Fanfic: •Pensando em Você 1.0 - Espirais ♥

Cap. 28 – “Se nada tem um fim, quem é que fez o não?” (Espirais – Marjorie Estiano)

Fui andando até encontrar um quarto semi-aberto.

- De quem é esse quarto? – eu perguntei cochichando, não queria que ninguém me encontrasse ali naquele momento

- Shiu! Entra!

Entrei e a dona Marianna fechou a porta. Ouvi o barulho de chuveiro e fui para janela esperar a pessoa sair do banho.

- Desculpa? – era ele, o Poncho.

Me vire lentamente até encontrar o olhar dele.

- Dulce?! – perguntou espantado – É você mesmo? Por que se for de novo o seu fantasma... Nem queira vir! Hoje é o meu casamento! – disse com raiva, e eu estava estática, não tinha vontade de me mexer, só queria o ver – Ei! – veio para perto de mim

- É você mesmo! Seu cabelo está com a cor natural... – disse mexendo os meus cabelos – Está sem maquiagem... – tocou em meu rosto, que me fez suspirar – Dulce...

- Poncho... meu amor. – umas lágrimas caiam pelo meu rosto, mas eram de felicidade por tê-lo o encontrado novamente

- Dulce... – passou os dedos em meus lábios, me fazendo fechar os olhos

- Eu te amo tanto... – sussurrei quando percebi nossas respirações juntas

Em um movimento ele me beijou. Era um beijo calmo, mas mostrou todo o nosso amor - sim ele ainda me ama – era o mesmo tempo pacífico era desesperador.

Nos separamos por falta de ar, pois não queríamos perder um segundo se quer sem aquele nosso beijo.

- Eu te amo tanto...

- Eu senti tanta a sua falta. – disse em um tom amargo

- Não foi por meu querer. – eu abri os meus olhos para ver cada feição que tinha mudado naquele rosto, estava mais duro

- Então... – saiu de perto de mim - foi o Christopher que quis fugir e te levou assim. – estalou os dedos

- Não! – o vi passar as mãos entre os cabelos – Não tire conclusões precipitadas

- Eu não tirei agora, eu já tinha tirado. – veio para perto de mim – Por que você fez isso?

- Não foi eu! – me abraçou novamente

- Eu sou um tolo! – disse cheirando o meu pescoço – Você lá com o Christopher e eu querendo somente ficar perto de você.

- Não aconteceu nada comigo e o Christopher. – eu disse mole pelos carinhos dele

- Não? – disse com a voz rouca no meu ouvido – Eu não acredito.

- Poncho, meu amor...

- Não ouse me chamar disso! – me repreendeu passando as mãos sobre a lateral do meu corpo

- Por quê? – eu disse mais envolvida o possível pelas carícias

- Porque você me traiu. – disse tocando seus lábios no meu – Porque você me usou, me fez acreditar no que não havia sentido.

- Ei! – o empurrei de leve – Como você pode dizer isso?

- Estou apenas falando a verdade. – disse me empurrando para o local mais próximo que poderia servir como apoio – Você me dizia que me amava e seria para sempre... – me olhou – Mas na primeira oportunidade você foge com o seu amante!

- Eu sempre te amei e ainda te amo, e vou te amar. – eu disse pegando o rosto dele para que me olhasse nos olhos

- Por que eu tento acreditar, mas não consigo? – me perguntou tirando a minha franja que já não mais uma franja do meu rosto

- Porque tem uma venda nos seus olhos, que se chama Anahi! – eu disse com raiva

- Não fale da Annie! – disse com raiva também

- Por quê?

- Porque ela que me deu apoio quando vocês fugiram! Porque ela sofreu comigo a dor da traição! – disse jogando isso tudo na minha cara, mesmo estando colados na parede

- Ela nos seqüestrou! Ela é um monstro! – eu disse com repugnância dela

- Pare de bobeira!

- É verdade!

- Eu quero provas! – disse me desafiando

- Isso eu não tenho... – olhei para baixo e ele deu uma gargalhada forçada

- Faça me rir! Porque sofrer já me fez demais! – disse mudando a fisionomia

- Por que você vai casar com a Anahi?

- Porque diferente de você ela me ama de verdade! E...

- Mentira!

- ...porque eu a amo – completou sua frase

- Nem como amiga aquela... – respirei fundo – pode ganhar amor, Poncho.

- Mas não é amor de amiga e sim de mulher.

- Vo... Você está falando mentira! – soltei lágrimas

- Não estou não! – disse me pressionando mais na parede

- Você não me ama mais? – perguntei como se fosse aquela pergunta para me salvar, de certa forma era

- Não. – disse e se afastou

Fim