Fanfic: História de um grande amor (aya)-Adaptada-Finalizada | Tema: Ponny

— Perdão. — Sentiu-se uma tola. — É que falávamos so­bre Oscar.

— E sobre você também — Maite comentou. — Aliás, foi nosso último assunto, por isso o meu comentário à sua entrada.

— Creio que deviam estar tratando de assuntos diabó­licos.

— Com certeza — Maite comentou com graça. Poncho sentou-se em frente a Anahí , que sorriu sem descerrar os lábios. Maite inclinou-se para a frente e apoiou o queixo na mão, com pose de coquete.

— Eu acabava de dizer a Anahí que você seria um ma­rido terrível.

Poncho recostou-se no espaldar da cadeira com o sem­blante descontraído.

— Essa é a mais pura verdade.

— Mas eu ia comentar que se houvesse um treinamento apropriado, você poderia ser reabilitado.

— Estou saindo — anunciou ele, levantando-se.

— Não vá! — Maite chamou, rindo. — Estou brincando. Você está além de qualquer redenção. Mas Oscar... é um pedaço de argila que poderá ser moldado.

— Não contarei a ele esse seu comentário — Anahí resmungou.

— Não me diga que não concorda — Maite provocou-a. — Oscar ainda não teve tempo de se tornar pavoroso, como acontece com a maioria dos homens com o decorrer dos anos.

Poncho fitou a irmã com indisfarçável admiração.

— Como é possível que eu esteja aqui escutando seu ser­mão sobre o comportamento masculino?

Maite preparou-se para uma resposta arguta e mordaz, mas o mordomo apareceu à porta e salvou a todos.

— Lady Maite , sua mãe deseja falar com a senhorita.

— Voltarei em seguida — Maite avisou-os antes de sair.

— Estou ansiosa para terminar a conversa. — Com um sor­riso malicioso e um aceno de dedos, ela desapareceu.

Poncho sufocou um gemido; mais cedo ou mais tarde, sua irmã acabaria causando um ataque cardíaco em alguém. Fe­lizmente não nele. Fitou Anahí , que estava sentada sobre os pés e com um livro grande no colo.

— Boa leitura? — Poncho perguntou. Ela ergueu o livro.

— Ah. — Ele não evitou a contração dos lábios.

— Não ria — Anahí advertiu-o.

— Eu jamais sonharia em fazer isso.

— Também não minta, por favor — ela falou com ares de educadora.

— Ah, isso eu não posso prometer. — Ele riu.

Por um momento Anahí ficou em silêncio, concentra­da e séria. De repente, sua fisionomia mudou. Nada dramá­tico, que causasse alarme, mas que deixou claro o debate interior.

— O que pensa a respeito de Oscar? — indagou, de­cidida.

— Ora, ele é meu irmão.

Ela ergueu a mão e balançou-a, pedindo a continuação da frase, fitando-o com sarcasmo.

— Uma revelação surpreendente.

— O que exatamente quer saber, Srta. Anahí Portilla?

— Eu queria saber o que pensa a respeito de Oscar. Poncho sentiu o coração disparado sem que pudesse iden­tificar o motivo.

— Está me perguntando — ele falou devagar — se eu acredito que Oscar será um bom marido?

Anahí abriu muito os olhos, piscou e deu a impressão de coordenar as idéias antes de responder.

— Tenho a impressão de que todos desejam nos ver ca­sados.

— Todos? Não sei se todos.

— Bem, principalmente Maite.

— Pois ela seria uma pessoa em quem eu não confiaria como conselheira matrimonial.

— Então, na sua opinião, eu não deveria tentar conquistar Oscar . — Anahí inclinou-se para a frente.

Poncho piscou atônito. Entendeu que ela não ficava na­quela posição para exibir o busto sardento que estavam apenas cobertos pelo vestido decotado à frente, aliás, adorável. Não im­portava. O resultado o agradou sobremaneira.

— Poncho ? — Anahí chamou-o em voz baixa.

— Oscar é muito jovem — ele resmungou.

— Para mim?

— Para qualquer uma. Por Deus, ele mal completou vinte e um anos.

