Fanfic: História de um grande amor (aya)-Adaptada-Finalizada | Tema: Ponny

Uma criada com olhos lacrimejantes apareceu trazendo velas.

— Acenda todas — Poncho ordenou. — Quero isto ilu­minado como se fosse dia, escutou bem? — Virou-se para Anahí e acariciou-a na testa. — Ela sempre gostou de dias ensolarados. — Horrorizado, percebeu o que disse.

— Isto é, ela gosta de dias ensolarados.

Maite fez uma mesura e saiu, incapaz de suportar o so­frimento do irmão.

Algumas horas mais tarde, lady Ruth entrou com um pequeno pacote embrulhado numa manta cor-de-rosa.
— Eu trouxe sua filha.
Poncho ergueu a cabeça, espantado. Esqueceu completa­mente a existência daquela criança.
— Ela é muito pequena.
— Os bebês sempre nascem pequeninos — a mãe respon­deu, sorrindo.
— Eu sei, mas olhe para ela. — Apontou a mãozinha com o indicador, que foi agarrado com firmeza pelos minúsculos dedinhos. Olhou para a mãe, maravilhado com a nova vida que surgiu havia poucas horas.

— Posso segurá-la?

— Sem dúvida, meu filho. — Lady Ruth deixou o pe­queno embrulho nos braços dele. — Ela é sua.
— Pois não é mesmo? — Ele fitou as faces rosadas e tocou a pontinha do nariz. — Como vai, princesinha? Bem-vinda ao mundo.
— Que apelido engraçado — lady Ruth divertiu-se.

— Não vejo graça nenhuma. É perfeito. Mamãe, por quan­to tempo ela continuará tão pequena?

— Não sei calcular, mas certamente continuará bebê por um bom tempo. — Lady Ruth foi até a janela e afastou as cortinas. — O sol está surgindo. Maite disse que você deseja o quarto iluminado.

Poncho anuiu, sem tirar os olhos da filha.

Lady Ruth prendeu as cortinas com as alças laterais.

— Filho, você já viu que ela tem olhos azuis?

— Não. — Poncho olhou o bebê, que estava de olhos fe­chados, dormindo. — Mas eu sabia que seria assim.

— Bem, ela não haveria desapontar o pai logo no pri­meiro dia, não é?

— Ou a mãe. — Ele contemplou a palidez mortal de Anahí e aconchegou a criança de encontro ao peito.

Lady Ruth fitou os olhos do filho que eram semelhan­tes aos seus.

— Imagino que Anahí teria preferido que fossem esverdeados como os seus. Engoliu em seco, lembrando-se de que Anahí o amava havia tanto tempo, e ele a tratava com pouco caso. E na iminência de perdê-la, nem poderia confessar sua estupidez.

— Imagino que sim, mamãe. Mas ela terá de esperar pelo próximo.

— Claro, meu querido — procurou consolar o filho. — Já pensou em algum nome?

Poncho fitou-a, espantado. Na verdade, nem pensou no assunto.

— Não, eu esqueci desse pormenor.

— Maite e eu escolhemos alguns. O que acha de Julianna? Ou Claire? Sugeri Perlla, mas Maite rejeitou-o.

— Anahí jamais permitiria que a filha se chamasse Perlla. Ela sempre odiou Perlla Galvez.

— Aquela menina que morava perto de Haverbreaks? Eu nunca soube do caso.

— Isso faz parte do passado, mamãe. Não darei nenhum nome para minha filha sem consultar Anahí .

— Claro, meu querido. Bem, agora eu o deixarei... um pouco a sós com sua família.