Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

CAPITULO VI

Christopher se acomodou melhor na cadei­ra, observando mais uma vez a sala de espera do consultório médico. Ele e Dul estavam ali havia quase meia hora.

As paredes eram pintadas de um agradável tom de amarelo e a decoração abrangia girafas alaranjadas, leões azuis e pequenos elefantes cor-de-rosa entre outros detalhes não menos interessantes.

Christopher se mexeu novamente, tentando ajeitar as longas pernas no espaço entre a cadeira e uma mesinha infantil, colocada no centro da sala. Não es­tava sentindo-se à vontade. Não porque fosse o único homem presente, já que também havia outro rapaz acompanhando a esposa. O principal motivo de sua insatisfação era a persistente frieza de Dul.

Arriscou olhá-la de soslaio. Ela havia prendido os cabelos em uma trança que a deixara com uma aparência de adolescente, em vez de revelar seus vinte e seis anos. O penteado estava preso por um laço cor-de-rosa, da mesma cor de sua blusa e dos elefantes que enfeitavam a sala.

Ao notar que uma pequena mecha dos cabelos dela se soltara da trança, tentou ajeitá-la, mas Dul se esquivou do contato e ajeitou os cabelos com as próprias mãos, sem sequer olhá-lo.

Ficou evidente que, embora ela houvesse consen­tindo que ele a acompanhasse, não estava nem um pouco satisfeita com sua presença ali. Evitara ao máximo lhe dirigir a palavra, mantendo-se pratica­mente calada durante o trajeto de quarenta minutos até o consultório.

Ao notar que ela parecia hipnotizada pela revista aberta sobre seu colo, Christopher cruzou os braços dian­te do peito. Não estava acostumado a ver Dul tão calada, aquilo o incomodava.

Queria recuperar pelo menos o lampejo de ami­zade que surgira entre eles, naqueles primeiros dias em que haviam compartilhado certa intimidade. No entanto, estava tendo poucas chances de falar com Dul sem ter Annie por perto.

De súbito, ela levantou a cabeça e ele a fitou com um ar esperançoso. Sem dizer nada, ela passou por ele e foi ao toalete. Christopher suspirou, mantendo os cruzados.

— É o primeiro filho? — perguntou o rapaz que estava acompanhando a esposa.

Christopher hesitou um instante, mas assentiu.

— O nosso também — afirmou o desconhecido. Estendendo a mão para Christopher, completou: — Sou Ken Patterson.

Christopher aceitou o cumprimento. Ken apontou para a loira sentada ao lado dele. Ela cumprimentou Christopher com um gesto de cabeça, enquanto o marido acrescentava:

— E esta é Barbie.

Dizendo isso, olhou-o com ar expectante. Ao notar a expressão confusa de Christopher, ele perguntou:

— Não entendeu? Ken e Barbie, os bonecos...

— Oh, sim, claro — respondeu Christopher, olhando na direção do toalete.

Por que diabos Dul estava demorando tanto? Es­taria ela passando mal?

Ken voltou a falar, interrompendo seus pensamentos.

— Nosso bebê nascerá em outubro.

Os dois não estavam fazendo a mínima questão de esconder o orgulho, como se fossem as únicas pessoas do mundo a estarem prestes a ter um filho.

Finalmente, Barbie se manifestou:

—Quando sua esposa terá o bebê, sr...?

—Uckermann. Christopher Uckermann. — Relutando em desmentir que Dul era sua esposa, respondeu: — Dul só terá o bebê daqui a seis semanas.

Ken demonstrou um súbito interesse.

— Ei, talvez nos encontremos na maternidade. Sua esposa já está inscrita para a internação, não é?

Teria Dul feito aquilo?, Christopher se perguntou.

— Não tenho certeza — confessou.

Ken pareceu surpreso e Barbie se limitou a arquear as sobrancelhas perfeitas.

— Acabei de voltar para a cidade — explicou Christopher, em um tom defensivo. — Passei algum tempo fora do país.

Ken ficou visivelmente aliviado enquanto Barbie se inclinou para a frente ao dizer:

—Tenho certeza de que sua esposa deve estar aliviada em tê-lo de volta.

"Nem tanto", pensou Christopher.

—O que será? Menino ou menina?