Fanfics Brasil - Capítulo 8 Nudez Mortal FINALIZADA

Fanfic: Nudez Mortal FINALIZADA | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 8

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Depois que saiu porta afora tempestuosamente, Rockman usou seus olhos calmos


e solenes para montar justificativas.


 


- Vocês devem desculpar o senador. Ele está sobrecarregado com tudo isso. Por mais que houvesse alguns conflitos entre ele e a neta, ela era parte da família. Nada é mais importante para o senador que a família. A morte dela, esse tipo de violência e a morte sem sentido são coisas devastadoras para ele.


 


- Certo - murmurou Maite. - Reparei que ele parecia completamente arrasado.


 


Rockman sorriu. Conseguiu se mostrar divertido com a observação e pesaroso ao mesmo tempo.


 


- Homens orgulhosos, tenente, muitas vezes disfarçam sua dor profunda mostrando-se agressivos. Temos toda a confiança em suas habilidades e em sua tenacidade, tenente. Comandante - e fez um cumprimento com a cabeça -, estamos à espera dos dados esta tarde. Obrigado pelo seu tempo.


 


- Ele é escorregadio - murmurou Maite quando Rockman fechou a porta silenciosamente atrás dele. - O senhor não vai ceder, comandante.


 


- Vou lhes dar o que tiver que dar. - A voz dele era áspera e marcada com fúria suprimida. - Agora, vá me conseguir mais.


 


O trabalho da polícia era muitas vezes penoso. Depois de ficar durante cinco horas diante do monitor, enquanto pesquisava os nomes que estavam na agenda de Sharon, Maite estava se sentindo mais exausta do que se tivesse corrido uma maratona. Mesmo com o auxílio de Feeney, que pegou boa parte dos nomes para analisar com sua perícia e um equipamento de qualidade superior, havia ainda muitas pessoas para um grupo investigativo tão pequeno conseguir dar conta em pouco tempo. Sharon tinha sido uma garota muito popular. Pressentindo que uma certa dose de discernimento lhe seria mais vantajosa do que agressividade, Maite contactou os clientes pelo tele-link, se apresentou e explicou a situação.


 


Aqueles que se recusaram terminantemente à ideia de um interrogatório foram cordialmente convidados a comparecer até a Central de Polícia sob a acusação de obstrução da Justiça. Pelo meio da tarde, ela já falara pessoalmente com os primeiros doze clientes da lista, e fez um desvio para voltar ao Complexo Gorham. O vizinho de Sharon, o homem elegante no elevador, era Charles Monroe. Maite o encontrou em casa, e notou que ele estava recebendo uma cliente. Muito bonito, usando um robe preto de seda, e com um envolvente aroma de sexo, Charles sorriu sedutoramente.


 


- Sinto terrivelmente, tenente, mas a pessoa que estou atendendo estava marcada para as três horas, e ainda tem direito a quinze minutos.


 


- Eu aguardo. - Sem esperar pelo convite, Maite entrou. Ao contrário do apartamento de Sharon, aquele ali era discreto, com cadeiras estofadas em couro e tapetes espessos.


 


- Ahn... - Obviamente achando aquilo interessante, Charles olhou para trás, onde uma porta estava discretamente fechada, no final de um curto corredor. - A privacidade e o sigilo são vitais, como deve compreender, para a minha profissão. A pessoa que estou recebendo poderá se sentir perturbada, caso descubra que a polícia anda batendo na minha porta.


 


- Tudo bem. O senhor tem uma cozinha por aqui?


 


- Claro. - Ele deu um suspiro profundo. - Direto em frente, naquela porta. Sinta-se em casa. Não vou demorar.


 


- Leve o tempo que precisar. - Maite caminhou em direção à cozinha. Em contraste com a elaborada sala de estar, aquele era um ambiente espartano. Parecia que Charles gastava muito pouco tempo comendo em casa. Mesmo assim, tinha uma unidade de refrigeração imensa em vez de uma pequena frigo-unidade, e foi ali que ela encontrou o tesouro representado por uma Pepsi quase congelada. Satisfeita por ora, sentou-se para saborear a bebida enquanto Charles terminava o encontro das três horas. Pouco depois, ouviu o murmúrio de vozes, a voz de um homem, a voz de uma mulher, alguns risos. Logo a seguir, ele entrou na cozinha, com o mesmo sorriso fácil no rosto.


