Fanfic: História de um grande amor (aya)-Adaptada-Finalizada | Tema: Ponny
— Maite ficou alguns dias aqui.
— Que ótimo.
— Além disso, tive tempo para pensar.
— Entendo... — Poncho disse depois de um longo silêncio. Deixou o pacote de lado, levantou-se e foi até perto do castiçal onde cintilava a vela solitária. — Está muito escuro aqui. — Tomando uma vela, acendeu as outras.
— Eu adormeci ao entardecer.
Parecia haver um acordo tácito entre ambos para manter o ambiente civilizado e cordial, mas sempre evitando a realidade.
— É mesmo? Agora escurece cedo. Você devia estar muito cansada.
— É exaustivo carregar outra pessoa na barriga.
Poncho sorriu, finalmente.
— Não será por muito tempo.
—Não. E eu desejo que o último mês seja o mais prazeroso possível.
Aquelas palavras não eram inocentes.
— O que está pretendendo dizer? — indagou ele com seriedade.
Ela desejou estar em pé, com as mãos na cintura ou com os braços cruzados, qualquer coisa diferente da posição vulnerável em que se encontrava, deitada no sofá.
— Bem... não posso continuar a viver como antes.
— Achei que éramos felizes.
— Éramos... Eu era... Isto é, eu não era.
— Ou uma coisa, ou outra, querida.
— As duas. Será que não entende?
— Percebo que não.
— Não sei o que deseja que eu faça — Poncho desconversou, e ambos sabiam que se tratava de uma mentira.
— Poncho , preciso saber o que represento na sua vida.
— Deus do céu, Annie! — Ele parecia descrente. — Você é minha mulher! O que mais lhe interessa saber?
— O óbvio, Poncho . Se você me ama ou não! — Anahí levantou-se, desajeitada.
— O que está querendo dizer com essa conversa sem sentido? — exigiu ele, com os músculos do rosto contraídos.
— Preciso saber a verdade a respeito dos seus sentimentos. Se você não... — Anahí fechou os olhos e apertou as mãos, procurando palavras corretas para se expressar. — Não importa se você não me ama, mas é essencial que eu saiba a verdade.
— Não posso acreditar no que estou ouvindo. — Exasperado, ele passou os dedos nos cabelos. — Eu vivo repetindo que te adoro.
— Não é o que o ouvi dizer. Você afirma que adora estar casado comigo.
— E qual é a diferença? — ele indagou, animado.
— Pode ser que lhe agrade uma situação matrimonial bem consolidada.
— Depois do que houve com Leticia? — Poncho se irritou.
— Perdão. — Anahí reconheceu que errou em referir-se ao casamento anterior. — Mas há uma grande diferença — acrescentou em voz baixa. — Quero saber se você gosta de mim, e não dos bons sentimentos que eu possa lhe despertar.
Poncho apoiou as mãos no peitoril da janela e se deteve a observar a paisagem.
— Não sei do que está falando — murmurou, dando-lhe as costas.
— Você não quer saber e tem medo de pensar nisso. Você...
Virou-se e silenciou-a com um olhar tão duro como ela ainda não testemunhou. Nem mesmo na primeira noite em que a tinha beijado, quando estava sozinho e procurava embriagar-se após a morte de Leticia.
Poncho se adiantou com movimentos vagarosos de quem procurava controlar a ira.
— Não sou um marido prepotente, mas a minha tolerância não chega a ponto de aceitar ser chamado de covarde. Portanto, minha querida esposa, aconselho-a a escolher suas palavras com cuidado.
— E o senhor, meu marido, deveria dosar melhor as suas atitudes. Não sou uma tolinha qualquer. — Estremeceu de indignação. — E não admito que me trate como se eu não tivesse cérebro.
— Ora, pelo amor de Deus! Quando eu a tratei dessa maneira? Por favor, esclareça o fato, pois estou muito curioso.
Ela começou a gaguejar, incapaz de responder prontamente ao desafio.
— Para começar, não gosto que se dirijam a mim com superioridade.
— Então será melhor não me provocar — advertiu-a com escárnio.
— Não acredito no que estou ouvindo! — Anahí avançou com olhar ameaçador. — É você quem me insulta o tempo todo.
— Eu não fiz nada disso. Em um minuto penso que estamos maravilhosamente felizes juntos, e no seguinte você me acusa de sei lá quantos crimes hediondos e...
Interrompeu-se ao sentir um beliscão no braço.
— Você pensou que éramos muito felizes? — ela sussurrou.
Poncho fitou-a, verdadeiramente surpreso.
— Claro que sim. Digo isso o tempo inteiro — ele insistiu, revirando os olhos. — Ah, é verdade. Tudo o que eu disse, tudo o que tenho feito... nada tem significado. Você não quer saber se estou feliz a seu lado, mas está obstinada em desvendar os meus sentimentos.
— E seria muito difícil nomeá-los?
A pergunta teve o efeito de um choque. Toda a energia se esvaiu e as palavras irônicas desapareceram, deixando-o imóvel, sem dizer nada, como se estivesse diante de uma aparição.
— Anahí , eu... eu...
— Você o quê? O que está pretendendo me dizer?
— Por Deus, isso não é justo!
— Você é incapaz de dizer o que desejo ouvir — alegou ela, apavorada.
