Fátima e William voltavam para casa depois de um dia normal de trabalho. O trânsito estava pesado e por isso ela resolveu ligar para os filhos avisando que chegariam um pouco mais tarde.
-Alô, Bia?
-Oi, mãe.
-Oi, meu amor. Tudo bem? Já jantaram?
-Uhum, jantamos sim.
-Ótimo. Estou ligando para avisar que vamos chegar mais tarde hoje, filha. O trânsito está muito caótico.
-Tudo bem, mãe.
-Cadê seus irmãos?
-O Vinicius está no telefone com o Gui e a Laura está terminando o trabalho de Química.
-Hum. Avisa aos dois que em no máximo 1h é para vocês se prepararem para dormir. Talvez cheguemos a tempo de dar um beijo em vocês.
-Ok, mãe.
-Certo. Um beijo, filha.
-Espera, mãe...
-Fala...
-Podemos marcar de ir para casa do Gui amanhã cedo? Queríamos ficar na piscina e talvez a tia Flavia nos leve na praia.
-Certo. Mas a gente conversa melhor depois, tá?
-Tudo bem.
-Te amo, meu bem.
-Te amo também, mãe.
Os dois continuaram conversando enquanto o trânsito não fluía. Bem baixinho, no som, tocava um cd de Lulu Santos.
-Temos que conversar com as crianças. Contar da minha saída do JN.
-Verdade.
-Será que elas vão gostar da ideia?
-Ué, claro que vão.
-Hum. Mas a gente sabe o que vai acontecer assim que essa informação vazar, não é?
-Milhares de sites e revistas de fofocas especularão nossa separação.
-Exatamente.
-Que já não nos aguentávamos mais na bancada, que brigávamos nos bastidores e que nem dormíamos em quartos separados.
-Nossa, não sei de onde eles tiram tanta asneira.
-Mas não se preocupe com as crianças em relação a isso. Eles já são bem grandinhos e entendem que isso não passa de fofocas baratas. - diz pegando na mão de Fátima.
-Bom, como hoje já está tarde, contamos amanhã no café?
-Acho que seria ótimo. Como amanhã é sábado e eles não acordam tão cedo, teremos adolescentes normais em casa e não zumbis. - diz rindo.
O sábado amanheceu ensolarado e logo cedo a temperatura já estava nas alturas. William terminava de abrir as cortinas enquanto Fátima colocava um hobby por cima da camisola.
-Nossa, que sol! Ainda são realmente 8h da manhã?
-8h e 15 minutos para ser mais preciso. - responde William.
-Uau. Hoje o dia promete ser bem quente.
-Sabe com cara de quê esse dia está? - pergunta ele.
-Não, de quê?
-De praia.
-Hum...Aquela água geladinha do mar. Ai que delícia!
-Mas aí eu lembro das minhas últimas fotos na praia divulgadas e fico em casa mesmo.
-Ah,meu amor, você estava super charmoso com aquela sunga laranja. - diz rindo por que sabia que William detestava aquelas fotos.
-Acordou engraçadinha, não é? - diz rindo também.
-É sério. Eu lembro que eu fiquei te olhando naquele dia. William, você estava...- diz chegando perto dele.
-O quê?
-Digamos, estava...
-Diz. - chega mais perto dela com um sorriso no rosto.
-Estava muito gos...
No exato momento que Fátima ia completar a frase Vinicius bateu na porta do quarto.
-Posso entrar?
-Pode filho. - respondeu Fátima.
-Mãe, a gente pode ir para casa do Gui?
-Minha mãe santíssima, calma. O Gui deve ter acabado de acordar, assim como vocês.
-Então vamos logo tomar café? Vocês estão demorando.
-Já estamos indo, Vini. - diz William.
-Tá. - diz Vinicius um pouco bravo enquanto fechava a porta.
-Você viu isso? Seu filho batendo a porta.
-O meu filho? -diz William rindo enquanto puxava Fátima para perto novamente. - Deixa, já já ele desfaz essa cara feia. Agora eu quero que você me diga como é que eu estava naquele dia na praia.
-Vamos deixar para depois, as crianças estão esperando.
-É sério isso?
-É. A gente precisa ter aquela conversa com elas. Vamos...
-Ok. Mas continuaremos essa conversa depois.
-Tudo bem. - diz ela dando dois selinhos nele.
Os dois desceram e encontraram os filhos no sofá da sala. Os três mexiam nos celulares.
-Bom dia, meus amores. - disse Fátima alegremente.
-Bom dia. - responderam os trigêmeos de maneira desanimada.
-Gente, hoje é sábado, não tem aula, o dia está lindo lá fora e vocês com essas caras? Qual o problema? - pergunta William.
-Vocês. - responde Laura.
