Fanfic: História de um grande amor (aya)-Adaptada-Finalizada | Tema: Ponny

Anahí imaginou quando Maite notaria que ela não mo­veu nenhum músculo.

— Levante-se, vamos!

Ela jogou um pé para cima.

— Por Deus, Maite . Ninguém lhe disse que é grosseria gritar no ouvido de outro ser humano?

Maite curvou-se e manteve o rosto bem próximo ao da amiga.

— Pois esta manhã o seu aspecto não tem nada de humano.

— Não estou com disposição para brincadeiras.

— Ficará melhor depois do café da manhã.

— Não estou com fome.

— Mas é preciso comer.

Anahí cobriu a cabeça com um travesseiro.

— Anahí !

— Se disser meu nome mais uma vez, eu a matarei.

— Temos um trabalho para fazer!

— Trabalho?

— Isso mesmo. — Maite agarrou o travesseiro e jogou-o no chão. — Tive uma idéia maravilhosa durante um sonho.

— Está brincando!

— Na verdade, estou. Eu imaginei tudo esta manhã en­quanto ainda estava deitada. — O sorriso felino de Maite foi desafiador, como se estivesse disposta a destruir quem não acreditasse no lampejo de tamanho brilhantismo. Depois ficou à espera da pergunta óbvia que teria de vir.

— Muito bem, do que se trata?

— A idéia diz respeito a você.

— A mim?

— Isso mesmo, e também a Oscar.

Anahí levou alguns segundos para se recuperar.

— Está ficando maluca, Mai! Maite deu de ombros e sentou-se.

— Trata-se de um plano magnífico. Pense um pouco e concordará que é perfeito.

A última coisa em que Anahí gostaria de pensar na­quela manhã era em um cavalheiro, muito menos um que tivesse Herrera como sobrenome.

— Vocês dois se conhecem há anos e a sua idade é a ideal — Maite enumerou os dois itens nos dedos.

Anahí meneou a cabeça e saiu da cama pelo lado oposto, porém Maite era ágil e aproximou-se em segundos.

— Sei que uma temporada não lhe agradaria em absoluto e que detesta conversar com pessoas que não conhece. Já afirmou isso em inúmeras ocasiões.

Anahí tentou evitar a amiga e foi até , o guarda-roupa.

— Como conhece Oscar, isso elimina a necessidade de conversar com estranhos. — O sorriso de Maite iluminou o rosto animado. — E significa que nos tornaríamos irmãs!

Anahí ficou imóvel, agarrada no vestido simples que tirava do armário.

— Isso seria maravilhoso, Mai. — O que mais poderia dizer?

— Estou tão emocionada por você concordar comigo! — Maite abraçou-a com efusão. — Será maravilhoso. Esplên­dido. Ideal.

Anahí continuou parada, refletindo. Como pude me­ter-se em tal enrascada?

A amiga afastou-se, sempre sorridente.

— Oscar não tem idéia do que o aguarda.

— Seu propósito é promover o casamento ou simplesmen­te levar vantagem sobre seu irmão?

— Bem, as duas coisas, é claro — Maite admitiu, e sen­tou-se numa poltrona próxima. — Isso importa?

Quando Anahí ia responder, a outra foi mais rápida.

— Claro que não. O fundamental é a existência de obje­tivos comuns. Fico até surpresa por não termos pensado se­riamente nisso antes.

Ela estremeceu, de costas para Maite . Era evidente que não refletia a respeito. Seus pensamentos só se ocupavam com Poncho.

— Também notei como Oscar a observava a noite pas­sada.

— Maite, havia apenas cinco pessoas na sala. Seria im­possível alguém não olhar para mim.

— Estou falando do jeito como ele a fitou — Maite per­sistiu. — Era como se nunca a tivesse visto.

— Tenho certeza de que está enganada — contradisse, começando a se vestir.

— Não estou. Vire-se, deixe-me abotoar o corpete. Nunca me engano com essas coisas.

Anahí esperou com paciência até Maite terminar a ta­refa e então lhe ocorreu...

— Como pode saber que está certa? Estamos enfiadas no campo e nunca vimos ninguém se apaixonar.