Fanfics Brasil - Capítulo 45 Nudez Mortal FINALIZADA

Fanfic: Nudez Mortal FINALIZADA | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 45

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- Quem tem acesso à sua coleção?


- Eu. Apenas eu.


- Seus empregados?


- Não. Como deve lembrar, os estojos onde elas ficam expostas são trancados. Apenas eu possuo a senha para abri-los.


- Senhas podem ser descobertas.


- Pouco provável, mas possível - concordou ele. - Entretanto, a não ser que a palma de minha mão seja utilizada para entrada, qualquer estojo aberto por qualquer outro meio faz soar um alarme. Droga, me dê uma abertura. Será que ele não conseguia ver que ela estava do lado dele, tentando salvá-lo?


- Alarmes podem ser desativados - insistiu ela.


- É verdade. Só que, se qualquer estojo for aberto sem a minha autorização, todas as entradas da sala se fecham e se trancam automaticamente. Não há como sair, e a segurança é notificada de imediato. Posso lhe assegurar, tenente, que é bem seguro e à prova de riscos. Costumo proteger o que me pertence. Ela olhou quando Feeney entrou, fazendo um sinal com a cabeÇa. Maite se


levantou.


- Com licença. Quando as portas se fecharam atrás deles, Feeney colocou as mãos nos bolsos.


- Você acertou em cheio, Perroni. Lance eletrônico, transação em dinheiro, mercadoria enviada para uma estação pública de retirada eletrônica automática. O figurão da Sothebys confirma que este é um procedimento incomum para Alfonso. Ele sempre participa em pessoa, ou por tele-link direto. Nunca usou esse tipo de transação antes, em mais de quinze anos em que trabalha com eles.


- Isso confirma o que Alfonso acabou de declarar. - Ela se permitiu expirar de satisfação. - O que mais?


- Fiz uma pesquisa no registro da arma. A Ruger só apareceu nos arquivos sob o nome de Alfonso há uma semana. Não há como segurá-lo diante disso. O comandante mandou que nós o liberássemos.


- Obrigada, Feeney. - Ela não podia se permitir o sentimento de alívio, pelo menos por enquanto, e simplesmente concordou. Entrando novamente na sala, afirmou: - Você está liberado.


- Simples assim? - Ele levantou-se quando ela já estava voltando para a porta aberta.


- Não temos motivos, neste momento, para detê-lo aqui, nem lhe causarmos nenhum outro inconveniente.


- Inconveniente? - Foi até perto dela, e a porta se fechou depois que ele saiu. - É assim que você chama isso? Um inconveniente? Ele tinha, Maite disse a si mesma, todo o direito de estar com raiva, de estar sentindo aquele amargor. Ela, por sua vez, estava sendo obrigada a fazer o trabalho dela.


- Três mulheres estão mortas. Todas as possibilidades têm de ser exploradas.


- E eu sou apenas uma das suas possibilidades? - Ele esticou o braço. A súbita violência do movimento de suas mãos segurando-a pela blusa a deixou surpresa. - Afinal de contas, é só isso que existe entre nós?


- Sou uma policial. Não posso deixar passar nada, nem supor coisa alguma.


- Não pode confiar - ele interrompeu. - Em nada nem em ninguém. Se as coisas tivessem se inclinado para o outro lado só um pouquinho, você teria me prendido? Teria me colocado atrás das grades, Maite?


- Chega pra lá! - Com os olhos em fogo, Feeney surgiu no corredor. - Largue-a, agora!


- Deixe-nos sozinhos, Feeney.


- De jeito nenhum. - Ignorando Maite, ele empurrou Alfonso. - Não venha para cima dela, não, seu figurão. Ela quase se ferrou por sua causa. E, do jeito que as coisas ficaram, podia ter até mesmo perdido o emprego. O Secretário Simpson já a estava preparando para oferecer como cordeiro de sacrifício, por ter sido burra o bastante para dormir com você.


- Cale a boca, Feeney.


- Ora, que droga, Perroni!


- Mandei calar a boca. - Mais calma, e se sentindo longe de Alfonso, ela olhou para ele. - O Departamento agradece muito pela sua cooperação - disse a Alfonso e, arrancando a sua mão que ainda agarrava sua blusa, virou-se e foi embora.


- Que diabo você está dizendo com isso, Feeney? - quis saber Alfonso


. - Olhe, eu tenho mais o que fazer do que perder meu tempo com você. - Feeney simplesmente bufou. Alfonso o atirou de encontro a uma parede.


- Sinta-se à vontade para me fichar por atacar um policial, Feeney, mas me conte o que quis dizer a respeito de Simpson.


- Quer mesmo saber, figurão? - Feeney olhou em volta, à procura de um local onde houvesse uma relativa privacidade, e então apontou com a cabeça para a porta do banheiro dos homens. - Venha até a minha sala e eu lhe conto.


