Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

Dul não estava gostando nem um pouco daquilo, mas achou melhor não contrariá-lo.

Na quarta-feira, sua irritação desapareceu por completo, quando Christopher lhe trouxe um belíssimo ramalhete de rosas.

— A cor rosada combina com suas faces — gra­cejou ele.

Dul teria desconfiado de uma tentativa de flerte, se Christopher não houvesse acrescentado:

— Sempre compro um ramalhete para Anahi quando estou na cidade. Ela adora rosas.

Então Christopher a considerava no mesmo nível da irmã dele, pensou Dul. De certa forma, a conclusão a deixou até mais tranqüila. Porém, somente até a noite, durante a aula para gestantes.

Ficou bastante afetada quando assistiram ao vídeo de um parto natural. Ainda bem que Christopher não ficaria na cidade por tempo suficiente para acompanhá-la du­rante aquele processo embaraçoso. Nunca deixaria que ele a visse suada e desesperada como aquela mulher.

Todavia, para seu maior espanto, em vez de ficar apreensivo com o filme, Christopher se mostrou fasci­nado. Os outros mal tiveram tempo de fazer comen­tários, devido às várias dúvidas que ele sanou com a instrutora.

Depois, durante o relaxamento dirigido por Amélia, Dul observou a reação das outras mulheres em volta. Nenhuma delas parecia afetada pelo toque dos par­ceiros quanto ela ficava sempre que Christopher a tocava.

Seria impressão sua ou ele massageara com mais lentidão a área de suas pernas e de seus quadris? Quando ele passou a massagear seus braços, ela o fitou nos olhos. Aquele leve roçar do polegar dele em seu seio teria sido fruto de sua imaginação? De qualquer maneira, a expressão no rosto de Christopher parecia inocente.

Pelo menos foi o que Dul acreditou até a sexta-feira à noite. Havia acabado de chegar de uma caminhada com a sra. Salazar, que insistira em acompanhá-la, quando surpreendeu-se ao se deparar com a mesa da sala de jantar do andar de baixo arrumada.

Luz de velas, toalha de mesa cor-de-rosa, talheres de prata e louças de porcelana formavam um belo e aconchegante visual. No centro da mesa, uma úni­ca rosa vermelha, colocada em um vaso solitário, dava o toque final de romantismo ao ambiente.

Dul sentiu a boca secar. Já vira essa cena antes. Até mesmo o delicioso aroma de frango assado era familiar, pensou, quando seu coração começou a bater mais forte. Esse fora o mesmo ambiente que ela criara na noite em que decidira fazer amor com Christopher.

— Olá — disse ele, vindo por trás.

Dul sentiu um arrepio. Christopher estava próximo, muito próximo.

— Oh, olá — respondeu, dando um passo atrás. — Não vi você se aproximar. Deixe-me acender a luz.

Ela acionou o interruptor e nada aconteceu. Olhou para Christopher.

— Parece que estamos sem energia elétrica...

— Faz algum tempo que estou querendo jantar à luz de velas com você. Venha sentar-se, enquanto vou buscar a comida. Está tudo pronto.

Além de frango assado, Christopher também prepa­rara batatas assadas na manteiga, salada de legu­mes e arroz. Para sobremesa, um convidativo bolo de chocolate com cobertura de chantilly.

—Mais salada? — perguntou ele, em meio à refeição.

—Não, obrigada.

—E que tal um pouco mais de batatas?

—Estão ótimas, mas prefiro guardar espaço para a sobremesa. Esse bolo está muito apetitoso.

Christopher serviu-a de um pedaço do bolo. Sabia que ela adorava chocolate.