Fanfic: Prisioneira do Amor AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance

— Quer dizer que você está me dando uma escolha se eu retorno ou não para a minha prisão? — a indagou, sarcasticamente.
Ele deu um suspiro exasperado.
— Se você odeia tanto minha casa, vamos comer num restaurante. Quem sabe? Talvez uma boa refeição melhore seu humor.
O restaurante não era sofisticado, como Anahi temera, mas um pequeno lugar charmoso, com mesas num terraço ao ar livre, com vista para um canal estreito. Os garçons eram atenciosos e pareciam conhecer Alfonso.
— Trattoria Marisa é o lugar aonde venho quando quero esfriar a cabeça — admitiu-o. Não revelou que nunca levara uma mulher lá. Na verdade, não sabia por que tinha levado Anahi ao restaurante que considerava um santuário do estresse de sua vida agitada.
— O que o garçom lhe disse? — perguntou ela com curiosidade. — E porque ele ficou me olhando?
— Ele disse que você é muito linda e que eu tenho muita sorte. — Alfonso encontrou-lhe o olhar e sorriu. — Eu concordo com ele. Você está deslumbrante neste vestido.
Sem graça, Anahi olhou para o vestido de seda branca, estampado com flores cor-de-rosa. Como todas as roupas da coleção Cassa di Cassari, era bonito e elegante, e a fazia se sentir muito feminina. Ela estudou o menu, mas não entendeu nada, uma vez que este era em italiano.
— É melhor você escolher para mim.
Alfonso aproximou a cadeira da sua e traduziu pacientemente a escolha dos pratos. Era difícil se concentrar no que ele estava dizendo, uma vez que seus olhos pareciam ter uma atração magnética pela boca de Alfonso. Se ele virasse a cabeça, os lábios deles quase se tocariam Anahi prendeu a respiração quando ele a encarou.
Beije-me, suplicou silenciosamente. Queria-o tanto que tremeu, e ficou desapontada quando ele inclinou a cabeça para trás, afastando- se.
Alfonso deu uma risada rouca, enquanto movia sua cadeira para a posição original.
— Frustração sexual é terrível, não é mia bella? Você está me enlouquecendo.
Felizmente, o garçom chegou com a lista de vinho e Anahi não precisou responder.
A comida servida em Trattoria Marisa tinha sido excelente, como sempre, pensou Alfonso mais tarde, enquanto tomava seu café.
— Explique como você caiu numa cilada para ser acusada de fraude — disse ele, de repente.
Anahi ficou tensa.
— Suponho que você não acreditaria em mim.
— Tente.
Ela suspirou.
— De certa forma, acho que tudo começou com a morte de Daniel. Ele era como um irmão para mim, e eu sentia terrivelmente a falta dele. Precisei deixar o orfanato quando eu tinha 16 anos. Minha assistente social me ajudou a encontrar um apartamento de um dormitório, e eu arrumei um emprego de garçonete num café.
Ela observou uma gôndola deslizar ao longo do canal, a expressão melancólica.
— Eu estava solitária e sofrendo por Daniel. O ponto alto do meu dia era quando um homem de negócios bonito aparecia no café para tomar seu café regular. Ele conversava comigo, perguntava como eu estava e parecia se importar de verdade. Chamava-se Sebastian Loxley. Disse-me que havia acabado de montar uma firma para vender ingressos para shows e festivais e precisava de alguém para trabalhar no escritório. Mal pude acreditar quando ele me ofereceu o emprego. Eu era tão ingênua — murmurou Anahi com amargura.
— Seb deve ter achado divertido me seduzir. Eu estava loucamente apaixonada, e quando ele me convidou para jantar, no meu aniversário de 17 anos, e depois me levou para seu apartamento... Bem, vamos apenas dizer que ele não precisou se esforçar muito para me levar para cama.
— Santa Madre! Você era uma criança — exclamou Alfonso, chocado.
Ela deu de ombros.
— Não em termos legais. Infelizmente, a lei faz pouco para proteger jovens vulneráveis. Em meu novo emprego, eu seguia as instruções que recebia de Seb. Todas as vezes que recebia um pagamento por um cartão de crédito, eu fazia um registro separado dos detalhes do cartão, incluindo o código de segurança, e passava as informações para o contador de Seb, porque, aparentemente, isso era necessário para propósitos de impostos. Eu não questionava o que estava fazendo.
Ela corou de embaraço.
— Eu sofria bullying na escola, então não a freqüentava muito, e abandonei os estudos sem nenhuma qualificação. Eu não entendia sobre cartões de crédito e não fazia idéia de que Marcus, o tal contador, dirigia um negócio ilegal que clonava cartões ou que ele pagava a Seb pela informação que eu estava lhe passando. Finalmente, a polícia descobriu a fraude das clonagens, mas Marcus deve ter sido avisado e fugiu para o exterior, antes que eles pudessem prendê-lo. A investigação levou a polícia à firma de Seb e a mim
Alfonso praguejou baixinho.