Fanfic: Prisioneira do Amor AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance
Onde ela estava? Frustrado, ele tocou a campainha de novo, mesmo sabendo que era inútil. Estava exausto após passar os últimos três dias e noites no hospital, tirando pequenos cochilos na cadeira ao lado da cama de Christian.
Alfonso esfregou os olhos quando imagens de seu primo preencheram sua cabeça. Christian se tornara um menino sério e sensível depois da morte do pai e passara a adorar Alfonso como um herói. Foi somente durante o pesadelo dos últimos dias, enquanto Christian pairava entre a vida e a morte, que Alfonso reconhecera o quanto gostava do jovem que ajudara a criar.
Não fazia sentido esperar, quando era claro que Anahi Harper não estava em casa, disse a si mesmo. Estava prestes a voltar para a escada quando a porta do apartamento do segundo andar se abriu.
— Oh! — exclamou uma voz. — Eu pensei que você fosse outra pessoa.
Alfonso virou-se, e quando viu a figura parada à entrada da porta, perdeu o fôlego. Experimentou uma estranha sensação, como se todo ar tivesse se esvaído de seu corpo. Uma única vez na vida ele ficara tão abalado por uma mulher, e, na época, era um rapaz impressionável de 22 anos. Agora, tinha 37, muita experiência sexual... E, se fosse honesto, estava cansado de tantos relacionamentos sem significado. Mas, por alguns segundos loucos, sentiu-se como um adolescente no auge dos hormônios.
Alfonso conhecera centenas de mulheres lindas em sua vida, dormira com mais delas do que gostava de pensar, mas esta mulher literalmente lhe tirava o fôlego. Seus olhos foram atraídos para frente do roupão branco, o qual estava levemente aberto, revelando a parte superior dos seios alvos. A percepção de que ela estava provavelmente nua sob o roupão fez seu sangue ferver.
Engolindo em seco, Alfonso estudou-lhe o rosto. O formato oval era perfeito e as feições delicadas pareciam ter sido esculpidas de porcelana fina. As maçãs do rosto salientes lhe davam uma qualidade travessa, que era acentuada pelos lindos olhos verdes. O longo cabelo ruivo estava molhado e contrastava com a pele clara.
Um desejo primitivo o envolveu e um senso inexplicável de posse o fez desejar tomá-la nos braços e reivindicá-la como sua.
— Posso ajudá-lo?
A voz dela era suave, levemente rouca. Alfonso se pegou desejando que o advogado de sua tia tivesse se enganado de endereço e que essa mulher não fosse à namorada de seu primo. A idéia de Christian fazendo amor com ela causou-lhe uma violenta onda de ciúme.
Ele sacudiu-se mentalmente, irritado por sua reação absurda.
— Você é Anahi Harper?
Os olhos verdes se estreitaram.
— Quem quer saber?
— Meu nome é Alfonso Cassari. Eu soube que meu primo Christian está morando com você.
— Primo! — Ela parecia genuinamente chocada. — Christian me disse que era sozinho e não tinha família.
Então ele tinha o endereço certo e a mulher certa. Quando se aproximou um pouco, ela recuou para trás da porta aberta e o fitou com desconfiança.
— Eu não sabia que Christian tinha parentes. Você tem alguma prova de que é primo dele?
Irritado pelo tom desconfiado, Alfonso tirou seu celular do bolso e acessou uma fotografia guardada na memória do telefone.
— Esta é uma foto minha com Christian e a mãe dele, tirada seis meses atrás, quando nós fomos à inauguração da nova loja de Cassa di Cassari, em Milão — explicou ele, entregando-lhe o telefone.
Ela olhou para a tela por diversos momentos.
— É definitivamente Christian, embora eu nunca o tenha visto usando um terno antes — murmurou ela. — Mas... Isso não faz sentido. Não entendo por que ele nunca mencionou a família.
