Fanfic: História de um grande amor (aya)-Adaptada-Finalizada | Tema: Ponny

Maite viu Poncho no momento em que ele entrou.

— Veja! — exclamou, cutucando Anahí com o cotovelo. — Meu irmão está ali.

— Está? — perguntou, rezando para não demonstrar a ansiedade.

— Sim, olhe. Não o vejo há séculos. Por acaso o tem visto em algum lugar?

Anahí meneou a cabeça em negativa e esticou o pescoço para ver melhor.

— Ele está ali, falando com Velasco Coelho— Maite infor­mou-a. — Não é difícil imaginar sobre o que estão conver­sando. O Sr. Velasco é político.

— Verdade?

— É, sim. Eu adoraria dar uma palavra com meu irmão, mas não tenho o menor interesse em discutir política.

Anahí não chegou a concordar e Maite franziu o cenho de novo.

— Agora ele está conversando com lorde Boyes! — exclamou, irritada.

— Querida, os homens têm liberdade de trocar idéias com quem lhes aprouver. — Tentou aplacar a intensidade da ami­ga e escondendo a própria exasperação por ele ainda não ter se aproximado de onde estavam.

— Sei disso, mas é ultrajante não ter vindo nos cumpri­mentar primeiro. Somos a sua família.

— Pelo menos... você é.

— Não seja tola. Você também faz parte da família — retorquiu Maite. — Onde já se viu uma coisa dessas? Ele está indo para o lado oposto ao nosso.

— Não conheço o cavalheiro com quem está conversando agora — Anahí comentou.

— É o duque de Diaz. Muito bonito, não acha? Pen­sei que estivesse no exterior em férias com a esposa. Pelo que sei, são muito devotados um ao outro.

Anahí achou um sinal positivo que pelo menos um casal da nobreza fosse feliz.

— Perdão, lady Maite, creio que esta é a minha vez de dançar com a senhorita.

Anahí e Maite olharam para cima e depararam com um rapaz atraente cujo nome não se lembraram.

— Ah, sim — Maite sorriu. — Tolice a minha ter-me es­quecido.

— Vou buscar uma limonada. — Anahí sabia que a amiga não gostava de deixá-la sozinha quando saía para dançar.

Aproximando-se de um criado que servia refrescos, notou que, como de costume, seu cartão foi preenchido apenas até a metade. E onde estava Poncho , que prometeu dançar se lhe faltassem parceiros? Que homem detestável! De certa forma, seria bom se pudesse encará-lo de maneira menos principesca, assim sofreria bem menos. Anahí tomou um gole de limonada e sentiu que a seguravam pelo cotovelo. Virou-se e ficou desapontada. Não era Poncho, mas sim um cavalheiro cuja fisionomia não lhe era estranha.

— Srta. Portilla?

Ela anuiu com um sinal de cabeça.

— Poderia conceder-me o prazer desta dança?

— Sim, claro, mas nós não fomos apresentados.

— Perdoe-me. Sou lorde Boyes.

Não seria o mesmo que conversava com Poncho pouco an­tes? Ela sorriu, apesar de intrigada. Não acreditava muito em coincidências.

Lorde Boyes era um excelente dançarino e os dois rodopiaram com graça pela pista. A música terminou, ele fez uma elegante mesura e levou-a até a lateral do salão.

— Obrigada pela companhia lorde Boyes. — falou Anahí com cortesia.

— Sou eu quem deve agradecer, Srta. Portilla . Espero poder repetir o prazer em breve.

Lorde Boyes deixou-a longe da mesa de refrescos. E naquele momento estava com muita sede, ao contrário de antes, quando só pretendia deixar Maite à vontade.

Anahí suspirou e pensou na multidão que teria de en­frentar para chegar ao outro lado do salão. No entanto, não chegou a dar dois passos, quando um cavalheiro de muito boa aparência parou à sua frente. Era o Sr. Coelho, o que se dedicava à política.

Em segundos, Anahí estava de volta à pista e, dessa vez, irritada.

Não poderia culpar os parceiros. Se Poncho havia decidido subornar homens para dançar com ela, pelo menos tivera bom gosto na escolha. Eram bonitos e bem-educados. Mas quando o Sr. Coelho conduziu-a para fora da pista, viu o duque de Diaz se aproximando e fez uma retirada estratégica.