 


- Desculpe por fazê-la esperar.


 


- Tudo bem. O senhor está aguardando mais alguém?


 


- Não, pelo menos até à noite. - Pegou uma Pepsi para si mesmo, quebrou o lacre de refrigeração instantânea da lata e a serviu em um copo duplo. Em seguida, esmagou a lata da bebida, formando uma bola com ela, e a atirou dentro do aparelho de reciclagem. - Mais tarde tenho um jantar marcado, com ópera e um rendez-vous romântico.


 


- O senhor gosta disso? Ópera? - perguntou ela, enquanto ele abria um sorriso.


 


- Detesto. Dá para imaginar algo mais chato do que uma mulher gorda e peituda berrando em alemão por metade da noite?


 


- Não - disse Maite, analisando a pergunta.


 


- Mas aí é que está. Tem gosto para tudo. - Seu sorriso desapareceu quando ele se juntou a ela no pequeno nicho junto à janela da cozinha. - Ouvi sobre a morte de Sharon no noticiário da manhã. Desde aquele momento, estava esperando por alguém da polícia. É horrível. Não consigo acreditar que ela esteja morta.


 


- O senhor a conhecia bem?


 


- Somos vizinhos há mais de três anos, e ocasionalmente trabalhamos juntos. De vez em quando, um de nossos clientes pedia um trio, e nós dividíamos o negócio.


 


- E quando não se tratava de negócios, vocês dois continuavam dividindo?


 


- Ela era uma mulher linda, e me achava atraente. - Ele moveu os ombros cobertos de seda. Seus olhos se fixaram na janela com vidro fumê, observando um bonde elétrico para turistas que passava. - Se um de nós tinha vontade de fazer por prazer o que fazia por profissão, o outro geralmente atendia. - Sorriu novamente. - Isso era raro. É como trabalhar em uma loja de doces. Depois de um tempo, a gente perde a vontade de comer chocolate. Sharon era uma amiga, tenente. E eu gostava muito dela.


 


- Pode me dizer onde você estava na noite de sua morte, entre meia-noite e três da manhã? Suas sobrancelhas se levantaram. Se não lhe havia acabado de ocorrer que ele poderia ser considerado um suspeito, era um excelente ator. Também, pensou Maite, pessoas que trabalhavam naquele ramo eram obrigadas a ser bons atores.


 


- Estava com uma cliente, aqui. Ela passou a noite comigo.


 


- Isso é comum?


 


- Essa cliente prefere as coisas desse modo, tenente. Vou lhe informar o nome dela, se for absolutamente necessário, mas preferia não fazer isso. Pelo menos até que eu tivesse a chance de explicar as circunstâncias a ela.


 


- Trata-se de um assassinato, Senhor Monroe, portanto é, sim, necessário. A que horas o senhor trouxe a sua cliente para cá?


 


- Por volta de dez horas. Jantamos no Restaurante Miranda, o café aéreo que fica sobre a Sexta Avenida.


 


- Dez horas. - Maite concordou, e notou o exato momento em que ele se lembrou.


 


- Quanto à câmera do elevador... - seu sorriso era todo charme, mais uma vez. - É uma lei antiquada. Suponho que a senhorita poderia me enquadrar, mas acho que não valeria o tempo perdido.


 


- Qualquer ato sexual em uma área vigiada é uma contravenção, Senhor Monroe.


 


- Por favor, me chame de Charles.


 


- É uma falta pequena, Charles, mas eles poderiam suspender a sua licença por seis meses. Agora, me informe o nome da cliente, e vamos esclarecer tudo da forma mais discreta possível.


 


- A senhorita vai me fazer perder uma das minhas melhores clientes - disse ele, baixinho. - O nome dela é Darleen Howe. Vou lhe trazer o endereço. - Levantou-se para pegar a agenda eletrônica e deu a informação.


 


- Obrigada. Sharon conversava com você a respeito dos clientes dela?


 


- Nós éramos amigos - disse ele, com ar cansado. - Sim, nós falávamos a respeito dos clientes, embora isso não seja estritamente ético. Sharon tinha algumas histórias muito engraçadas. Eu faço um estilo mais convencional. Ela era... aberta ao que era diferente. Algumas vezes nós saíamos juntos para tomar um drinque, e ela falava. Sem citar nomes. Sempre se referia aos clientes usando termos específicos. O imperador, o fuinha, a leiteira, esse tipo de coisas.


