Fanfic: História de um grande amor (aya)-Adaptada-Finalizada | Tema: Ponny

Anahí procurou não suspirar. Poncho era um homem deveras sedutor. E, com a viuvez, todas as moças solteiras e suas mães caíam sobre ele como um enxame de abelhas.

— Acha que meu irmão se casará de novo? — Maite per­guntou.

— Não sei. — Anahí sentiu um nó na garganta. — Mas creio que acabará escolhendo outra esposa.

— Bem, ainda poderemos contar com Oscar para brin­dar a família com um herdeiro, e isso poderá ser logo breve se você ajudar. ─ ergueu uma das sobrancelhas encarando Anahí que lhe deu uma cotovelada no mesmo instante.

Poncho aproximou-se e fez uma mesura.

— Fico feliz em vê-lo, meu irmão — Maite saudou-o com um largo sorriso. — Eu já havia desistido de esperá-lo.

— Imagine se eu não viria. Mamãe teria me emparedado. — Ele estreitou os olhos de maneira imperceptível. — Por que Anahí lhe deu uma cotovelada agora há pouco?

— Não fiz isso! — ela protestou, mas mudou de tom ao ver a dúvida na expressão de Poncho . — Foi apenas uma brincadeira entre amigas.

— Não importa. Pelo gesto brusco em demasia, qualquer um, até o mais idiota de todos, de longe poderia perceber que a senhorita não estava de acordo com minha irmã.

— Ora, pare com isso! — Maite protestou. Ele fez um gesto de pouco caso.

— Srta. Portilla, acha que ela protestou contra a minha linguagem ou porque julgo todos os rapazes presentes uns idiotas?

— Creio que foi pela sua linguagem. Maite acabou de dizer que a maioria era idiota.

— Não foi bem isso. Eu falei que eles me chateiam.

— Ovelhas — Anahí completou.

— Bodes. — Maite deu de ombros. Poncho espantou-se.

— Sobre o que as duas estavam falando?

— Nada de importante — Anahí apressou-se a res­ponder.

— Não é verdade — Maite a contradisse.

— Então, por que a cotovelada? — Poncho olhou de uma para a outra, divertido.

— Era sobre Oscar— Maite respondeu, impaciente.

— Ah, Oscar. — Ele olhou ao redor e tirou o cartão das mãos de Anahí . — Ele está aqui, não está? Por que não escreveu o nome na lista para solicitar uma ou duas danças? Os dois não estão planejando casamento?

Anahí cerrou os lábios, sem responder. O que foi uma decisão sensata, pois a amiga não perderia a oportunidade de falar por ela.

— Ainda não é nada oficial — Maite declarou —, mas todos concordam que seria um enlace esplêndido, inclusive eu.

— Todos? — Poncho fitou Anahí .

—E quem não aprovaria?—Maite mostrou-se ainda mais impaciente.

Quando Poncho iria responder ainda encarando Anahí , os músicos da orquestra afinaram os instrumentos, e os primeiros acordes de uma valsa não tardaram a flutuar no ambiente.

— Creio que esta é a minha vez. — Poncho fixou o olhar em Anahí , fazendo-a tremer. — Vamos? — murmurou, estendendo o braço.

Anahí assentiu, sem conseguir falar. A proximidade com ele causava-lhe reações estranhas, eram tremores que a dei­xavam arfante. Se a olhava, não da maneira habitual, mas com intensidade que escurecia os olhos esverdeados, que ela se sentia despida e com a alma exposta.

E, certamente, Poncho nada via, a não ser aqueles olhos azuis puxados tão expressivos! A garota continuava sendo a me­lhor amiga de sua irmã. E, ao que tudo indicava, assim seria para sempre.

— Vai me deixar aqui? — Maite , sem petulância, deu um suspiro discreto.

— Não se preocupe — Anahí declarou —, não ficará sozinha por muito tempo. Vejo que o rebanho está voltando com a limonada.

— Já percebeu, Poncho ? Que Anahí tem, indiscutivel­mente, um grande senso de humor? — Maite perguntou, fazendo uma careta.

— Não sei por quê, mas o comentário não me parece exa­tamente um elogio — Anahí retrucou.

— Vão logo. Andem, podem ir embora, Aproveite a valsa, querida.

Poncho segurou-a pelo braço, conduzindo-a até a pista.

— A senhorita é bastante espirituosa — ele murmurou.

— Não diga.

— É o que mais aprecio a seu respeito. Por favor, não mude esse seu senso de humor.