Alfonso não achou estranho que seu primo mantivesse segredo dos detalhes de sua vida particular. Os Cassari eram uma das famílias mais ricas da Itália e atraíam enorme atenção da mídia. Alfonso era perseguido por paparazzi desde que era adolescente. Aprendera a escolher os amigos cuidadosamente e ensinara seu primo a fazer o mesmo. Todavia, se a informação sobre Anahi Harper ter uma ficha criminal fosse verdade, então talvez Christian não tivesse sido cauteloso o bastante, pensou.
A expressão confusa no rosto de Anahi Harper era surpreendentemente convincente.
Havia uma loja de departamento Cassa di Cassari na Rua Oxford que vendia roupas de cama maravilhosas, porém caríssimas, e outros artigos para casa. Anahi prometera a si mesma que, se um dia ganhasse na loteria, compraria exclusivamente na Cassa di Cassari.
— Nunca tinha me ocorrido que Christian tem o mesmo nome... Cassari. Suponho que seja apenas uma coincidência. — Ela olhou para a foto da inauguração da loja novamente e franziu o cenho. — Quero dizer... Christian não pode ter qualquer conexão com o nome da marca mundialmente famosa... Pode?
Era possível que ela realmente não soubesse sobre a identidade de Christian? Alfonso achava difícil acreditar nisso.
— Nosso bisavô fundou a Cassa di Cassari logo após a Primeira Guerra Mundial. Depois que nossos pais foram mortos num acidente, eu herdei 70 por cento das ações da companhia. Christian tem 30 por cento.
Os olhos de Alfonso se estreitaram quando Anahi Harper arfou. Ou ela realmente não soubera da extensão da riqueza de seu primo, ou era uma boa atriz. Talvez ela quisesse ter “pego emprestado” mais dinheiro de Christian, ele pensou ceticamente. Mas como ela tinha posto as mãos na herança de Christian não era o importante agora. Ele simplesmente gostaria de levá-la para a Itália o mais rápido possível. Haveria tempo para perguntas, uma vez que o primo dele tinha recuperado a consciência.
Ela devolveu-lhe o celular.
— Eu não entendo o que está acontecendo ou por que Christian mentiu para mim, mas ele não está aqui. Saiu alguns dias atrás, sem dizer para onde ia, e não tenho idéia de onde ele está. Lamento, mas não posso ajudá-lo.
Ela começou a fechar a porta, mas
Alfonso pôs o pé no vão para impedir.
— Ele está no hospital, lutando pela vida.
Anahi congelou. Sua raiva e incompreensão por Christian não ter sido honesto desapareceram diante da notícia horrível. Ela estava chocada em saber que ele tinha uma família e que estava conectado à marca italiana de luxo Cassa di Cassari. A história toda era inacreditável, e se não fosse pelo foto no telefone de Alfonso Cassari, Anahi teria assumido que aquele era um caso de confusão de identidade. Mas a notícia de que Christian estava no hospital era ainda mais chocante.
— Por quê? Quero dizer, ele está doente? — Ela se sentiu culpada por não ter reportado o desaparecimento de Christian.
— Ele sofreu um acidente de carro. Teve um ferimento sério na cabeça e está inconsciente há três dias.
Alfonso Cassari falava numa voz controlada, mas quando Anahi estudou-o melhor, viu linhas de estresse ao redor dos olhos dele.
Ela sentiu-se mal ao visualizar Christian da última vez que o vira, na noite antes que ele desaparecera. Ela fizera o jantar... Apenas omeletes, o que era tudo que suas habilidades culinárias permitiam... E ele elogiara o prato, e depois a ajudava a lavar a louça. Ela ficara surpresa que ele se fora no dia seguinte, mas imaginou que Christian estava acostumado a viver sozinho, assim como ela, e não pensara em avisá-la de que viajaria.
A voz de Alfonso Cassari interrompeu seus pensamentos.
