Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

CAPÍTULO VIII

Dul, porém, não estava nem um pouco ansiosa pelo início das aulas.

—         Parece um lugar agradável — disse Christopher, ao parar o carro diante um pequeno prédio próximo ao hospital.

Ela não respondeu.

— Pela quantidade de carros, não fomos os pri­meiros a chegar — completou ele.

Dul continuou em silêncio. Christopher suspirou, exasperado.

  — Vai ficar carrancuda a noite inteira? — per­guntou a ela.

  — Não estou carrancuda — refutou Dul.

  Estava apenas demonstrando  sua  insatisfação pela intromissão de Christopher.

  — Pois não parece outra coisa para mim — in­sistiu ele, saindo do carro.

Deu a volta pelo veículo, para abrir a porta para ela e pegou o travesseiro no banco de trás.

  — Deveria ter trazido seu próprio travesseiro — disse a ela.

Dul sentiu o rosto esquentar. O comentário de Christopher sugeria a atmosfera de intimidade que os dois haviam compartilhado naquelas primeiras noites.

Evitou olhar para Christopher, por saber exatamente quais eram as lembranças que permeavam a mente de Christopher naquele momento.

—O que foi? — perguntara ele, em uma daquelas noites, enquanto os dois se mantinham abraçados, depois de haverem feito amor.

—Estou sentindo falta do meu travesseiro — res­pondera ela, com voz lânguida. — Tenho dificuldade para dormir sem ele.

Christopher se levantara, pegara o travesseiro no guar­da-roupa e entregara-o a ela. Dul o agradecera com um beijo, que logo dera início a outro ardente ato de amor.

Dul apertou os lábios. Não gostava nem um pouco que Christopher soubesse tantas intimidades a seu respeito.

Ao chegarem à porta, foram atendidos por uma simpática morena, cujo sorriso de boas-vindas logo revelou que se tratava da instrutora. Seu nome era Amélia Berry, segundo constava em seu crachá.

— Faltam apenas mais alguns casais para come­çarmos — avisou ela, conduzindo-os até uma sala acarpetada.

O aposento tinha apenas algumas almofadas no chão, um aparelho de som e um projetor apontado para uma parede. Já havia cinco casais sentados em semicírculo, segundo Christopher notou.

— Sentaremos sobre almofadas — anunciou a ins­trutora. — Acho que isso criará um ambiente mais relaxante entre nós.

"Relaxante para quem?", pensou Dul, esforçando-se para conseguir se abaixar. Christopher ofereceu o braço para ela se apoiar. Ela lançou-lhe um olhar pouco amigável, mas aceitou a ajuda. Era preferível aceitar a ajuda de Christopher do que acabar dando um vexame.

Ao sentar-se, sorriu para os outros casais, notando que Christopher havia começado a conversar com a instrutora. A maioria das mulheres estava sentada com as pernas cruzadas, posição que ela já não podia fazer havia meses.