Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

Dul se sobressaltou, indignada com o comentário indelicado. Todavia, teve de admitir que havia mes­mo chorado depois de ligar a tevê e assistir a um comercial ou dois e que não comera nada na última hora. De fato, os comerciais que mostravam bebês e animaizinhos estavam lhe parecendo muito como­ventes nos últimos tempos, mas Christopher não preci­sava haver mencionado aquilo!

Ainda mais depois de ela haver ficado ali sentada, pacientemente, durante quase uma hora, esperando-o para pegar o moisés na garagem. Falou tudo isso a ele enquanto se dirigiam à cozinha.

— Tem razão — anuiu Christopher. — Sou mesmo um insensível — acrescentou, espiando o que havia na geladeira. — Iremos pegar o moisés assim que você comer algo, ok? Oh, aqui está o leite.

—Não quero comer nada — replicou Dul, torcendo o nariz.

—Tome um pouco de leite, enquanto preparo um sanduíche para você — mandou Christopher.

Esperou que Dul fosse protestar, mas, pelo visto, ela desistira. Sentou-se à mesa e, com ar de desgosto, ficou olhando Christopher encher com generosidade um copo com leite.

Em seguida, entregou-o a ela. Dul tomou dois goles e olhou para ele.

—Tome tudo — falou Christopher, com firmeza. Apesar de contrariada, ela o obedeceu.

—Está satisfeito agora? — perguntou, ao terminar.

Christopher notou que ela ficara com uma marca de leite acima do lábio superior. Não, havia muito tem­po que não estava satisfeito.

Ficara aborrecido por Dul não haver admitido a verdade para Anahi e Bia, mas a teimosia dela só servia para deixá-lo ainda mais determinado.

Ele a deixara sozinha durante a última semana, esperando que Dul sentisse sua falta ou que demons­trasse algum sinal de que precisava dele. Porém, a cada dia ela parecia mais distante. Estava cansado de esperar. E seu tempo começava a se esgotar. Den­tro de três dias, teria de voltar para Seul.

Num impulso, fez Dul ficar de pé e abraçou-a. Ela arregalou os olhos, surpresa. Abriu a boca para pro­testar, mas os lábios de Christopher cobriram os seus, em um beijo ardente.

Quando ele se afastou, Dul sentiu-se meio zonza.

Christopher a fitou nos olhos. Seria ela capaz de en­contrar isso com algum outro homem?, perguntou-se. Puxando-a novamente para si, sussurrou:

  — Vamos subir para o quarto, Dul...

Ela desejara ouvir isso uma hora antes. No momento, porém, a sugestão só serviu para deixá-la furiosa. Então Christopher pensava que poderia ignorá-la durante uma semana e de repente levá-la para a cama?

  — Não irei a lugar nenhum com você! Só sabe considerar suas próprias conveniências!

Christopher estreitou os olhos.

— Se acha que existe alguma conveniência nesse acordo, pense duas vezes. Estou aqui para ajudá-la, Dul, mas tudo que tenho recebido é apenas seu mau humor.

Dul sentiu vontade de chorar, mas jurou a si mes­ma que não daria esse gosto a ele.

—Ninguém lhe pediu para ficar — retrucou. — Aliás, por que não vai embora de uma vez?

—Talvez eu faça isso mesmo.

—Ótimo.

— Ótimo! — replicou ele, retirando-se da cozinha.

Dul cravou as unhas na palma das mãos. Não precisava dele! Nem de homem algum!