Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

Após o jantar, Dul o ajudou a retirar os pratos e foi para a sala em seguida. Sentindo necessidade de se ocupar com algo, pegou o cestinho de tricô de Anahi e pôs-se a arrumar alguns novelos. Man­teria a conversa em um tom impessoal, sem comen­tários sugestivos.

Christopher entrou casualmente na sala. Foi direto até a lareira e colocou mais algumas achas de lenhas para queimar. Logo um agradável perfume de pinho começou a recender pelo ambiente.

— As noites estão se tornando frias — disse ele. — Percebi. Até já separei mais cobertores para colocar na cama.

Dul conteve o fôlego. Por que tinha logo de men­cionar a palavra "cama", se esse era o último assunto que ela queria trazer à tona?

Para sua maior apreensão, Christopher se aproximou devagar e sentou-se a seu lado. Depois tirou algo do bolso e lhe entregou.

— Abra.

Dul pegou o pequeno embrulho e abriu-o sem pres­sa. Sorriu ao ver um lindo par de sapatinhos de lã cor-de-rosa.

—São lindos — disse a ele. — Pena que a cor seja esta, porque estou certa de que será um menino.

—Menina!

—Menino!

Christopher estreitou os olhos e tirou os sapatinhos da mão dela, deixando-os de lado.

—Acho que está precisando de um pouco de des­canso. — Ficou de pé e a fez ficar também. — Vamos praticar aquele relaxamento que Amy nos ensinou.

—Não, obrigada. Já estou relaxada — respondeu Dul, tentando se afastar dele.

—Isso vai ajudá-la a relaxar ainda mais — in­sistiu ele. Jogando algumas almofadas sobre o ta­pete, diante da lareira, completou: — Sente-se.

—Mas eu não...

—    Sente-se, Dul.

Ela obedeceu.

—    Você é muito autoritário — protestou, enquanto ele se ajoelhou atrás dela.

Christopher começou massageando seus ombros. A princípio, ela ficou tensa, mas logo relaxou um pou­co. Engraçado como Christopher estava tocando exata­mente os pontos certos, como se soubesse com pre­cisão onde sua tensão era mais intensa.

Seguiu-se um longo silêncio, interrompido apenas pelo crepitar da lenha sendo queimada. Christopher con­tinuou a massagem. Aos poucos, um delicioso torpor foi se apoderando do corpo de Dul.

Christopher tocou seu ombro, fazendo-a deitar sobre o tapete. Ela hesitou por um instante, mas acabou cedendo e deitou-se de lado. Ele mudou de posição e apoiou os pés de Dul sobre seu colo. Por cima da meia, massageou-lhe os calcanhares sensíveis, fa­zendo-a relaxar ainda mais.

Dul suspirou, sentindo o calor das mãos de Christopher se espalhar por seus pés. Quando Christopher tirara seus sapatos?, perguntou-se.

Estava prestes a perguntar isso a ele quando dei­xou escapar um bocejo.

— Oh, desculpe-me — disse, levando a mão aos lábios.

— Notei que você anda bastante cansada ultima­mente — afirmou Christopher. — Talvez devesse pensar em dormir um pouco durante as tardes.

Dul franziu o cenho. Nunca gostara de dormir de dia. Quando abriu a boca para responder, Christopher acrescentou:

— Pelo bem do bebê.

— Ok — murmurou ela. — Pelo bem do bebê.

Christopher sabia que ela faria qualquer coisa pelo filho, pensou Dul. Por isso dissera aquilo.

O agradável calor da lareira começou a aquecer seu rosto e sua barriga. As mãos carinhosas de Christopher massageando seus calcanhares e tornozelos sur­tiu um efeito completamente relaxante. Estava fican­do cada vez mais difícil manter os olhos abertos...

—Os livros que li nos últimos tempos dizem que um relaxamento físico completo é a melhor cura para o estresse — declarou Christopher.

—Hum-hum — murmurou Dul, despertando por um momento.

As mãos de Christopher foram subindo devagar, mas­sageando suas coxas. Nem ela mesma fazia idéia de que aquela região de seu corpo estava tão tensa.

Fechou os olhos, quase adormecendo.

— Por isso, acho que deveríamos fazer amor... Pelo bem do bebê.

A voz de Christopher pareceu distante, mas ela con­seguiu murmurar:

— Sim, pelo bem...

Despertando completamente, perguntou:

— O que você disse?!