Maite ficou com o gato como companhia. Lamentava o fato de ter que devolver o felino gordo e inútil para a família de Georgie. Já teria feito isso, mas encontrou conforto e companheirismo até mesmo naquela patética bola de pêlos. Apesar de tudo, ficou irritada pelo som do interfone. Companhia humana não era bem-vinda. Particularmente, como ela verificou pela tela do aparelho, Alfonso. Estava sensível demais e bancou a covarde. Deixando o interfone tocar, sem atender, voltou para o sofá e se enroscou ali com o gato. Se tivesse um cobertor à mão, teria se enfiado debaixo dele, com a cabeça e tudo. O som de sua fechadura se abrindo momentos depois a fez pular do sofá.


- Seu filho da mãe - disse ela, ao ver Alfonso entrar. - Você ultrapassa limites demais.


- Por que você não me contou? - Ele simplesmente enfiou a sua chave mestra de volta no bolso.


- Não quero ver você. - Ela se odiou ao sentir que a voz mostrava mais desespero do que raiva. - Veja se você se manca e vai embora.


- Não gosto de ser usado para magoar você.


- Você já faz isso muito bem sem precisar de ajuda.


- E você espera que eu não tenha reação alguma quando você me acusa de assassinato? Quando acredita nisso?


- Eu jamais acreditei. - A voz saiu entre os dentes, quase um sibilo passional de raiva. - Nunca acreditei nisso - ela repetiu. Só que coloquei os sentimentos pessoais de lado e fiz o meu trabalho. Agora, caia fora.


E foi andando em direção à porta. Quando ele a agarrou, ela jogou o braço para trás e o atingiu, de modo rápido e brusco. Ele nem sequer tentou se desviar do golpe. Calmamente limpou o sangue que escorria da boca com as costas da mão enquanto ela permanecia em pé, rígida, com a respiração rápida e audível.


- Vá em frente - convidou ele. - Dê outro golpe. Não precisa se preocupar. Eu não bato em mulheres, e nem as mato.


- Deixe-me sozinha. - Ela se virou e agarrou o encosto do sofá onde o gato ainda estava deitado, observando-o com frieza. As emoções estavam transbordando, e parecia que seu peito ia explodir. - Você não vai me fazer sentir culpada por algo que eu tinha obrigação profissional de fazer.


- Você me partiu em dois, Maite. - Aquilo o enfureceu novamente, admitir isso, saber que ela podia devastá-lo com tanta facilidade. - Você não poderia ter me dito que acreditava em mim?


- Não. - Ela apertou os olhos com força. - Meu Deus, será que você não percebe que poderia ter sido pior se eu tivesse feito isso? Se Whitney não conseguisse acreditar que eu seria objetiva, se Simpson tivesse a mais leve desconfiança de que eu ia demonstrar algum grau de tratamento preferencial, teria sido muito pior. Eu poderia não ter providenciado o perfil psicológico tão depressa. Poderia não ter colocado Feeney em prioridade total no rastreamento da arma, a fim de eliminar a causa provável.


- Não tinha pensado nisso - disse ele, baixinho. - Não tinha pensado. - Quando colocou a mão sobre o ombro dela, Maite se desvencilhou, e se virou para ele com os olhos em fogo.


- Droga, eu disse a você para trazer um advogado. Avisei a você. Se Feeney não tivesse apertado os botões certos, eles poderiam ter segurado você lá. Só conseguiu escapar porque Feeney fez um bom trabalho, e porque o perfil psicológico não se encaixou.


Ele a tocou de novo, e ela deu um novo puxão com o braço.


- Achei que eu não precisava de um advogado. Tudo o que eu precisava era de você.


- Não importa. - Ela lutou para se controlar. -Já está feito. O fato de você ter um álibi indestrutível para a hora do crime e a prova de que a arma foi obviamente plantada tiram o foco de você. - Ela se sentia doente, insuportavelmente cansada. - Pode ser que isso não o livre completamente, mas os perfis traçados pela Doutora Mira valem ouro. Ninguém questiona seus diagnósticos. Ela já eliminou você, e isso pesa muito junto ao Departamento e à Promotoria.


- Eu não estava preocupado com o Departamento, ou com a Promotoria.


- Pois deveria


- Parece que eu lhe dei muito trabalho. Desculpe.


- Esqueça.


- Já vi olheiras demais debaixo dos seus olhos desde que a conheci. - Ele passou a ponta do polegar sobre eles. - Não gosto de me sentir responsável por essas que estou vendo agora.


- Sou responsável por mim mesma.


- E eu não tive nada a ver com você colocar o seu emprego em perigo?


Droga de Feeney, pensou ela, com ódio.


- Eu mesma tomo as minhas decisões. E pago pelas consequências.


Não desta vez, pensou ele. Não sozinha.


- Na noite depois daquela em que estivemos juntos - disse ele -, quando eu liguei para você, deu para perceber que estava preocupada, mas você afastou aquilo do rosto. Feeney me disse exatamente o porquê da sua preocupação naquela noite. Seu amigo zangado queria que eu sofresse por torná-la infeliz. Conseguiu.


- Feeney não tinha o direito de...


