Fanfic: Prisioneira do Amor AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance

Alfonso seguiu o médico para fora do quarto e, quando retornou, sua expressão era melancólica. Christian tinha adormecido, e Alfonso falou em voz baixa:
— O médico diz que amnésia após um ferimento na cabeça é muito comum, mas não pode prever quanto tempo isso vai durar. Ele está mais preocupado com outras coisas, particularmente com a perna esquerda quebrada de Christian, que precisará de cirurgia. — Sua tia arfou, e ele passou um braço ao redor dos ombros dela. — Tente não se desesperar. O médico disse que ele ficará bem e que, com o tempo, a memória de Christian vai voltar. Mas, por enquanto, devemos ser pacientes, e não excitar ou aborrecer Christian de nenhuma maneira que possa atrasar sua recuperação.
Ele olhou para Anahi quando fez sua última declaração, o semblante duro avisando-a para não falar nada até que eles saíssem do quarto. Abrindo a porta, esperou que ela o precedesse para o corredor.
— O médico acredita que você pode ser a chave para que Christian recupere a memória — disse ele. — O fato de que ele se lembra de você, mas não do acidente, significa que a amnésia é parcial, e se você continuar falando com ele talvez consiga que a memória de Christian volte por completo.
Mas até que a memória dele voltasse, ela ainda estava sob suspeita aos olhos de Alfonso e de outros membros da família de Christian, que acreditavam que ela o convencera de lhe dar sua fortuna, pensou Anahi com pesar.
— Pode levar dias ou mesmo semanas antes que ele recupere a memória. Você não pode esperar que eu fique em Veneza por tempo indefinido.
— Isso é exatamente o que eu espero — disse Alfonso friamente. — A mente de Christian sabe que você é amiga dele. Quando a memória retornar, ele poderá explicar por que disse à mãe que deu a você seu fundo de herança, e a verdade da questão será revelada. Mas até lá você ficará no Palazzo d’Inverno como minha hóspede.
— Como sua prisioneira, você quer dizer — afirmou ela com raiva. — Hóspedes normalmente não são trancados em seus quartos. Por mais que eu queira ajudar, não posso abandonar meus negócios. Lamento, mas preciso voltar para Londres.
As sobrancelhas de Alfonso se arquearam.
— Como pretende fazer isso sem passaporte ou dinheiro?
— Suponho que terei de ir à Embaixada Britânica e reportar que perdi meu passaporte.
— Você nem mesmo tem dinheiro para pagar um táxi até o aeroporto, muito

menos uma passagem para Londres — apontou ele. — Devia estar grata que eu lhe ofereci um lugar para ficar.
— Grata? Eu preferiria arriscar minhas chances num buraco de cobras a ficar hospedada com você. — Furiosa, o tom de voz de Anahi aumentou, enquanto ela esquecia que eles estavam do lado de fora do quarto de Christian. — Você é um ditador egoísta... — Ela parou e arfou quando um braço forte rodeou sua cintura, e ele a puxou contra si.
— E você tem a língua de uma víbora — murmurou Alfonso, antes de silenciá-la com um beijo punitivo, designado a provar seu domínio.
Determinada a não responder, Anahi fechou os lábios, mas seus sentidos foram inundados pelo aroma tentador da colônia pós-barba e pelo delicioso roçar do rosto liso contra o seu. Ele provocou-lhe os lábios com a língua, até que, com um gemido, ela os abriu, entregando-se ao beijo e tornando-se prisioneira da paixão dele. Mas Alfonso também era um escravo da química explosiva entre os dois, percebeu Anahi quando ele pressionou-a contra suas coxas, de modo que ela sentisse a ereção poderosa.
Ele estava ofegante quando afastou a boca da sua.
— Madonna, eu acho que você deve ser uma bruxa. Está me enlouquecendo. Meu primo está numa cama de hospital, entretanto, tudo que posso pensar é em como você é linda e no quanto eu a quero.
Anahi surpreendeu-se ao ouvi-lo admitir a atração. Mas em vez de sentir- se triunfante que um homem maravilhoso como Alfonso a desejava, sentiu medo de não ser capaz de resistir se ele a beijasse novamente.
— Solte-me — suplicou Anahi, com voz rouca. — Se você me ajudar a chegar à Inglaterra, eu pagarei o valor da passagem e prometo que voltarei para visitar Christian.
Ele deu uma risada rude.
— Eu não permitirei que você saia da minha vista, até que descubra o que aconteceu com a herança de meu primo.
A porta do quarto de Christian de súbito se abriu, fazendo os dois se separarem rapidamente. Mas não rapidamente o bastante para escapar do escrutínio da mãe de Alfonso. Olhando para baixo, Anahi viu que seus mamilos estavam rígidos sob o tecido fino da blusa, e cruzou os braços a sua frente, corando quando Luisa olhou para ela, depois para o filho.
— Christian gostaria de vê-la — ela falou para Anahi. — Se você não estiver muito ocupada — acrescentou com ironia.
— Eu vou me sentar com ele.
Parecendo indiferente à desaprovação da mãe, Alfonso acabou de ler uma mensagem que recebera no celular, e olhou para Anahi.
— Eu preciso ir ao escritório por algumas horas. Depois que você tiver passado algum tempo com Christian, meu guarda-costas vai levá-la de volta ao palazzo.
Enquanto ele falava, o homem musculoso que os encontrara no aeroporto no dia anterior desceu o corredor na direção deles. Fico plantou- se do lado de fora do quarto de Christian e cruzou os braços sobre o peito massivo.
— Ele não fala uma palavra de inglês — murmurou Alfonso. — E tem ordem de levá-la do hospital diretamente para minha casa.
Raiva a assolou.
— Em outras palavras, para meu carcereiro?