Fanfic: Prisioneira do Amor AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance

Talvez fosse a riqueza que o diferenciasse das pessoas comuns e lhe desse um ar de sofisticação. Quantas pessoas ela conhecera que possuía o próprio avião? Durante o vôo, o jantar tinha sido maravilhoso... O tipo de refeição que ela imaginava que seria esperado num restaurante cinco estrelas. Anahi sentia como se tivesse entrado num mundo diferente, ao qual não pertencia, mas onde Alfonso sentia-se totalmente à vontade.
Agora, enquanto eles atravessavam o foyer do aeroporto, ela tornou-se cônscia que seu jeans estava surrado e que sua camiseta, que encolhera na máquina de lavar, revelava uma faixa da barriga quando ela se movia. Em contraste, Alfonso parecia ter saído de uma revista, com seu traje de grife e aparência impecável, e Anahi notou os olhares interessados que ele atraía de todas as mulheres que passavam.
Ele estava falando ao telefone, o que fizera na maior parte da viagem, e, embora Alfonso falasse em italiano, ela supunha, pelo semblante desgostoso, que ele não estava feliz. Medo a assolou ao imaginar que a condição de Christian pudesse ter piorado. Por favor, Deus, não permita que ele morra, rezou silenciosamente. Vinte e dois anos era uma idade muito jovem para alguém deixar este mundo... Especialmente alguém tão doce como Christian. Eles haviam se tornado bons amigos, mas ela ainda estava zonza com a descoberta de que ele era rico e parente deste homem formidável que agora parava diante das portas do aeroporto.
— Você estava falando com alguém no hospital? Aconteceu alguma coisa com Christian? — perguntou ela, ansiosamente.
— Não houve mudança — replicou Alfonso.
A preocupação na voz de Anahi era sincera ou ela era simplesmente adepta a enganar pessoas? Perguntou-se Alfonso. Durante o vôo, ele tentara pensar sobre ela de forma objetiva, levando em conta que Anahi tinha uma ficha criminal e pedira emprestado ou roubara uma fortuna de seu primo. Mas para sua intensa irritação, descobrira-se distraído por sua atração física por ela e pegara- se admirando aquele cabelo ruivo, que o lembrava da cor das folhas de outono: um glorioso misto de vermelho, cor de cobre e dourado, cascateando pelas costas como seda pura.
Notara como o jeans surrado enfatizava a figura delgada e como a camiseta se aderia aos seios pequenos. Com uma mochila sobre um ombro e um violão pendurado do outro, ela parecia estar indo para um show de rock, em vez de para um hospital. As roupas de Anahi eram totalmente inapropriadas, e era óbvio que ela não estava usando sutiã, apesar de ter seios firmes o bastante para não precisar de um.
Tentando ignorar a pulsação em seu sexo, Alfonso disse:
— Acabei de ser informado, pela minha equipe de segurança, de que a imprensa soube do acidente. Os paparazzi estão em volta do hospital e devem ter descoberto que meu avião acabou de aterrissar, porque há uma multidão de repórteres esperando do lado de fora do aeroporto. Fique perto de mim, para que ninguém a moleste. Meu carro está vindo nos apanhar, e Fico meu guarda-costas, vai abrir caminho para nós.
— Você tem um guarda-costas?
Ele deu de ombros.
— Eu posso cuidar de mim mesmo, mas é sensato tomar precauções. Sou famoso na Itália, e houve algumas tentativas de seqüestro no passado. Muitos criminosos adorariam exigir um resgate de bilhões — disse Alfonso.
Ele não parecia muito preocupado, e, sim, divertido, principalmente quando Anahi não conseguiu disfarçar o choque diante da revelação que ele era bilionário.
— É incrível o que algumas pessoas fazem por dinheiro — murmurou ele sardonicamente.
Estava escuro do lado de fora, mas através das portas de vidro, Anahi podia ver uma multidão de figuras sombreadas se movendo.
— Deixe-me levar sua mochila — ordenou Alfonso, erguendo-a do ombro dela. Pareceu surpreso ao perceber como estava leve. — Não pode haver muita coisa aqui. Eu lhe disse para trazer roupas para alguns dias, caso Christian não responda imediatamente a sua voz.
Nossa, ele era mandão! Anahi levantou o queixo.
— Eu trouxe tudo que tenho que não estava coberto de tinta. Não possuo muitas roupas.
— Ou alguma que lhe sirva propriamente — observou ele, os olhos escuros percorrendo sua camiseta pequena demais.
Para seu horror, Anahi sentiu seus mamilos enrijecerem e sabia que estavam claramente visíveis sob o tecido colado aos seios. Desejou que tivesse procurado melhor um dos poucos sutiãs que possuía que tinha desaparecido da gaveta de lingerie. Raramente usava sutiãs, porque se sentia mais confortável sem eles, mas não contara com a reação embaraçosa de seu corpo a Alfonso. Anahi o olhou, e seu coração bombeou freneticamente quando ela viu o inconfundível brilho de desejo nos olhos pretos.
Isso não podia estar acontecendo, pensou. Poucas horas atrás, o dia havia sido comum, até que um estranho maravilhoso aparecera a sua porta. Agora, ela fora levada para a Itália num avião particular para visitar Christian, que não era o migrante sem lar que a levara a acreditar, mas um membro da bilionária família Cassari. Ainda mais estranho era o jeito que ela reagia ao primo de Christian. Desde que namorara Sebastian Loxley, não se sentia perturbada por um homem. A memória de seu único caso amoroso breve... Embora “caso amoroso” não fosse o termo correto, porque Seb nunca a amara... Serviu como um lembrete do motivo pelo qual ela precisava ignorar sua atração por Alfonso.
Ele a estava fitando com uma expressão velada, antes que a porta atrás dele se abrisse e Alfonso voltasse sua atenção para o musculoso que apareceu.
O homem falou em italiano. Alfonso respondeu na mesma língua, então olhou para Anahi.
— O carro está do lado de fora. Vamos.
Para o choque de Anahi, ele segurou- lhe o braço e puxou-a para seu lado, e o aroma almiscarado da colônia pós- barba inundou os sentidos de Anahi. Mas então ele abriu a porta, e ela foi cegada por uma explosão de flashes brilhantes.
Apesar dos esforços do guarda- costas, os repórteres os cercaram como um bando de lobos, e uma cacofonia de vozes, gritando palavras que ela não entendia, bombardeou seus ouvidos. Pareceu levar um século até que eles chegassem à limusine preta, que esperava com o motor ligado.