- Talvez não. E não precisaria ter feito isso se você tivesse confiado em mim. - Tomou os dois braços dela para parar os movimentos rápidos. - E não dê as costas para mim - ele avisou, com a voz baixa. - Você é boa em jogar as pessoas para fora da sua vida, Maite. Mas isso não vai funcionar comigo.


- E o que você esperava, que eu tivesse corrido para você chorando? ”Ai, Alfonso, você me seduziu, e agora eu estou em apuros. Socorro!” Ora, pare com isso, você não me seduziu. Fui para cama com você porque quis. Quis tanto que não pensei em ética. Agora veio a rebordosa, mas eu estou aguentando bem. Não preciso de ajuda.


- Não quer ajuda, isso com certeza.


- Não preciso de ajuda. - Ela não queria se humilhar brigando para escapar dele naquele momento, mas permaneceu passiva. - O comandante ficou satisfeito por você não estar envolvido com os assassinatos. Você está limpo, então o Departamento vai oficialmente registrar tudo como um erro de julgamento de minha parte, e eu também vou. Se estivesse errada a respeito de você, aí seria diferente.


- Se estivesse errada a respeito de mim, isso lhe teria custado o distintivo.


- Sim. Teria me custado o distintivo. Eu perderia tudo o que tenho. E teria merecido. Só que nada disso aconteceu, então acabou. Vamos em frente.


- E você acha realmente que eu vou simplesmente sair e ir embora? Isso a enfraqueceu, a cadência suave e gentil que surgiu em sua voz.


- Não posso me permitir ficar com você, Alfonso. Não posso me dar ao luxo de me envolver com alguém. Ele deu um passo à frente, colocou as mãos no encosto do sofá e a deixou presa entre os dois braços.


- Eu também não posso me dar ao luxo de ficar com você, mas isso não parece me importar.


- Olhe...


- Desculpe por ter magoado você - murmurou ele. - Sinto de verdade por não ter confiado em você, e sinto também por tê-la acusado de não confiar em mim.


- Eu não esperava que você achasse algo diferente disso, ou agisse de modo diferente. Aquilo o machucou mais do que o golpe no rosto.


- Não. Sinto muito por isso, também. Você arriscou muita coisa por mim. Por quê? Não havia respostas fáceis.


- Eu acreditei em você.


- Obrigado. - Ele beijou-lhe a sobrancelha.


- Foi um apelo ao meu senso de julgamento - começou ela, deixando escapar um suspiro trémulo quando ele tocou seu rosto com os lábios.


- Vou ficar com você esta noite. - Então beijou-lhe a têmpora. - Quero ter certeza de que você vai dormir bem.


- Sexo como sedativo? Ele franziu os olhos, mas esfregou os lábios suavemente sobre os dela.


- Se você quiser. - Levantou-a do chão, deixando-a envergonhada.


- Vamos ver se conseguimos encontrar a dose certa.



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Autor(a): taynaraleal

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 16:36:32

    acabou? nao acredito:( essa foi uma as melhores historias eu ja li aqui nesse site. essa fanfic foi perfeita do inicio ao fim. amei ela e ja estou ansiosa para a sua proxima fanfic. vc é com certeza uma a melhores escritoras daqui e espero que continue escrevendo muitas historias.

  • maite_portilla Postado em 18/07/2017 - 02:31:26

    Que bom que voltou realmente. Estou amando, continua logo <3

  • maite_portilla Postado em 11/07/2017 - 16:48:20

    Opa, leitora nova aqui. Já li sua fanfic toda e pensei que tinha abandonado. Fico muito feliz que vc tenha voltado. Continua logo

    • taynaraleal Postado em 12/07/2017 - 17:11:25

      Que bom que gostou meu amor, seja bem vida, voltei para ficar agora

  • suenosurreal Postado em 27/03/2016 - 11:55:53

    Mew quero esse Alfonso pra vida, gente que homem! Maite para de graça e se assumem logo, são tão lindos juntos *-* continuaaaaa

  • mylene_herroni Postado em 17/01/2016 - 02:29:34

    continuaaa. adoro essa fic

  • mylene_herroni Postado em 05/12/2015 - 23:48:21

    Continuaaaaaaa! Eu também acredito no Poncho, Mai &#9825;

  • mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:10:55

    Aiii eu sinceramente espero que não seja o Poncho. Continuaaaaaa.

  • Postado em 26/11/2015 - 13:37:47

    O Alfonso tem que estar na estação espacial! Pmldds ele não pode ser o assassino (na vdd pode, tudo é possível) ISSO TEM QUE SER UMA ARMAÇÃO, POSTA MAAAAAIS

  • Fabi Sales Postado em 24/11/2015 - 21:58:00

    POSTA MAAAAIS, MULHER! ATÉ EU TÔ CURIOSA PRA SABER O QUE ACONTECEU E TÔ DOIDA PRA VER MOMENTOS HERRONI, POSTAAAAAAA <33

  • Fabi Sales Postado em 18/11/2015 - 17:46:04

    POSTA MAIS, POR FAVOR! <33


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