Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

Christopher esperou alguns segundos e só então acor­dou Dul.

—Dul? — sussurrou. — Anahi voltou da viagem.

—Oh, ótimo... — murmurou ela, sonolenta, aninhando-se no travesseiro. — Diga que... — Abriu os olhos de repente. — O quê?!

Christopher a olhou, com calma.

—Anahi voltou mais cedo da viagem — repetiu.

—Oh, não... — gemeu Dul, afastando os cabelos do rosto. — Ah, meu Deus...

Ela cobriu a cabeça com o lençol. Christopher franziu o cenho.

—O que está fazendo? Tentando se esconder?

—Não diga tolices! — ralhou Dul. — Estou ten­tando encontrar minha camisola. Preciso sair daqui antes que sua irmã nos veja juntos.

—Ela já nos viu — afirmou Christopher, calmamente. — E Bianca também.

Dul congelou sob o lençol.

— Ah, meu Deus... — gemeu mais uma vez.

Christopher esticou os braços, espreguiçando-se com languidez. Viu a camisola de Dul caída no chão. Estendendo a perna para fora da cama, capturou o tecido com os dedos dos pés e escondeu a peça sob seu travesseiro. Cruzou as mãos atrás da cabeça no momento em que Dul ressurgiu de baixo dos lençóis.

— Onde ela foi parar? — perguntou Dul, puxando o lençol até o pescoço.

Ele deu de ombros.

—Não sei.

—Aqui está! — exclamou ela, vendo uma parte da renda revelada sob o travesseiro dele.

Christopher suspirou, admitindo a derrota.

— Como ela foi parar aí? — questionou Dul, desconfiada.

Ele ergueu as mãos, fingindo inocência.

—Não tenho a mínima idéia — respondeu.

Ela vestiu a camisola, sem ânimo de questioná-lo.

—Acha mesmo que elas nos viram?

—Sim — Christopher confirmou.

—Tem certeza? — insistiu Dul.

—Absoluta.

—Bem, então o que vamos fazer?

—Ir até elas e dizer olá? — sugeriu ele. — Não podemos ficar aqui o dia inteiro. A menos que você prefira...

—Como pode brincar numa hora dessa? — in­dignou-se ela.

—Não é o fim do mundo, Dul. — Christopher se le­vantou e vestiu o jeans, antes de voltar a olhá-la. — Vista-se para que possamos ir ver as duas juntos.

—Não! — replicou Dul, imaginando o choque de Annie e seu próprio embaraço.

—Está com vergonha de ser vista comigo?

—Não é isso. O que me preocupa é o que as duas irão pensar. Aqui estou eu, grávida, e já dormindo na cama de um homem que elas não sabem ser o pai do meu filho.

—Então diremos a verdade a elas e pronto.

—Não posso fazer isso, Christopher. Não quero. O que as pessoas da cidade diriam?

—Pelo amor de Deus, Dul! Quem se importa com isso?

—Eu me importo! — bradou ela.

Comovido pelo desespero de Dul, Christopher abran­dou o tom de voz.

—Não se preocupe. Vá se vestir que eu irei ex­plicar tudo a elas.

—Não! Talvez eu consiga convencê-las a não con­tarem nada a ninguém.

—Bianca não dirá nada.

—Não? — indagou ela, esperançosa.

—Não.

Christopher parecia tão seguro do que dissera que Dul sentiu-se tranqüila por um momento. Porém, somente até ele acrescentar:

— Mas Anahi não guardará segredo.

Dul jogou os lençóis para o lado.

—Preciso impedi-la de fazer isso. Não faça nada até que eu chegue lá.

—Dul, você não confia em mim?

Todavia, ele saiu do quarto antes que ela pudesse responder. Dul correu para detê-lo, mas quando che­gou ao corredor Christopher já havia sumido de vista.