e disse:


- Não há provas ligando Alfonso aos crimes.


- Ele conhecia Sharon DeBlass, é amigo da família. Puxa, ele é o dono do prédio em que ela foi morta. Tem uma das maiores coleções de armas do mundo, e dizem que tem ótima pontaria.


- Só que não conseguimos rastrear nenhuma das armas dos crimes até ele. E ele não tinha ligação com Lola Starr.


- Pode ser que não; mas, mesmo como personagem secundário, Alfonso é sempre manchete. E também não é segredo de estado que ele e o senador andaram se desentendendo no passado. O cara tem gelo nas veias - acrescentou, encolhendo os ombros.- Não acho que fosse ter algum problema em se ligar a dois assassinatos a sangue-frio. No entanto... - Ela fez uma pausa para levantar o seu drinque. - Ele também é fanático por manter a sua privacidade. É difícil imaginá-lo como alguém que ia sair se exibindo, enviando discos com as imagens dos assassinatos para uma repórter. Quando alguém faz isso, quer publicidade, mas também precisa muito escapar impune.


- Teoria interessante. - Maite já aguentara demais. Uma dor de cabeça estava começando a se insinuar por trás dos olhos, e aquele macarrão não ia cair bem. Levantou-se e se inclinou sobre a mesa até chegar bem perto da repórter. - Vou lhe dar outra teoria, formulada por uma policial. Quer saber quem é a sua fonte, Nadine?


- Claro que quero! - Seus olhos brilharam.


- Sua fonte é o assassino. - Maite fez uma pausa, para observar a luz se apagar nos olhos de Nadine. - Se eu fosse você, ia começar a tomar muito cuidado, amiga. Maite saiu a passos largos. Foi direto para os fundos do palco. Tinha esperança de que Anahi estivesse no cubículo estreito que servia de camarim. Naquele momento, precisava de um rosto familiar. Maite a encontrou enrolada em um cobertor e espirrando em um lenço de papel esfarrapado.


- Peguei uma droga de um resfriado. - Anahi olhou com os olhos vidrados e inchados, e assoou o nariz como se fosse uma corneta. - Devo ser maluca, sem usar nada no corpo, a não ser a porcaria de uma tinta, por mais de doze horas, no meio deste inverno horroroso. Cautelosa, Maite manteve distância.


- Está tomando alguma coisa?


- Estou tomando tudo. - Ela apontou para a mesa, cheia de remédios que dispensavam receita e alguns cosméticos, para disfarçar o rosto vermelho. - Isso é uma tremenda conspiração da indústria farmacêutica, Maite. Conseguimos acabar com praticamente todas as doenças conhecidas, pragas e infecções. Bem, é claro que de vez em quando aparece alguma nova, para dar aos pesquisadores algo para fazer. Mas nenhum desses médicos com olhar brilhante e nenhum desses computadores especializados em diagnósticos conseguem descobrir como curar a porra do resfriado. E você sabe por quê? Maite não conseguiu prender o riso. Esperou até que Anahi acabasse com outra rodada de espirros.


- Por quê?


- Porque a indústria farmacêutica precisa vender remédios. Sabe quanto é que custa um simples envelope de comprimidos contra sinusite? É mais caro do que as injeções anticâncer. Juro.


- Vá ao médico e pegue uma receita para diminuir os sintomas.


- Já fiz isso, também. A droga do remédio só funciona por oito horas, e eu tenho que me apresentar hoje à noite. Vou ter que esperar até as sete horas para poder tomar.


- Devia estar em casa, na cama.


- Estão dedetizando o prédio. Um engraçadinho falou que viu uma barata. - Ela espirrou de novo, olhando em seguida para Maite com olhos pequenos de coruja, atrás de cílios sem rímel. - E você, o que está fazendo aqui?


- Tinha alguns assuntos para resolver. Olhe, veja se descansa. Nós nos vemos mais tarde.


- Não, fique um pouquinho. Estou chateada. - Pegou a garrafa de um líquido rosa de aspecto nojento e bebeu um pouco daquilo pelo gargalo. - Ei, que blusa legal. Ganhou algum bônus, ou algo assim?


- Algo assim.


- Venha, sente-se aqui. Eu ia ligar para você, mas estava muito ocupada detonando os pulmões. Era o Alfonso aquele cara que veio em nosso refinado estabelecimento na noite passada, não era?


- É, aquele era o Alfonso.


- Quase desmaiei quando ele se sentou junto de você à mesa. Qual é o lance? Você o está ajudando com alguma coisa relacionada com segurança ou algo assim?


