Fanfic: •Pensando em Você 1.0 - Espirais ♥

Cap.6 – Contratempos são como facas, que nos servem ou nos cortam, conforme as pegamos, pelo cabo ou pela lâmina. (Herman Melville)`

Chegamos na casa e fomos direto para sala que havia a televisão.

A coletiva do grupo RBD e do produtor Pedro Damián será as quatro da tarde. Pois todos estão abalados e esperando notícias.’

- Ai, meu Deus! Eu quero sair daqui! – eu falei colocando a mão na minha cabeça

- Calma, Dul. Nós vamos sair daqui! – ele falou com tanta convicção que eu reuni esperança no meu coração

Olhei para o relógio e marcava duas e quarenta e cinco.

- Bom Ucker, vamos comer essa comida que eu trouxe do avião.

Comemos enquanto nós esperávamos a coletiva pela televisão. Em todos os programas falavam sobre a gente. Até que um repórter anunciou que todos haviam chegado e que já começaria.

- Poncho, por que os dois estavam sozinhos e não com o grupo? – um repórter falou com malícia’

Quando eu ouvi aquilo... Eles queriam saber onde estávamos ou se a gente estava tendo um caso? Não acreditei.

- Será que vocês não percebem?! – Poncho tomou a palavra – A minha esposa e um dos meus melhores amigos desapareceram! Será que ela está bem?! Viva?! – ele começou a chorar e Dulce já estava com um mar de lágrimas – Por favor, se não forem perguntar alguma coisa sobre o acidente me falem. Porque eu tenho que procurá-la!’

Quando ele falou aquilo eu percebi que os jornalistas, repórteres, fotógrafos, todos se calaram. Eu chorei muito, Ucker sentou-se perto de mim e me abraçou “Vai dar tudo certo!” ele falava no abraço. Nos desfazemos do abraço e voltamos a ver a coletiva.

- Mas respondendo a sua pergunta, eles estavam juntos, porque estávamos em uma sessão de fotos. Só que as fotos deles ficaram por último. E eu mandei o resto do grupo ir embora, enquanto os dois iriam comigo no outro avião. – Pedro respondeu

- Eu também quero falar. – a Mai pegou o microfone – A Dulce estava sentindo que algo de ruim iria acontecer. Ela me chamou e o Chris, se acontecesse algo era para mandar mensagens para os fãs, ela disse que ela sempre amou e tem um carinho muito grande! Eu acho que ela estava prevendo algo. Mandou também recados para sua família, amigos e para nós do grupo. – Mai dizia em lágrimas – E sem esquecer o Christopher, onde ele estiver eu estarei com ele no colar que eu dei – ela falava diretamente para uma câmera como se estive falando com ele.’

Ele chegou perto da televisão e começou a chorar.

A coletiva se acabou deixando a notícia que estava nos procurando. Uma coisa para mim ótima e desesperada. Eu não sabia se eles nos procurariam onde estávamos.

Decidi com o Ucker que tínhamos que ficar na casa. Tinha algo de errado, mas pelo menos era um abrigo. Pegamos as nossas malas e fomos casa um para um quarto. Tomei um banho e coloquei uma roupa mais solta.

Desci a escada com uma dor no pé muito grande. Deduzi que se essa casa era toda imobiliada da porta até o teto teria um kit de primeiros-socorros. E eu achei mesmo. Estava em um armário da lavanderia. E em cima da caixa estava uma carta.

Queridos Dul e Ucker,
Vocês devem estar machucados. Por isso que pedi que colocassem essa carta em cima dessa caixa de primeiros-socorros.
Não se assustem! Sou uma pessoa miga e não quero vocês machucados, doentes, ou algo parecido. Só quero que vocês fiquem fora do meu caminho! Estou até sendo uma pessoa boa, estou dando casa, alimento, estou conservando vocês.
Os dois nesta casa me livram de fazer umas coisas que eu quero e outras que não quero! Com isso as equipes de buscas não irão procurar vocês aí. Podem desfrutar de tudo, que ninguém irá achá-los.
Obrigado por tudo!
P.G.P.A.H.

Obs.: Atrás desta carta tem algumas instruções.’

Li aquilo tudo e fiquei muito assustada! Então esse tal acidente foi de propósito! ’
Virei à carta e estava escrito um tipo de uma agenda com horários.


Seg. Ter.
7:00 – Comida para dispensa. 7:00 – Coisas para casa.

Qua. Qui.
7:00 – Roupas para vocês. 7:00 – Remédios.

Sex. Sáb.
7:00 – Os últimos filmes em Cartaz no cinema. 7:00 – Livros.


Dom.
Fiquem por suas contas.

Obs².: Tudo estará na porta principal.’

- UCKEEERR! – eu gritei e ele veio correndo

- O que foi Dul? – eu apenas entreguei a carta e comecei a chorar – O que é isso? ’

- É melhor a gente se sentar e pensar. Como nós podemos nos livrar desse cativeiro! – eu dizia, já sem chorar, mas muito nervosa

Fomos para sala e nos sentamos. Ficamos pensando o porquê e quem estava fazendo aquilo.

- Eu não tenho inimigo e você? – eu perguntei, era a única opção

- Eu também não tenho. Mas Dul, eu não acho que é um inimigo, e sim um amigo disfarçado.

- O que? ’

- Pensa, um inimigo teria nos matado ou fazer um seqüestro dolorido. Mas, ao contrario, essa pessoa está nos dando essa casa e várias coisas.

- Pode ser que a pessoa não queria nos machucar.

- Isso eu tenho certeza. Mas quem estaria preocupado em nos sustentar? Dando casa, comida, roupas, remédios, até filmes e livros! Quem?

Ficamos uns cinco minutos em silencio pensando, até quando nós dois falamos simultaneamente.

- A(o) sua(seu) ex-namorada(o)! – falamos juntos

- Por que você pensa que é o Memo?

- Porque ele tem cara de maluco. E por que você acha que é a Belinda?

- Pelo seu mesmo motivo. Mas pensando bem...

- Bem... O que?

- Eu acho que não foi nenhum dos dois. Qual seria o motivo?

- Ué, eles ficarem com a gente, mesmo a força.

- Isso! Mas olhe ao redor e veja se eles estão aqui?

- Você acha que se fossem eles, os próprios estariam aqui?

- O único motivo é para ficarem com eles, e não nós dois juntos.

Ficamos mais um tempo e não saiu nada. Decidimos voltar a ver a televisão, podia sair alguma coisa sobre a gente. E saiu mesmo.

Fim de Capítulo