Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

ESPECIALMENTE P/ JESSILAVON, BAZYNHAADS E BLADUL!

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Não fora fácil a princípio, mas depois de algumas semanas ela finalmente conseguira se desvencilhar dos constantes problemas da mãe. Não se importava de haver sido chamada de "egoísta" por Blanca. No fundo, sabia que a convivência entre elas só se tor­naria melhor se as duas ficassem separadas.

— Talvez eu consiga terminar a faculdade depois que o bebê nascer...

—Terá muito tempo para se preocupar com isso — disse Anahi, repetindo a frase que vinha consolando Dul nos últimos meses, sempre que ela cogitava sobre o futuro. — Antes de o bebê nascer, acho que você deveria se mudar para um dos andares de baixo. Há um quarto grande próximo ao de Christopher e...

—Estou bem aqui, Annie, obrigada. Vou mandar pintar o quarto ao lado de azul para o bebê e o outro aposento continuará servindo como sala de visitas.

Annie sorriu.

—Para mim está ótimo. Se precisar de mais mo­bília, dê uma olhada na parte coberta da garagem. Acho que há um moisés guardado lá.

—Obrigada. Esta casa é maravilhosa, apesar de antiga — afirmou, olhando em volta.

Anahi fez uma careta.

—Você acha? Para ser sincera, eu preferiria um apartamento no centro de uma cidade grande, com muita movimentação na vizinhança. Pretendo me mudar daqui assim que conseguir um aumento e uma promoção.

—É mesmo? — Dul se surpreendeu. — Preferiria morar em um apartamento?

Annie assentiu.

—         Ainda vou morar em um condomínio chique, você vai ver — afirmou, com uma piscadela. — Não importa o que você faça, casas velhas estão sempre com cheiro de mofo e de naftalina. Acho que Christopher sente o mesmo, mas não quis vender esta propriedade por ela pertencer à família há várias gerações. Por isso ele... Oh, meu Deus!

Annie levou a mão ao peito, assustando Dul.

— O que foi? Viu um rato?

—Não — respondeu Annie, sorrindo. — É que aca­bei de me lembrar de que Christopher está nos esperando no térreo. Ele tirou seus presentes do carro e colocou-os na sala. — Após uma pausa, franziu o cenho. — Dul, andou vendo ratos por aqui ultimamente?

Dul assentiu, relutante.

—         Direi isso a Christopher, para que ele tome alguma providência.

Annie começou a descer a escada antes que Dul tivesse chance de protestar.

—Dul, você não vem? — Annie a chamou do andar de baixo.

—Estou indo.

Antes de sair, escovou os cabelos com vigor, até que caíssem em ondas sedosas ao redor de seu rosto. Disse a si mesma que não estava ansiosa para rever Christopher. Ainda assim, sentiu um frio na barriga, e não era pelo fato de o bebê haver se mexido. Felizmente Christopher só iria ficar na.cidade por um ou dois dias. Não sabia se resistiria àquela presença máscula por muito tempo.

Olhando-se mais de perto no espelho, notou as olheiras que pareciam não querer abandonar seu rosto. Disfarçou-as com um pouco de maquiagem, na esperança de que Christopher não as percebesse.

Porém, foi o primeiro detalhe que ele notou assim que ela entrou na sala de Annie. Apesar de não dizer nada a esse respeito, disse a si mesmo que iria acom­panhá-la ao médico durante a consulta seguinte. Sabia que Dul iria protestar e esbravejar, mas ele precisava descobrir se aquele aparente cansaço era normal.

— Annie me contou que você viu um rato lá em cima.

— Ele é bem pequeno — explicou Dul, como se esse detalhe fizesse alguma diferença. — E só o vi algumas vezes.

— Ou talvez tenha visto vários ratos diferentes de cada vez — salientou ele. — Vou armar algumas ratoeiras pela casa. — Ignorando o ar de protesto de Dul, Christopher se dirigiu à irmã. — E melhor me fornecer uma lista com os outros itens que estão faltando na casa, para que eu possa providenciá-los enquanto estiver aqui. Sei que as calhas não estão funcionando direito e que o aquecedor central pre­cisa ser limpo...