- Dormi com ele. - Maite deixou escapar, e Anahi respondeu a isso com um engasgo incontrolável na garganta.


- Você... Alfonso. - Com os olhos cheios d’água, pegou mais lenços de papel. - Meu Deus, Maite. Minha Nossa, você nunca dorme com ninguém. E agora está me dizendo que dormiu com Alfonso?


- Essa informação não é muito exata. Nós não dormimos.


- Não dormiram. - Anahi soltou um gemido. - Por quanto tempo?


- Sei lá. - Maite levantou o ombro. - Passei a noite lá. Oito, nove horas, eu acho.


- Horas. - Anahi estremeceu ligeiramente. - E você agüentou firme.


- Agüentei.


- Ele é bom? Pergunta idiota - completou, depressa. - Se não fosse, você não teria ficado a noite toda. Puxa, Maite, que bicho pegou você? Além daquele bicho incrivelmente energético dele?


- Não sei. Foi burrice. - Ela passou a mão pelos cabelos. Nunca tinha sido desse jeito comigo, antes. Não pensei que isso pudesse... que eu pudesse. Nunca tinha sido importante, e então de repente... merda.


- Meu amor. - Anahi puxou a mão de dentro do cobertor e agarrou os dedos tensos de Anahi. - Você tem bloqueado suas necessidades normais a vida inteira por causa de coisas que mal lembra. Alguém acabou de encontrar um jeito de penetrar nessa barreira. Você devia estar feliz.


- Mas isso o coloca na cadeira do piloto, não é?


- Ah, isso é besteira - interrompeu Anahi antes que Maite pudesse continuar. - Sexo não tem que ser uma corrida de poder. E com certeza também não precisa ser um castigo. É para ser divertido. E de vez em quando, se você tiver sorte, acaba se tornando algo especial.


- Talvez. - Maite fechou os olhos. - Ah, Deus. Anahi, coloquei minha carreira na marca do pênalti.


 



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Autor(a): taynaraleal

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- De que você está falando? - Alfonso está envolvido em um caso que estou investigando. - Ai!... que merda! - Teve que interromper a conversa de novo para assoar o nariz. - Você não vai ter que prendê-lo por alguma coisa, vai? - Não. - Depois, repetiu, com mais ênfase. - Não! Mas, se eu não acertar as coisa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 16:36:32

    acabou? nao acredito:( essa foi uma as melhores historias eu ja li aqui nesse site. essa fanfic foi perfeita do inicio ao fim. amei ela e ja estou ansiosa para a sua proxima fanfic. vc é com certeza uma a melhores escritoras daqui e espero que continue escrevendo muitas historias.

  • maite_portilla Postado em 18/07/2017 - 02:31:26

    Que bom que voltou realmente. Estou amando, continua logo <3

  • maite_portilla Postado em 11/07/2017 - 16:48:20

    Opa, leitora nova aqui. Já li sua fanfic toda e pensei que tinha abandonado. Fico muito feliz que vc tenha voltado. Continua logo

    • taynaraleal Postado em 12/07/2017 - 17:11:25

      Que bom que gostou meu amor, seja bem vida, voltei para ficar agora

  • suenosurreal Postado em 27/03/2016 - 11:55:53

    Mew quero esse Alfonso pra vida, gente que homem! Maite para de graça e se assumem logo, são tão lindos juntos *-* continuaaaaa

  • mylene_herroni Postado em 17/01/2016 - 02:29:34

    continuaaa. adoro essa fic

  • mylene_herroni Postado em 05/12/2015 - 23:48:21

    Continuaaaaaaa! Eu também acredito no Poncho, Mai &#9825;

  • mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:10:55

    Aiii eu sinceramente espero que não seja o Poncho. Continuaaaaaa.

  • Postado em 26/11/2015 - 13:37:47

    O Alfonso tem que estar na estação espacial! Pmldds ele não pode ser o assassino (na vdd pode, tudo é possível) ISSO TEM QUE SER UMA ARMAÇÃO, POSTA MAAAAAIS

  • Fabi Sales Postado em 24/11/2015 - 21:58:00

    POSTA MAAAAIS, MULHER! ATÉ EU TÔ CURIOSA PRA SABER O QUE ACONTECEU E TÔ DOIDA PRA VER MOMENTOS HERRONI, POSTAAAAAAA <33

  • Fabi Sales Postado em 18/11/2015 - 17:46:04

    POSTA MAIS, POR FAVOR! <33


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