Fanfic: Prisioneira do Amor AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance

— Continue — encorajou-o quando Anahi hesitou.
— Fiquei perplexa quando Seb disse à polícia que não sabia o que eu tinha feito. Pensei que ele fosse explicar que me instruíra a passar os detalhes do cartão, mas, em vez disso, ele pôs toda a culpa em mim. A polícia acreditou nele e decidiu que eu estava trabalhando com Marcus. Eu fui presa. No tribunal, Seb deu evidências contra mim — A voz de Anahi tremeu. — Eu pensei que ele me amasse. Até mesmo dizia que nós nos casaríamos um dia. Mas era tudo mentira. Ele nem mesmo queria...
— Ele nem mesmo queria...? — incentivou Alfonso. A idéia de que ela fora vítima de um patife inescrupuloso o enchia de fúria, e de um desejo de esmurrar o rosto de Sebastian Loxley.
Anahi balançou a cabeça.
— Não importa — respondeu ela. A reação cruel de Seb quando ela lhe contara que estava grávida de um bebê dele era dolorosa demais para comentar. Olhou para Alfonso procurando por algum sinal de que ele acreditava em sua história, mas as feições dele eram inescrutáveis.
— O que aconteceu depois do tribunal?
— Eu senti que estava no fundo do poço. Não possuía emprego, lugar para morar nem amor próprio. Procurei minha assistente social do orfanato, e ela arranjou para que eu ficasse com um casal que tinha experiência com adolescentes adotivos. — Ela sorriu então. — Ted e Margaret eram pessoas maravilhosas. Não é exagero dizer que eles mudaram minha vida. Pela primeira vez, eu me sentia parte de uma família. Ted dirigia um negócio de decoração e me tomou como aprendiz. Eu descobri um talento natural para trabalho em madeira, e fiz um curso de carpintaria, antes que Ted me aceitasse como sócia nos negócios. O T e J no nome da companhia são de Ted e Anahi.
Anahi parou quando um garçom apareceu à mesa para oferecer mais café. A interrupção deu a Alfonso a oportunidade de refletir sobre tudo que ela lhe contara. Ele nem mesmo questionou se acreditava na história. A emoção na voz de Anahi havia sido muito forte para ser um ato. Mas a questão se ele confiava ou não nela ainda permanecia. Até que a memória de seu primo retornasse, não havia como descobrir se Anahi sabia o que acontecera com o fundo de herança de Christian, reconheceu, com frustração.
Quando eles estavam prestes a sair do restaurante, uma gôndola parou ao longo do terraço. Como a maioria dos venezianos, Alfonso não ficou impressionado pelo meio de transporte usando quase que exclusivamente por turistas, mas após ver a expressão esperançosa nos olhos de Anahi, ele chamou o gondoleiro para ajudá-la a entrar no barco.
O sol estava baixando no horizonte, pintado o céu de cor-de-rosa e enviando sombras douradas nas construções elegantes que alinhavam o canal.
— É tão lindo — comentou Anahi.
Era também muito romântico... Estar sentada numa gôndola, ao lado de Alfonso, mas era duvidoso que ele pensasse assim, a reconheceu. Ele não dera indicação de que acreditava que ela fora envolvida na fraude, inocentemente, enquanto trabalhava para Seb. Mas o que importava a opinião dele? — questionou-se. Ela não era desonesta, e quando Christian recuperasse a memória, tudo seria esclarecido. Mas e se Christian nunca se curasse da amnésia? — pensou com ansiedade. Então a verdade nunca seria descoberta, e Alfonso sempre pensaria o pior ao seu respeito.
Ela o olhou, sentindo-se entristecer ao ver a expressão séria no rosto dele. O ar noturno estava fresco, e Alfonso franziu o cenho quando a viu tremer.
— Aqui... Pegue isto. — Ele removeu o paletó e colocou-o ao redor dos ombros dela.
— Obrigada.
O forro de seda do paletó retinha o calor do corpo de Alfonso, lembrando-a com incrível clareza de como havia sido maravilhoso ter aquele corpo quente e nu sobre o seu, enquanto ele a amava. Desesperada para banir os pensamentos traidores, Anahi fechou os olhos. Mas imagens do peito bronzeado, com pelos que roçavam os bicos sensíveis de seus seios continuaram atormentando-a.