Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

—Não sei. Talvez aqui mesmo, em Lone Oak. Por isso não quero que ninguém saiba que você é o pai do meu filho. As pessoas da cidade me acei­taram bem, e dou graças por isso. Mas se souberem que dormi com você, mesmo sem conhecê-lo direito, mudarão de opinião a meu respeito.

—Elas entenderão...

—Não! Eu me recuso a correr esse risco.

—Está dizendo que não quer mais ter um rela­cionamento físico comigo?

Dul respirou fundo.

— Estou dizendo que não quero nenhum tipo de relacionamento com você.

Por alguma razão, ouvir aquilo deixou Christopher mais espantado do que saber sobre seu filho. A ati­tude de Dul parecia muito estranha. Christopher se re­cusava a crer que só ele sentira falta dela nos úl­timos meses.

— Não quer que a criança saiba quem é o pai dela?

Dul pensou por um momento, antes de responder:

— Se você quiser visitar seu filho quando vir a Lone Oak, acho que poderemos pensar em uma ma­neira que não prejudique ninguém. Vamos esperar e ver como ficará a situação.

—E se eu me recusar a esconder minha paternidade?

—Mudarei para outro lugar e recomeçarei minha vida — Dul não hesitou em responder.

Christopher a fitou nos olhos. Sim, Dul teria coragem de fazer aquilo. Conhecia aquele ar de determinação no rosto dela. Como pudera se esquecer de quanto ela conseguia ser teimosa quando queria?

Recordou a manhã seguinte à noite em que haviam dormido juntos. Quando recebera aquele telefo­nema do trabalho, Dul saíra da cama e vestira-se antes dele, insistindo em ajudá-lo a levar as malas para o carro. Nenhum argumento conseguiu impedi-la de prosseguir. Até que, por fim, ele desistira de contestar.

— E os gastos com médico? — perguntou a ela.

— Meu pai me deixou um pouco de dinheiro no banco. Posso pagar as despesas médicas.

Ele deveria deixar que Dul cuidasse de tudo sozinha. Se tivesse um pouco de juízo, sairia da vida dela na­quele mesmo instante e pegaria o primeiro vôo de volta para Seul. Por que insistir em ficar por perto, se ela queria se ver livre de sua presença? A paixão que Dul demonstrara naquela noite desaparecera por completo. Pelo visto, a única preocupação que ela tinha no momento era o bem-estar do filho.

De qualquer maneira, não poderia permitir que ela assumisse tamanha responsabilidade sozinha. Sua consciência não permitiria que ele abdicasse de sua responsabilidade moral diante da situação.

Dul podia até achar que seria capaz de cuidar do filho sozinha, mas qualquer um que visse as olheiras em seu rosto saberia que ela estava blefando. In­dependência era algo bom, mas não para uma mu­lher com mais de sete meses de gravidez. A menos que fosse muito cautelosa, Dul poderia acabar ar­ruinando a própria saúde e também a do bebê.

Não, não deixaria isso acontecer. Mostraria a ela a realidade dos fatos e a convenceria de que per­manecer sozinha não seria assim tão fácil. Só que não faria isso nessa noite. Toda aquela tensão aca­baria sendo prejudicial para ela. Depois de algum tempo, com certeza Dul concluiria que o casamento seria a alternativa mais prática.

— Está bem — disse a ela. — Não contaremos a ninguém que sou o pai, pelo menos até tomarmos uma decisão melhor.

Dul estreitou os olhos, desconfiada.

—Sobre o que está falando?

—Vou ficar mais alguns dias na cidade para me certificar de que você está tendo todos os cuidados necessários. Parece cansada.

Dul ficou de pé, deixando o tricô de lado.

—Não precisa se preocupar, Christopher. Sei que não pode ficar por muito tempo na cidade. Estou bem, pode acreditar.

—Ótimo, então não fará diferença se eu quiser confirmar isso.

Christopher se tornou mais atento ao ouvir o motor de um carro do lado de fora da casa.

—Deve ser Annie. Vou dizer a ela para estacionar na garagem para que possamos esvaziar o bagageiro amanhã. Você precisa repousar.

—Espere! Ainda não terminamos a conversa — lembrou Dul, parecendo aflita.

—Sim, terminamos. Portanto, não perca tempo discutindo — respondeu Christopher, encaminhando-se para a porta.

Antes de sair, olhou mais uma vez para ela.

— Enfrente a realidade, Dul. Não vai se livrar de mim tão facilmente.

CONTINUA?!