— Já fiz isso — declarou Dul.

Os dois olharam para ela ao mesmo tempo. Annie parecia surpresa e Christopher aborrecido.

— Você limpou o aquecedor? — perguntou ele.

Ela assentiu.

— E também as calhas. Durante a última chuva, notei que elas estavam cheias de folhas de árvores. E possível avistá-las do meu quarto.

Anahi arregalou os olhos, enquanto Christopher pareceu ainda mais aborrecido.

—Está querendo dizer que subiu em uma escada com trinta degraus para limpar as calhas?

—Claro que não. Subi até lá pelo sótão e varri as calhas através das janelas. — Perplexa com a reação dos dois, explicou: — Eu costumava fazer isso quando ficava na casa de meu pai, na época da minha infância. Não pensei que vocês se importariam.

—Claro que não nos importamos! — exclamou Anahi, enquanto Christopher ficou em silêncio, com os lábios apertados. — O problema é que fazer isso foi muito perigoso na sua condição. Precisa tomar mais cuidado, Dul. E se houvesse acontecido algo ao bebê?

  Dul arriscou um olhar para Christopher, mas logo des­viou a vista, ao perceber uma sombra de irritação escurecendo os olhos azuis.

—         Bem, mas não vamos mais falar sobre isso — declarou Annie, encerrando o assunto. — Temos vá­rios presentes para abrir. — Entregando uma caixa a Dul, falou: — Esse é de Brooke.

Ainda irritado com o risco desnecessário ao qual Dul se submetera, Christopher ficou observando ela abrir o presente, como uma criança prestes a ganhar um novo brinquedo.

Os lindos olhos castanhos adquiriram um brilho terno quando ela abriu o pacote e deparou-se com um macacão jeans em tamanho miniatura.

— Oh, que gracinha...

Seus lábios se curvaram em um sorriso apreciador. Christopher a considerou mais linda do que nunca e lem­brou-se de quando vira aquele mesmo ar de felicidade no rosto dela, na noite em que haviam feito amor.

Quando ela abriu o presente ,de Anahi, soltou uma exclamação de surpresa.

—Oh, Annie, é lindo! — Tirou da caixa uma delicada manta branca de tricô. — Foi você mesma quem fez? Como eu gostaria de tricotar tão bem quanto você...

—Ainda vai chegar lá — disse Annie, dando-lhe um abraço afetuoso. — Tive anos de prática, por haver nascido em uma cidade pequena onde nunca houve muito o que fazer.

Dul dobrou a manta com cuidado e colocou-a de volta na caixa.

—Não consigo nem terminar os sapatinhos — lamentou.

—Se você não conseguir terminá-los, acho que o bebê nem sentirá a falta de um par de sapatinhos com todas essas roupas — salientou Christopher, indi­cando os presentes espalhados sobre o sofá.

—Está brincando? — perguntou Anahi. — Isso não é nem a metade do que o bebê vai precisar. Maite disse que precisava trocar as roupas dos filhos três ou quatro vezes ao dia. E quando os levava ao médico, ficava espantada ao ver quanto haviam cres­cido em questão de meses. A propósito, lembre-se de pôr gasolina no carro antes de levar Dul ao mé­dico. Precisei sair com ele hoje cedo, mas esqueci de passar no posto e o tanque está quase na reserva.

—Que novidade — zombou Christopher, fingindo não notar o breve sobressalto de Dul ao ouvir o comen­tário de Annie.

  — Mas para mostrar quanto sinto por meu es­quecimento, vou preparar um desjejum especial para você, aliás para vocês. Dentro de poucos minutos provarão os ovos mexidos com bacon mais deliciosos de suas vidas!

Christopher lançou um olhar irônico para Dul ao dizer:

— Ela fala como se estivesse nos fazendo um favor, mas aposto que está só se esquivando de ter de ajudar a levar todos esses pacotes lá para cima. Essa minha irmã é mesmo impossível.

Dul sorriu, mas assim que Annie foi para a cozinha, trouxe o assunto anterior à tona.

— Christopher, o que sua irmã quis dizer com você me levar ao médico?