Até o momento, imaginou que o marido, embora com o coração empedernido pelo sofrimento anterior, acabaria por entender que a amava. E essa esperança ínfima se desfez numa fração de segundo, dilacerando sua alma.
— Meu Deus, uma mentira não deve ser mesmo dita.
Poncho comprovou o vazio no olhar da esposa e entendeu que a havia perdido.
— Eu não queria fazê-la sofrer — declarou de maneira pouco convincente.
— Tarde demais para lamentar... — disse ela caminhando devagar até a porta.
— Espere!
Ela se deteve e se virou.
— Eu lhe trouxe isto — ele comentou, estendendo o pacote que havia trazido.
Anahí segurou o embrulho e, enquanto Poncho saía da sala, desatou o papel do presente com mãos trêmulas. Le Morte d`Arthur, o livro que ela tanto cobiçara na livraria dos homens.
— Ah, meu amor — falou para si mesma —, por que agiu com tanta gentileza? Por que não permitiu que eu continuasse a odiá-lo?
Horas depois, limpando o livro com um lenço, desejou que as lágrimas não tivessem arruinado para sempre a linda capa do volume.
7 de junho de 1820,
Lady Ruth e Maite chegaram hoje para esperar o nascimento do herdeiro, como o clã dos Herreras diz. O médico é de opinião que o parto não acontecerá antes de um mês, mas lady Ruth afirmou que não pretendia arriscar-se.
Certamente não lhes passou despercebido que Poncho e eu não estamos mais no mesmo quarto, embora não seja incomum casais ocuparem aposentos diferentes. Porém elas devem ter suposto uma separação, pois da última vez em que as duas estiveram aqui, Poncho e eu dormíamos juntos. Há duas semanas levei meus pertences para outro cômodo.
Minha cama é fria e odeio deitar-me nela.
Nem mesmo estou animada pelo nascimento de meu filho.
Prévia do próximo capítulo
As semanas seguintes foram horríveis. Poncho habituou-se a pedir as refeições em seu escritório. Não podia suportar a idéia de ficar sentado diante de Anahí como um estranho. Estava convencido de que a perdeu e imaginava a agonia que seria fitar os olhos da esposa, desprovidos de emoção. Se Anahí nad ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 153
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
Belle_ Postado em 12/11/2015 - 19:47:34
Mto pftos*---* história linda<33kkk só vim cometar agra, mas antes tarde do que nunca rsrs...
-
dani_la Postado em 18/07/2015 - 21:47:58
Que lindo, que lindo, que lindoooooo!!!! Sis, amei essa fic... Simplesmente amei... O jeito em como a Annie amava o Poncho e ele parecia não amolecer com nada, na minha cabeça só vinha... ''quando ele vai perceber?'' E no final, ele admitiu que sempre amou ela... Aiiii foi muito lindo do começo ao fim, sis. Vc podia adaptar outros livros assim, eu amo romance de época :) Cheguei atrasada, mas ta valendo... Parabéns por mais uma fic concluída, sis tchutchuca <3 <3
-
Beca Postado em 13/07/2015 - 10:40:19
FILHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA FOI LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO AMEI...SÓ PUDE COMENTAR AGORA PORQUE ROUBARAM MEU CELULAR ;,(
-
☆lenyponny☆ Postado em 13/07/2015 - 01:47:38
Poxaaa pena q acabou foi tao lindo o final *-* Poncho cabeça dura finalmente adimtiu q ama Annie *-* owww lindoos!! Love Ponny :-D :-D q susto ela me deu mas no fim td deu certo *-* q lindo uma Princesinha Ponny Ameii!! My Sis Linda Simplesmente Amei! Amei! Do Começo ao Fim!! Essa Fic Foi Perfeita d++++ :-D :-D Parabens!! (Palmas) ha descupa ter sumido . Bjuuuss Sis <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3
-
milaaya16 Postado em 12/07/2015 - 22:44:31
Que final lindo amei a forma que o poncho tratou a any quando ela tava desacordada todo atencioso que lindo, confeso que nao esperava que ele se torna-se tao lindo mas fui surpreendida afinal poncho herrera eh sim um principe *__* sem palavras pra esse final passei de apreensiva a emocionada em poucos caps...ownnnt que fofo seu agradecimento obg te adoro tbm :*
-
franmarmentini♥♥ Postado em 12/07/2015 - 20:00:33
Ai minha linda.....oq dizer dessa fic....amei de mais ela...muito muito mesmo....fiquei super feliz pelo fim....muitos muitos bjussssssssssssssssssss
-
franmarmentini♥♥ Postado em 12/07/2015 - 19:33:49
Não creio q acabou..
-
milaaya16 Postado em 10/07/2015 - 18:03:02
Conseguio*
-
milaaya16 Postado em 10/07/2015 - 18:02:15
Aeeeeee eh uma menininha que fofa.. como eh o nome ? Josefa eh isso ? Kkkkkkkkkkkkkkkk coitada faz isso nao kkkkkkkkkk any eh doida vai parir e fica quieta ¬¬ doidera tem limite senhora Herrera...poncho consegui dizer o te amo que incrivel so falta dizer pra ela...ultimos caps :'( no quieroo...mas uma fic incrivel chegando ate o final continua nao vejo a hora desse eu te amo ser dito A ela
-
franmarmentini♥♥ Postado em 09/07/2015 - 21:01:35
Ameiiiiiiiiiiii os capítulos...e é menina mesmo viva o/