-Fá, eu acho que a Laura merece uma chance de se explicar, não é? Como assim, nós somos o problema?
-A gente tinha combinado com vocês que iríamos cedo hoje para casa do Gui e até agora vocês estavam enrolando lá no quarto.
-Ei, calma mocinha. Vocês vão ter o fim de semana todo.
-Vamos só tomar café gente. - fala Beatriz.
-Vamos, mas primeiro eu e seu pai temos um assunto para falar com vocês.
-Se for sobre a bagunça no microondas eu já vou logo avisando que não fui eu. A Laura que inventou de fazer um bolo de caneca ontem à noite. - Fala Vinicius.
-Então por isso aquele cheiro de ovo. Bom, mas não era isso. Laura, você sabe o que tem que fazer depois do café, não é.
-Valeu, banana. -fala Laura baixinho para Vinicius.
-Quem mandou não saber fazer nem gelo?! Boboca.
-Ei, eu estou ouvindo isso e não estou gostando. Que forma de tratamento é essa? - diz Fátima de forma firme. - Vocês estão impossíveis hoje.
-Gente, eu estou com fome. - fala novamente Beatriz.
-Acho que podemos ir para mesa e conversarmos durante o café, não é amor? - sugere William.
-É, pode ser.
Os trigêmeos foram na frente e o casal foi logo atrás conversando quase que por leitura labial.
-O que foi isso logo de manhã? -diz Fátima baixinho.
-Eles só estão querendo sair logo.
-Era só o que me faltava. 3 adolescentes irritadiços sábado de manhã.
A família já estava reunida em torno da mesa quando Fátima começou a falar.
-Então...Eu tenho uma novidade para contar para vocês.
-Fala logo, mãe. Quanto suspense. - diz Laura.
-Ok. Vocês hoje estão muito impacientes, mas eu vou relevar isso. Bom, a novidade é que eu vou sair do JN.
-A senhora e o pai vão mudar de jornal? - pergunta Vinicius surpreso.
-Não, filho. Só sua mãe. A novidade é só dela.
-Mas qual o motivo? -indaga Laura.
-Ai, já sei...Vai voltar para o fantástico mãe? -diz Beatriz.
-Não é nada disso. Eu não vou simplesmente sair do jornal, eu vou sair do jornalismo da globo.
-Vai mudar de emissora? - pergunta Vinicius.
-Não. Eu vou continuar na globo, mas vou ter um programa de entretenimento só meu provavelmente nas manhãs.
-Sério, mãe? Nossa, que loucura. - Diz Laura.
-Eu espero que esse "que loucura" tenha sido similar a um "nossa, mãe, que legal".
-É isso, que legal. - explica Laura.
-Vai ser bom ficar mais em casa com vocês.
-O que você achou disso,pai. -pergunta Beatriz.
-Eu confesso que não gostei muito da ideia no início, mas agora eu estou muito feliz por que a mãe de vocês está muito feliz. - diz sorrindo para Fátima que lhe joga um beijo no ar.
-Tem outra coisa que nós queríamos falar também. Vocês sabem que volta e meia surgem capas de revistas com boatos de que eu o pai de vocês estamos brigados ou algo do tipo, não é?
-Mãe, nem precisa continuar...Nós sabemos que com essa novidade tudo isso vai se intensificar, mas que nada disso é verdade. -fala Vinicius.
-Até porque se essas bobeiras fossem verdades nós que moramos aqui seríamos os primeiros a saberem. - completa Laura.
-Nossa, quando vocês cresceram e ficaram tão sensatos assim? -brinca Fátima.
-Mãe, agora que já sabemos da novidade e já tomamos café...
-Vão. Mas se forem mesmo para praia peçam para Flavinha passar aqui antes.
-Certo.
-E Laura, limpa a bagunça que você fez antes de ir.
-Mãe, não pode ser depois?
-Porque eles sempre querem deixar para depois? - pergunta para William.
-Acho que devemos usar esse argumento quando chegar a data da mesada. - brinca William.
-Ok, já estou indo limpar. - diz levantando-se da mesa.
-Te esperamos lá no jardim, Laura. - avisa Beatriz.
-Estão levando protetor e pós-sol?
-Sim.
-Toalha?
-Sim, mãe. Não se preocupa, pegamos tudo.
Os trigêmeos logo saíram, deixando William e Fátima sozinhos em casa. Fátima voltou para o quarto, tomou um banho, colocou uma roupa fresca e desceu novamente para sala, onde encontrou William lendo o jornal. Ela sentou-se ao lado dele e colocou suas pernas em seu colo. Sem tirar os olhos do jornal ele fazia carinho nas pernas dela.
-William, se eu morresse, quanto tempo você esperaria para ter outra pessoa?
