Fanfic: Prisioneira do Amor AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance

— Tesoro, realmente acha que eu poderia machucar você algum dia?
Ela meneou a cabeça.
— Não.
Alfonso exalou o ar lentamente.
— Conte-me sobre Katie, cara. Quem é ela?
Na sala silenciosa, o relógio acima da lareira ecoava as batidas dolorosas do coração de Anahi. Ela sentiu como se estivesse na beira de um precipício, mas quando olhou para Alfonso, soube que ele a pegaria se ela caísse que sempre estaria segura com ele.
— Você a está segurando — murmurou ela com voz rouca. — Katie é minha filha.
Mais chocado do que já estivera na vida, Alfonso forçou-se a perguntar calmamente:
— Você tem uma filha? Onde ela está? E quem é o pai? — Olhando para o rosto pálido de Anahi, a verdade o atingiu como um soco no estômago. — É Loxley, não é?
— Ele não quis saber quando eu contei que estava grávida. Eu tinha 17 anos, estava sozinha e apavorada sobre o caso judicial que enfrentava por causa da acusação de fraude. Minha assistente social sugeriu que seria melhor para o bebê ser adotado e... Eu concordei, porque não sabia o que mais fazer.
Anahi fechou os olhos, portanto não viu as emoções conflitantes no semblante de Alfonso: raiva do homem que a ferira tanto e uma compaixão profunda por Anahi, que o fez envolvê-la num abraço apertado.
Ele acariciou-lhe o cabelo, e isso a acalmou.
— O bebê nasceu em cinco de abril — continuou ela, precisando extravasar a dor com a qual convivia por tanto tempo. — Ela era a coisa mais linda. Eu nunca tinha visto nada tão perfeito. Eu a chamei de Katie porque foi o nome mais bonito que pude pensar e levei-a para casa porque eu a amava mais do que qualquer coisa no mundo e queria mantê-la.
Lágrimas escorreram por suas faces.
— Eu morava com Ted e Margaret na época e eles me apoiaram. Mas eu não tinha emprego ou dinheiro. Amava meu lindo bebê, mas sabia que ela precisava de mais do que eu podia dar. O casal que queria adotá-la vinha tentando um bebê há dez anos e estava desesperado para ficar com Katie. Eles prometeram amá-la e dar-lhe a infância feliz e segura que eu não tive. Quando Katie estava com três meses, eu a aninhei e beijei-a uma última vez, dizendo-lhe que nunca, jamais a esqueceria.
As lágrimas caíam em abundância agora, e quando Alfonso a puxou para mais perto, ela agarrou-se a ele e soluçou.