— Na verdade, ainda tem vinte.

— Pois é isso mesmo. — Poncho gostaria que houvesse uma maneira de arrumar a gravata sem parecer um tolo. O ambiente esquentava subitamente e ficou muito difícil foca­lizar outra coisa que não fosse a maravilhosa visão daqueles seios perfeitos.

Felizmente ela se recostou, pondo um fim naquele mar­tírio. Poncho suspirou aliviado.

— Pretende mesmo conquistá-lo? — ele não resistiu à per­gunta.

— Está se referindo a Oscar ? — Anahí indagou o óbvio para ganhar tempo. — Não sei.

— Se não sabe, é evidente que nem deveria pensar no assunto.

— Então acha que o amor deve ser claro e óbvio? — per­guntou ela, fitando-o espantada.

— Quem foi que falou em amor?

Poncho lamentou ter falado com impaciência, mas a con­versa estava se tornando cada vez mais insustentável.

— Ah.

Ele teve a desagradável impressão de que Anahí achou sua argumentação muito falha. Prova disso era ela ter vol­tado a atenção para o livro que estava lendo. Sentou-se e, como um tolo, observou-a ler o que tanto a interessava, en­quanto procurava encontrar um comentário inteligente para fazer.

Anahí olhou para cima com uma irritante serenidade.

— Poncho , tem algum plano para a tarde?

— Nenhum — respondeu vagamente, escondendo que pre­tendia cavalgar um pouco.

— Ah, Oscar não deve demorar.

— Já soube... ─ assentiu se conformando com a notícia.

— Por isso é que estávamos falando sobre ele — Anahí explicou, como se isso importasse. — Seu irmão está vindo para o meu aniversário.

— Sim, é claro.

Ela tornou a inclinar-se para a frente; que Deus o ajudasse a se controlar.

— Está lembrado de que temos um jantar em família amanhã?

— É evidente que sim — Poncho assegurou.

— Bem, obrigada pelas considerações.

— Considerações? — Ele não entendeu. — Sobre o quê?

— Sobre Oscar. Esse é um assunto muito sério, e a sua opinião é importante para mim.

— Bem, agora já a tem.

— E estou satisfeita, pois o respeito sobremaneira.

De algum forma, Anahí conseguia fazê-lo sentir-se co­mo uma relíquia centenária, o que o desanimou bastante.

— Ah, é?

— Com certeza. Por acaso não deveria respeitá-lo, ou isso o incomoda?

— Francamente, Srta. Portilla, na maior parte do tempo não tenho idéia do que está pensando.

— Penso na sua pessoa... Poncho fitou-a, espantado.

— E em Oscar, naturalmente — Anahí concluiu. — E em Maite . Ah, como se alguém pudesse viver na mesma casa que ela e esquecê-la! — Fechou o livro e levantou-se. — Creio que vou procurá-la. Maite e lady Ruth estão indecisas sobre algumas roupas que desejam mandar fazer, e eu prometi ajudá-las na decisão.

Poncho ficou em pé, acompanhando-a até a porta.

10 de junho de 1819,

Esta tarde tive uma conversa estranha com Poncho. Não pretendi deixá-lo com ciúme, mas admito que po­deria ser interpretada dessa maneira por alguém que soubesse dos meus sentimentos por ele, o que é altamen­te improvável.

Admito, no entanto, que tive a intenção de inspirar certa dose de culpa em relação ao livro Le Morte d`Arthur. Nesse pormenor, não creio que tenha sido bem-sucedida.

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Leitores novos sejam bem vindosss!!!!!!!!!!!!

Beca: postado mamis ,sim não posso deixar minha mamã ansiosa kkk... vixi essa maite ainda vai empurrar e muito o Oscar para Annie :(...Postado !!!!

Belle_: Postado flor ,obrigado por acompanhar!!!!!!

Izamara Laiis:Postado gatita!!!!!

Quéren Fortunato : Verdade Ponny foi muito fofos do baile :) ...e o ciumes do Poncho comtinuaaa aiii que lindo ele com ciumes ñ?? kkkk...Postado minha linda!!!!!!!!!!!