Fanfic: Prisioneira do Amor AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance

Alfonso abriu a porta do carro.
— Entre e nós logo estaremos longe desta loucura. — Ele praguejou quando a viu lutando para entrar no carro, com o violão ainda atado ao corpo. — Madonna! Era necessário trazer isto? — perguntou, tirando a alça do ombro de Anahi. Impulsionou-a para dentro e pôs o violão no colo dela, antes de se acomodar ao seu lado. — Espera que Christian acorde ao som de sua música? Acho que você deve ter assistido a muitos filmes românticos.
— Ouvir música pode despertá-lo — retrucou Anahi enfurecida pelo sarcasmo dele. — O violão não é meu; é de Christian. Eu pensei que ele pudesse gostar de tê-lo consigo quando recobrar a consciência. Você deve saber o quanto este violão significa para ele?
— Eu não sabia que Christian tocava um instrumento.
— Mas ele toca o tempo inteiro. E é um violinista brilhante. Ele me disse que sonha em tocar profissionalmente. — Anahi o olhou. — Por que você sabe tão pouco sobre seu primo? Diz que pensa nele como um irmão, no entanto, parece não saber as coisas mais básicas sobre Christian.
Alfonso irritou-se pela crítica implícita na voz dela.
— Somente porque eu não sabia sobre o hobby de Christian não significa que não sou próximo dele.
Anahi balançou a cabeça.
— Não é apenas um hobby. Música é a paixão de Christian.
A limusine já estava em movimento. Um vidro os separava do motorista e do guarda-costas, que estavam sentados na frente, deixando-os sozinhos no espaço escuro e pequeno.
— Paixão? — murmurou Alfonso com aquele sotaque que parecia acariciar os sentidos de Anahi.
A palavra pairou no ar entre eles. Sentindo a boca seca, ela umedeceu os lábios com a ponta da língua, enquanto uma imagem de Alfonso pressionando-a contra o assento de couro e cobrindo-lhe a boca num beijo ávido preencheu sua mente. Aquilo era loucura, mas ela ansiava que ele a beijasse com a paixão que sentia queimar no interior do homem
Anahi tremeu ciente da umidade quente entre as pernas. Deus, o que estava lhe acontecendo? Pior ainda, ele sabia o efeito que estava lhe causando. A expressão predatória no rosto bonito a informava disso.
Alfonso deu de ombros.
— Admito que eu não sabia do interesse de Christian por música. E o seu, também é música?
— Não. Christian me ensinou algumas melodias no violão, mas eu não sou muito boa.
Ele prendeu-lhe o olhar, e falou com uma voz tão rouca que arrepiou os pelos do corpo de Anahi.
— Então... Qual é a sua paixão, Anahi?
Ela engoliu em seco, pensando em alguma maneira de quebrar o encanto que ele parecia lançar sobre ela.
— Eu faço trabalhos em madeira, esculturas e entalhes ornados. Suponho que esta seja minha paixão. Adoro sentir a madeira... O fato de que ela parece viva quando eu lhe dou forma. Adoro criar esculturas que convidam pessoas a tocá-las, alisar suas superfícies polidas...
Ela parou abruptamente, embaraçada por seu entusiasmo. Alfonso não poderia entender como ela colocava todas as emoções dolorosas que estavam trancadas em seu interior nas esculturas. De todas as coisas maravilhosas que Ted, seu pai adotivo, lhe fizera, ensiná-la a trabalhar com madeira era a mais significativa, porque ele lhe dera um meio de se expressar e despertar um talento artístico que fazia Anahi se auto-valorizar.
Ela ficou aliviada quando o celular de Alfonso tocou. Enquanto ele atendia, Anahi olhou pela janela e, dentro de poucos minutos, avistou o Hospital Venice-Mestre. Quando o carro aproximou-se do edifício moderno, ela viu dúzias de repórteres junto à entrada, e no instante que a limusine parou, flashes de câmeras iluminaram o interior do carro.