Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

CAPITULO X

Christopher pousou a mão sobre o quadril de Dul. Tornando-se ciente do fato, Dul se desvencilhou do contato e colocou uma almofada diante de si, em um gesto defensivo.

—Você ouviu o que eu disse — respondeu Christopher. Ela segurou a almofada com mais firmeza.

—Não quero me envolver fisicamente com você.

—Por quê? — perguntou ele.

— Ora, a resposta está mais do que óbvia!

— Não para mim. — Christopher tomou a mão dela entre as dele. — Então, diga-me mais claramente.

— Bem, eu...

As razões eram óbvias, mas, por um instante, Dul não conseguiu se lembrar quais eram elas. Distraiu-se ao sentir o polegar de Christopher acariciando seu pulso. Seria a luz da lareira que deixara a expressão de Christopher tão branda?

— Qual foi mesmo a pergunta? — Dul perguntou.

Os lábios de Christopher se curvaram em um sorriso.

— Perguntei por que não quer fazer amor comigo — repetiu, com paciência.

Dul pestanejou.

—Oh! Em primeiro lugar, porque estou grávida.

—E daí? Mulheres grávidas também fazem amor. A própria médica nos recomendou isso, está lembrada?

  — Mas pense no que aconteceu da última vez — salientou Dul.

Christopher segurou a mão dela com mais firmeza.

— Estou pensando...

O tom de voz sensual também levou Dul a recordar o que havia acontecido. Aos poucos, sentiu o rosto esquentar.

—Estou me referindo ao fato de haver engravidado.

—Isso é algo com que certamente não precisamos nos preocupar desta vez.

—Mas não seria correto...

—Claro que seria, Dul. Não há nada errado em duas pessoas se amarem.

Sim, ele tinha razão. Christopher a conduziria pela mesma trilha de prazer que ela experimentara na primeira vez. Quando terminassem de fazer amor, seu corpo estaria exausto, mas satisfeito...

— Não, Christopher — respondeu, apesar do que es­tava se passando em sua mente.

Ficou de pé com certa dificuldade e foi direto para a porta. Porém, logo Christopher a alcançou e segurou-a pelo braço.

— Espere.

Dul parou e ficou olhando Christopher acionar o in­terruptor e acender a luz.

—Ei! — Ela arregalou os olhos. — Pensei que estivéssemos sem luz!

—Afrouxei um pouco a lâmpada da sala de jantar, só isso — explicou ele.

Dul cravou as unhas nas palmas das mãos.

— Você me enganou!

Christopher balançou a cabeça negativamente.

— Eu nenhum momento eu disse que a luz havia acabado. Foi você quem deduziu isso.

— Omitir algo é tão grave quanto mentir — re­plicou ela.

Christopher arqueou uma sobrancelha.

— Concordo. Principalmente em face do que você não disse.

Algo na expressão de Christopher avisou Dul de que ela se arrependeria se o questionasse. Porém, sua curiosidade foi maior do que o receio.

— O que está querendo dizer?

Ele continuou a fitá-la nos olhos.

— Estou me referindo ao motivo que deu como desculpa para não fazer amor comigo, mesmo sem nunca haver dito que não me desejava.

Sem querer ouvir mais nada, Dul subiu a escada, em direção ao terceiro andar.