 


- Havia alguém que ela tenha mencionado que a deixava preocupada, ou a fazia se sentir desconfortável? Alguém que poderia se tornar violento?


 


- Ela não se importava com violência, mas... não, ninguém a preocupava com relação a isso. Uma coisa que era bem típica de Sharon, tenente, é que ela sempre se sentia no controle da situação. Era assim que ela queria, segundo me disse uma vez, porque havia estado sob o controle de outra pessoa durante a maior parte de sua vida. Tinha um bocado de amarguras com relação à família. Certa vez ela me contou que jamais planejara transformar o sexo em uma carreira profissional. Só entrou no ramo para deixar a família louca. Então, depois que entrou no negócio, decidiu que gostava da coisa. Ele movimentou os ombros novamente, tomou um pouco do líquido que estava no copo e continuou: - Foi assim que ela continuou nessa vida, e matou dois coelhos com uma trepada. A frase é dela. - Charles levantou os olhos de novo.


 


- Parece que uma dessas trepadas a matou.


 


- Sim. - Maite se levantou e guardou o gravador. - Não faça viagens muito longas, Charles. Vou manter contato.


 


- É só isso?


 


- No momento, sim. Ele se levantou também e sorriu mais uma vez.


 


- A senhorita é uma pessoa muito fácil para se conversar; para uma mulher que é tira... Maite. - Como que para experimentá-la, passou a ponta de um dos dedos pelo braço dela. Ao ver que suas sobrancelhas se levantaram, fez o dedo circundar-lhe o maxilar. Está com pressa?


 



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Autor(a): taynaraleal

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- Por quê?   - Bem, é que eu tenho algumas horas livres, e você é muito atraente. Tem imensos olhos dourados - murmurou. - Essa covinha bem no meio do queixo. Por que nós dois não fazemos um intervalo em nosso expediente, por algum tempo?   Ela aguardou enquanto ele se aproximava e abaixava a cabeça em sua dire&cce ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 16:36:32

    acabou? nao acredito:( essa foi uma as melhores historias eu ja li aqui nesse site. essa fanfic foi perfeita do inicio ao fim. amei ela e ja estou ansiosa para a sua proxima fanfic. vc é com certeza uma a melhores escritoras daqui e espero que continue escrevendo muitas historias.

  • maite_portilla Postado em 18/07/2017 - 02:31:26

    Que bom que voltou realmente. Estou amando, continua logo <3

  • maite_portilla Postado em 11/07/2017 - 16:48:20

    Opa, leitora nova aqui. Já li sua fanfic toda e pensei que tinha abandonado. Fico muito feliz que vc tenha voltado. Continua logo

    • taynaraleal Postado em 12/07/2017 - 17:11:25

      Que bom que gostou meu amor, seja bem vida, voltei para ficar agora

  • suenosurreal Postado em 27/03/2016 - 11:55:53

    Mew quero esse Alfonso pra vida, gente que homem! Maite para de graça e se assumem logo, são tão lindos juntos *-* continuaaaaa

  • mylene_herroni Postado em 17/01/2016 - 02:29:34

    continuaaa. adoro essa fic

  • mylene_herroni Postado em 05/12/2015 - 23:48:21

    Continuaaaaaaa! Eu também acredito no Poncho, Mai &#9825;

  • mylene_herroni Postado em 28/11/2015 - 01:10:55

    Aiii eu sinceramente espero que não seja o Poncho. Continuaaaaaa.

  • Postado em 26/11/2015 - 13:37:47

    O Alfonso tem que estar na estação espacial! Pmldds ele não pode ser o assassino (na vdd pode, tudo é possível) ISSO TEM QUE SER UMA ARMAÇÃO, POSTA MAAAAAIS

  • Fabi Sales Postado em 24/11/2015 - 21:58:00

    POSTA MAAAAIS, MULHER! ATÉ EU TÔ CURIOSA PRA SABER O QUE ACONTECEU E TÔ DOIDA PRA VER MOMENTOS HERRONI, POSTAAAAAAA <33

  • Fabi Sales Postado em 18/11/2015 - 17:46:04

    POSTA MAIS, POR FAVOR! <33


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