Fanfic: Prisioneira do Amor AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance

Era fácil ler a mente dela, que provara, ao descer da varanda, que era engenhosa e determinada. Alfonso só pôde pensar numa maneira de impedi-la de criar uma cena, e antes que ela tivesse tempo de compreender sua intenção, ele puxou-a para seus braços e abafou-lhe o grito assustado com os lábios.
Como esperara, Anahi enrijeceu, e ele recuou um pouco quando ela lhe socou as costelas. Mas a sensação do corpo delgado e flexível se contorcendo para escapar dos seus braços esquentou o sangue de Alfonso e feriu seu orgulho. Não estava acostumado com mulheres resistindo a ele. As mulheres geralmente estavam ávidas para irem para sua cama. Talvez isso explicasse por que fazia muito tempo que ele não sentia a excitação da conquista, mas Anahi fechara os lábios numa linha fina, e o desafio de fazê-la responder era forte demais para resistir.
Ela acusara Alfonso de ser intimidador, mas não esperara que ele provasse isso, beijando-a contra sua vontade, pensou Anahi, furiosa por ele estar usando seu tamanho superior para controlá-la. Seus seios estavam pressionados contra o peito dele, e a sensação daquele corpo másculo roçando o seu, enquanto ela lutava para se libertar, estava fazendo seus mamilos enrijecerem
Deus, o que estava lhe acontecendo? Quando sua determinação de fugir de Alfonso se transformara em desejo? Num minuto, estivera resistindo a ele com todas as suas forças, mas agora, suas curvas suaves começavam a se derreter contra o físico poderoso.
A natureza do beijo também estava mudando. Os lábios dele não estavam mais exigindo, e sim seduzindo uma resposta de Anahi, que ela achou impossível negar. Ela abriu os lábios e permitiu a entrada da língua de Alfonso em sua boca. A gentileza dele foi inesperada. Anahi tivera certeza de que nunca mais experimentaria desejo sexual, mas quando ele segurou-lhe as nádegas e sua pélvis ficou em contato direto com a masculinidade viril, calor percorreu-lhe as veias. Com um gemido baixinho, Anahi abraçou-o pelo pescoço e beijou-o com a paixão feroz que estivera adormecida em seu interior por tanto tempo.
— Viu, querida, eu disse que eles estavam tendo apenas uma discussão de namorados.
A voz de um dos turistas americanos quebrou o silêncio. Os companheiros dele riram e continuaram andando. Mas o comentário levou Anahi de volta à realidade, e, com um pequeno grito, ela afastou a boca. Para seu alívio, ele a soltou, também parecendo chocado pela química que explodira entre os dois.
— Isso não deveria ter acontecido — disse Alfonso.
Inexplicavelmente, Anahi ficou magoada por essas palavras. É claro que o beijo tinha sido um erro, um momento de loucura, mas apontando aquilo, ele a fez se sentir vulgar, principalmente considerando a opinião baixa que Alfonso tinha ao seu respeito.
Alfonso a olhava como se não pudesse acreditar que a beijara, e a fisionomia desdenhosa no rosto dele foi à humilhação final. Ela precisava ir embora... Agora, antes que se sentisse pior ainda. Estava furiosa consigo mesma por ter respondido ao beijo com tanto entusiasmo.
O caminho correndo ao lado do canal não continuava depois do fim do palazzo, e os turistas americanos tiveram agora de atravessar a ponte de volta. O que significava que a ponte era sua única rota de escape. Mas quando ela andou naquela direção, Alfonso colocou-se na sua frente, bloqueando o caminho.
— Volte para a casa — ordenou ele.
— Você deve estar brincando. — Frenética para fugir, Anahi correu para onde o barco dele estava ancorado, percebendo então como sua ação era estúpida. Não sabia nem ligar o barco. Ao olhar para trás e vê-lo seguindo-a, soube que não tinha saída. — Deixe-me em paz. — Ergueu a mão para mantê-lo distante.
— Dio, eu não vou machucar você. — A voz de Alfonso se tornou mais aguda. — Anahi... Cuidado!
Mas era tarde demais. No escuro, ela não percebera como estava perto do fim do cais, e com um grito, mergulhou dentro das águas escuras do canal.