Fanfic: Prisioneira do Amor AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance

— Você está falando por experiência própria? — Alfonso a estudou preguiçosamente, causando-lhe uma onda de calor. — Tenho certeza de que você seria a concubina favorita de um sultão, com sua pele clara e cabelo cor de fogo.
Assustada pela súbita mudança no tom de Alfonso, de provocante para sensual, Anahi prendeu a respiração. Ergueu os olhos para ele, e viu desejo puro brilhando nas profundezas escuras.
— É claro que eu nunca estive num harém Eu jamais seria o brinquedinho de um homem Acredito em igualdade entre homens e mulheres.
Nada no mundo a faria confessar sua fantasia secreta de ser envolvida nos braços de um homem lindo e poderoso, e seduzida em lençóis de seda. Na fantasia, ela lutava contra o domínio dele no começo, mas não resistia ao toque da boca e das mãos habilidosas, enquanto ele a excitava e a atormentava, até que ela lhe suplicasse para que ele a possuísse.
Seu amante dos sonhos nunca tivera um rosto... Até agora. Alfonso era todas as suas fantasias reunidas em uma, reconheceu. Olhou para a boca esculpida, e, inconscientemente, umedeceu os lábios com a língua, como se pudesse recapturar o gosto dele.
A atmosfera no banheiro tornou-se carregada de uma tensão sexual quase palpável. Alfonso estava ciente da pulsação em seu sexo, do desejo urgente percorrendo suas veias. Um desejo que começara com o roçar dos dedos de Anahi em sua pele, enquanto ela enrolava a bandagem em sua mão.
Na verdade, tinha começado antes disso... Quando ela aparecera em seu quarto, absolutamente deleitável numa camisola da coleção de Cassa di Cassari, que era pouco mais que um pequeno pedaço de seda e renda brancas. Ela era uma mistura intrigante de inocência virginal e sereia sensual, com os lábios cor de cereja e os olhos verdes de gata.
Ele nunca desejara tanto uma mulher como a desejava, reconheceu. A gentileza nos olhos verdes, quando ela atara a bandagem na sua mão mexera com alguma coisa em seu interior. Desde a morte de seu pai, ele tinha sido o protetor de sua família, sempre cuidando dos outros, sempre forte e no controle. Esta noite, tal controle estava lhe escapando. Ele não estava pensando sobre sua suspeita do envolvimento de Anahi no desaparecimento da herança de seu primo. Tudo que podia pensar era que o glorioso cabelo ruivo parecia seda quando ele afastou-lhes do rosto, e que a pele corada parecia veludo.
Movido por instinto, Alfonso entrelaçou os dedos no cabelo dela e puxou-a para si. Ainda estava sentado na beira da banheira, e a baixa estatura de
Anahi significava que o rosto dos dois estivessem no mesmo nível, suas bocas muito perto. Eles permaneceram assim, se entreolhando com intensidade por um longo momento, até que Alfonso tomou- lhe a boca e beijou-a com paixão.
Dessa vez, quando Alfonso beijou-a, ele não precisou coagi-la a abrir os lábios. Desde o momento que ele lhe capturara a boca, Anahi estivera perdida, e, sem pensar em rejeitá-lo, abriu os lábios e ouviu-o gemer baixinho, antes de explorar sua doçura interior.
Ele era o homem de suas fantasias. O único homem que ela permitira romper suas defesas desde Seb. A lembrança daquele relacionamento desastroso a fez questionar o que estava fazendo. Alfonso declarara abertamente que desconfiava dela. Por que então, estava permitindo que ele a beijasse? E por que estava correspondendo?
Porque não podia evitar, sussurrou uma vozinha em sua cabeça. Porque desde a primeira vez que o vira sentia que pertencia a ele de alguma maneira profunda e fundamental. Seu lado racional sabia que isso era ridículo. Não precisava pertencer a ninguém, e sabia como era perigoso depender de alguém. Apaixonara-se por Seb e ele abusara de sua confiança. Anahi jurara nunca mais arriscar seu coração. 

Alfonso finalmente quebrou o beijo, e Anahi sabia que deveria sair dos braços dele a acabar com aquela loucura. Sabia disso, mas não conseguia. Ele trilhou os lábios sobre seu rosto, seu pescoço, e ela tremeu de prazer quando Alfonso encontrou o ponto sensível atrás de sua orelha.
— Cara, você é tão linda — murmurou ele com voz rouca, então roçou a boca ao longo de seu colo. O coração de Anahi disparou quando ele deslizou a alça de sua camisola sobre o ombro. Seus seios estavam rijos, e no momento que ele roçou-lhe os bicos com os dedos, ela teve um sobressalto, como se tivesse tomado um choque elétrico.
Alfonso riu, mas não havia divertimento nos olhos que brilhavam com intenção predatória.
— Eu sei. É o mesmo para mim, também. O desejo. A ânsia em meu interior.
O maxilar de Alfonso enrijeceu, e Anahi sentiu que ele estava lutando uma batalha interna consigo mesmo, como se não gostasse do desejo que sentia por ela.
— Quando você abriu a porta do seu apartamento em Londres, e eu a vi, soube que precisava tê-la — admitiu-o.
— Alfonso... — Anahi gritou quando ele abaixou sua camisola e desnudou um de seus seios.
Ele a olhou, tensão em cada linha esculpida do rosto.
— Sem jogos — disse ele. — Se você não quer isso, então vá embora... Agora.
Ele não tentou persuadi-la a ficar, com promessas que ambos sabiam que seriam falsas, e Anahi estava satisfeita por isso. Tinha sido enganada por promessas uma vez, e seu coração se despedaçara como conseqüência. Não era mais uma garota vulnerável de 17 anos, lembrou-se. Crescera e descartara sonhos tolos. Desejo sexual era um sentimento natural, e não havia nada de errado em querer ceder as suas demandas. Contanto que não permitisse que seu coração se envolvesse no ato.