Fanfic: Prisioneira do Amor AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance

Onde estava Alfonso? Anahi olhou para o relógio pela centésima vez, e sua tensão escalou quando ela viu que faltavam dez minutos para as 8h. A qualquer momento agora, os convidados começariam a chegar, esperando ser recebidos por seu anfitrião. Em vez disso, seriam recebidos por uma anfitriã cujas habilidades sociais eram inadequadas, pensou Anahi, nervosa diante da perspectiva da noite à frente. Felizmente, Francesco, o mordomo de
Alfonso, era calmo e competente, e a informara de que o staff da casa completara todos os preparativos para a festa.
Saindo de seu quarto, no qual ela nunca dormia durante sua estada no palazzo, mas usava como quarto de vestir, voltou para a suíte máster e ficou aliviada ao ver Alfonso indo do quarto para a sala de estar.
— Aí está você! — O alívio de Anahi foi substituído por raiva quando ela o observou ajustar as abotoaduras, como se tivesse todo tempo do mundo. — Onde você estava? Eu fiquei preocupada.
Ele arqueou as sobrancelhas.
— Eu não sabia que você se importava cara.
— Quero dizer que fiquei preocupada que você não voltasse a tempo para a festa. — Ela ficou em silêncio, intrigada pela atitude dele e pela estranha sensação de que Alfonso estava evitando seu olhar. — Você se atrasou no hospital? Como está Christian?
— Ele está bem. — Talvez percebendo que tinha soado abrupto, Alfonso a olhou.
— Nós conversaremos sobre ele mais tarde.
Ele sorriu então, suavizando o tom de voz:
— Você está incrível, mia bella. O vestido ficou perfeito em você.
Anahi corou, sentindo-se tímida.
— É um lindo vestido. Eu nunca usei nada assim antes.
O vestido longo de seda azul que Anahi descobrira em seu quarto quando tinha ido se arrumar para a festa era deslumbrante; o modelo enganosamente simples valorizava sua figura delgada, e as alças salpicadas de cristais e o cinto estreito ofereciam ao traje um glamour extra. Uma das criadas a ajudara com o cabelo, fazendo-lhe um coque elegante. Sandálias com saltos de sete centímetros lhe davam altura adicional, e quando Anahi estudara seu reflexo no espelho, ficara chocada ao ver sua própria elegância.
— O vestido é da coleção Cassa di Cassari?
— Não. Eu pedi que o estilista Torre Umberto o fizesse especialmente para você. Este será um acessório perfeito para o vestido.
Enquanto se aproximava, Alfonso tirou alguma coisa do bolso. Anahi arfou quando viu que era um colar de diamantes entremeado com safiras quadradas.
— Eu não acho que devo usá-lo. Suponha que eu perca o colar? — disse ela nervosamente. Um arrepio a percorreu ao sentir a respiração quente de Alfonso em sua nuca, quando ele fechou a gargantilha ao redor de seu pescoço.
— É claro que você não vai perder. — Ele a virou para o espelho, de modo que ela visse a joia brilhando contra sua pele.
— Eu sinto como se tivesse entrado nas páginas de um conto de fadas — sussurrou Anahi, olhando para o reflexo da mulher que mal reconhecia como si mesma, e para o homem magnífico atrás dela.
Ele virou-a de frente para si, mas em vez de beijá-la, como ela ansiava que ele fizesse, Alfonso deu um passo atrás e falou:
— Anahi... Nós precisamos conversar.
— Sobre o quê?
Ele praguejou quando alguém bateu à porta e atravessou o quarto para abri-la. Após uma breve conversa com o mordomo, olhou para ela, a frustração por ter sido interrompido revelada na voz tensa.
— Francesco diz que alguns dos convidados chegaram. É melhor descermos para recebê-los.
A mãe adotiva de Anahi tinha o hábito de citar provérbios, e um em particular — O hábito não faz o monge — nunca parecera mais apropriado, pensou ela, mais tarde naquela noite. Graças ao vestido que estava usando, não se sentia
deslocada entre as mulheres glamorosas. Mas logo se tornara aparente que ela não se encaixava no mundo refinado de Alfonso.