— Eu vim lhe pedir que você o visite no hospital. Quanto mais tempo ele permanecer inconsciente, maiores são os riscos de desenvolver danos cerebrais permanentes.
— Ele está tão machucado assim? — Uma lembrança de ver Daniel na UTI depois que ele tinha sido derrubado da bicicleta por um carro em velocidade, veio à mente de Anahi. Ele parecera tão pacífico, como se estivesse dormindo, mas a enfermeira dissera que Daniel só estava sendo mantido vivo pela máquina que respirava por ele, e que não mostrava sinais de atividade cerebral. Anahi entendera que Daniel estava muito doente, mas não esperara que ele morresse. Ele tinha somente 16 anos. Mesmo oito anos depois, pensar naquilo lhe causava um nó na garganta.
Christian poderia morrer? O pensamento era terrível para contemplar, mas pela fisionomia séria do primo dele, esta era claramente uma possibilidade.
— É claro que eu o visitarei. — Anahi não sabia por que Christian lhe dissera que era pobre e sozinho no mundo, mas o mistério do por que da mentira não era importante quando a vida dele estava em risco.
Ela olhou para o homem que dizia ser primo de Christian e viu uma pequena semelhança entre os dois homens. Ambos tinham pele cor de oliva e cabelo quase preto. Mas, diferentemente dos cachos desalinhados de Christian, o cabelo de Alfonso Cassari era liso e curto, revelando a estrutura óssea esculpida de suas feições. E, enquanto Christian podia ser atraente de um jeito infantil, com seus olhos comoventes e sorriso gentil, o primo mais velho era o homem mais letalmente sexy que Anahi já vira.
O rosto dele era maravilhoso, com linhas duras e angulares, com olhos cor de ébano abaixo de sobrancelhas grossas. O queixo era quadrado, e a boca séria, entretanto, os lábios eram muito sensuais. Anahi não pôde evitar imaginar qual seria a sensação de ser beijada por ele.
Seus pensamentos foram tão inesperados que ela quase arfou. Seu olhar foi atraído para o dele, e Anahi viu alguma coisa brilhar naquelas profundezas escuras que inundou seu corpo de calor. Abalada, desviou o olhar e respirou fundo.
— É claro que eu vou ao hospital — repetiu ela. — Só vou vestir uma roupa.
Ao falar aquilo, Anahi tornou-se consciente de que estava nua sob o roupão. Enrijeceu quando Alfonso Cassari a olhou com intensidade. Ele parecia estar despindo-a mentalmente, e ela uniu mais as lapelas do roupão, esperando que ele não adivinhasse como seu coração estava disparado.
O brilho nos olhos escuros lhe disse que ele sabia do efeito que causava sobre ela. Anahi perguntou-se por que estava se comportando de maneira tão estranha. Trabalhava num ambiente masculino e era considerada “um dos rapazes” por sua equipe. Uma única vez na vida, havia sentido atração sexual por um homem, e a experiência a deixara com cicatrizes emocionais que nunca tinham se curado completamente. Desde então, ela estava muito ocupada com seu trabalho para ter tempo para relacionamentos... E com muito medo, admitiu. Não respondia a homens num nível sexual, e estava chocada por sua reação a esse estranho.
Alfonso Cassari não era um estranho; era primo de Christian e era ainda mais vergonhoso estar tendo pensamentos inapropriados sobre ele, quando Christian encontrava-se numa condição crítica. Respirando fundo, ela abriu mais a porta para permitir que ele entrasse em seu apartamento.
— Você quer entrar e esperar? Eu levarei apenas um minuto para me arrumar.
— Obrigado. — Ele entrou e, instantaneamente, pareceu dominar o hall estreito. Alfonso devia ter bem mais de 1,80m O fato de que estava vestido inteiramente de preto — jeans, camiseta e jaqueta de couro — acentuavam-lhe a altura e o físico poderoso. Anahi sentiu o aroma almiscarado da colônia pós- barba, e seus mamilos enrijeceram contra o roupão atoalhado.