-Como assim, Fá?
-É, sei lá...Se o avião que eu estava caísse e eu morresse. Quanto tempo você esperaria para ter outra namorada?
-Que conversa é essa? Isso é por causa da nossa viagem semana que vem para SP? Você quer ir de carro? - diz deixando o jornal de lado.
-Não é isso. Só me responde...
-Meu amor, eu não sei o que te dizer. Se algum dia acontecesse alguma coisa com você, eu, eu... Fá, qual a razão dessa conversa. Aconteceu alguma coisa? Você está bem?
-Eu estou, meu amor. Fica tranquilo.
-Ok, eu vou acreditar que essa foi só uma conversa sem sentido. - diz pegando novamente o jornal.
-1 ano. - diz Fátima.
-O quê?
-Acho que 1 ano é um bom tempo. Seria desrespeitoso você ter alguém antes. Eu esperaria no mínimo 1 ano.
-Fátima, é sério...Vamos mudar de assunto.
-William, nunca falamos sobre isso. Nunca dissemos um para o outro o que fazer se...
-Nunca conversamos sobre isso porque não é uma coisa agradável de se fazer. E eu nem vejo motivo, meu bem.
-Só me promete que se algo acontecer...
-1 ano. Tudo bem, eu entendi.
O silêncio impera mais uma vez e William volta a ler o jornal. Mas Fátima insiste na conversa.
-Quantos anos ela teria?
-Você não desiste.
-Vai, diz...
-Mas eu não tenho a mínima ideia.
-Ok. Não menos que 45. 40 se ela for muito legal.
-Eu não estou acreditando nisso. - diz rindo.
-E quem você namoraria?
-Meu Deus, você tem uma lista?
-Não é bem uma lista...
-Ahh, restrições.
-Exatamente.
-Com quem eu não poderia namorar?
-Certo. Lorrane Dutra, Júlia Martran,Talita Lopes e a Dr. Luisa.
-Mas a Dr. é tão legal. - diz provocando Fátima.
-Você quer que eu explique o porque não da Dr.?
-Não precisa. Prometo que até mudo de médica. -diz rindo.
-Você acha que as crianças vão gostar mais dela do que de mim?
-Meu amor, se eu que vou namorar com essa tal pessoa já nem gosto dela... - diz olhando nos olhos de Fátima que simplesmente não esconde o sorriso apaixonado.
-Mais alguma coisa? - pergunta ele.
-Eu acho que não.
-Ótimo. Porque agora a senhora vai me falar como eu estava naquele dia na praia.
-Ah,você ainda não esqueceu isso?
-Não mesmo. - diz William beijando o pescoço dela.
-Então acho melhor a gente conversar isso lá no quarto. - diz beijando-o.
Os dois subiram as escadas já aos beijos e amassos. A blusa de Fátima foi a primeira peça a ser deixada para trás, logo na porta do quarto. William a levantou encaixando-a na sua cintura enquanto ele sugava os seios dela e dava leve mordiscadas que a deixavam cada vez mais excitada. Quando ele deixou que o corpo dela caísse na cama aproveitou para se livrar da própria camisa e shorts. Logo o peso do seu corpo já estava em cima de Fátima. Ela acariciava as costas dele e mordia a ponta de sua orelha enquanto ele colocava a mão dentro de sua calcinha, fazendo-a levantar o quadril. As mãos de William logo se livraram da saia e da calcinha de Fátima e com o caminho totalmente livre ele apertava e fazia carinho nas coxas dela. Ele ainda estava de cueca quando Fátima ficou por cima. Como ela era linda, pensava William.
-Eu ainda não te falei como você estava naquele dia de sunga...
-Não, você ainda não me falou.
-Você quer que eu diga? diz beijando o tórax dele.
-Uhum.
-Você estava...- aproxima-se do ouvido dele. - Gostoso. - diz sussurrando.
William aproveitou a proximidade dos rostos e beijou Fátima ardentemente, rapidamente, com fogo e desejo. A mão dela fez com que a cueca dele descesse um pouco em suas pernas e logo depois ele já estava dentro Fátima. Ele brincava com os seios dela enquanto aumentava o ritmo e a fazia gemer de prazer. Não demorou muito ele também alcançou o clímax.
Fátima estava deitada com as costas virada para William e ele a abraçava levemente por trás. Mesmo pensando que ela havia adormecido ele resolveu voltar no assunto que eles haviam conversado mais cedo.
-Eu não saberia viver sem você e por isso acho que eu não saberia viver com outra pessoa. Só você é e sempre será a mulher da minha vida! - disse baixinho.
Ele não viu, mas Fátima sorriu ao ouvir a declaração e o respondeu também baixinho com um apaixonado "eu te amo".