Apavorada por parecer incapaz de controlar sua própria reação a ele, ela o conduziu para a sala de estar.
— Espere aqui. Eu não vou me demorar.
— Enquanto você se arruma, eu ligarei para o hospital e perguntarei sobre a condição atual de Christian. Espero que seu passaporte tenha validade.
Já saindo da sala, Anahi virou-se e o olhou em confusão.
— Por que eu preciso de um passaporte para visitar um hospital? Onde está Christian, a propósito? O Royal Free Hospital é o mais perto daqui. — Ela hesitou. — Mas onde foi o acidente?
Alfonso tinha atravessado a sala de estar espaçosa para parar perto da janela. Olhando ao redor, ficou impressionado com a excelente qualidade da decoração e móveis, o que reforçou sua opinião de que Anahi Harper devia ter uma carreira lucrativa para possuir um apartamento tão sofisticado.
— O acidente aconteceu na Itália — respondeu ele sem rodeios. — Na auto-estrada entre o aeroporto e Veneza. Presumo que Christian estava voltando para casa, mas nunca conseguiu chegar. Ele está num hospital em Mestre, que fica ao norte de Veneza.
O celular emitiu um som, e ele olhou para a tela.
— Recebi uma mensagem que diz que meu avião já foi abastecido. Você pode estar pronta para irmos ao aeroporto em cinco minutos?
Autor(a): Mika
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— Aeroporto! — Quando Anahi absorveu o significado das palavras de Alfonso Cassari, balançou a cabeça. — Eu não posso ir para Veneza! Num minuto, ela acordaria e descobriria que estava tendo um sonho louco, pensou atordoada. Talvez os seis expressos que tomara durante o dia, em vez de almoçar propriamente, estivessem lhe causando ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 29
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queren_fortunato Postado em 03/01/2016 - 17:15:24
Chorei com o final que lindoooo
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franmarmentini♥♥ Postado em 13/07/2015 - 14:04:06
Foi linda demais essa fic*
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franmarmentini♥♥ Postado em 12/07/2015 - 20:19:56
*.*
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franmarmentini♥♥ Postado em 28/06/2015 - 22:38:41
Vou começar a ler....
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debaya Postado em 08/06/2015 - 02:35:10
Gatitaaaaaa! Q linda, q perfeita! Fofa demaaaais!!!!! Amei o final, Any e Poncho tão felizes! Parabéns!!!
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☆lenyponny☆ Postado em 07/06/2015 - 08:18:03
ola amei sua fac muitoooooooo boaaaaaaaaaaaaa perfeitaaaaaaaaaaa *-* *-* pena q eu cheguei no final nao acompanhar ela toda. Mas irei acompanhar a nova chhorei q a Anahi contou sobre Katie pro Alfonso :`( :`( parabens fac perfeitaaaaaaaaaa s2 *-*
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maryangel Postado em 07/06/2015 - 01:50:16
LINDOOO, ameiii a declaração do POncho, vou sentir saudades da fic. Eu imagino o Poncho todo nervoso com o nascimento do Daniel kkkkk
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maryangel Postado em 05/06/2015 - 19:29:38
AAnw lindo o casamento. O poncho arrasou na escolha dos arranjos e fato de ter convidado os amigos da Any. Espero que a Any conte logo tudo o ocorreu com ela ,assim como o Poncho contou para ela, eu tenho certeza que ele não vai recrimina-la.Continuaa
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debaya Postado em 05/06/2015 - 04:47:16
Agora é a vez da Any contar né?! Por favor q seja pq eu tô me mordendo de curiosidade pra saber o restante da história dela...achei tão lindo o Alfonso contar tudo pra ela, confiar...tão perfeito! Posta mais please
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bedlens Postado em 04/06/2015 - 21:51:07
POSTE MAAAAAIS <3