Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

CAPITULO XIII

—Odeio você!

—— Eu sei.

—         Odeio! Odeio!

Christopher apertou os lábios.

— No momento, nem eu estou muito satisfeito comigo — confessou.

Dul ia responder algo, mas a dor de uma nova contração a impediu de falar. Christopher segurou a mão dela com mais força. A Dul que chegara ao hospital aparentemente calma, transformara-se em uma verdadeira "fera" depois de dezoito horas em trabalho de parto.

— Não gosto de nada em você! — explodiu ela, quan­do conseguiu voltar a falar. — Seus ombros são largos demais, e detesto a maneira como seus cabelos vivem
sempre caindo no lugar certo. E muito... monótono.

Christopher passou a mão pelos cabelos ofendidos.

— Sinto muito.

Dul arregalou os olhos, sentindo que outra con­tração se aproximava dolorosamente.

—Também não gosto de seu nariz!

—Eu o quebrei, lembra?

—         Pois chegue mais perto que eu o consertarei! — bradou ela, soltando a mão dele.

Cauteloso, Christopher se manteve a certa distância.

— Não acho que seja uma boa idéia — disse a ela. — Segure minha mão.

Dul obedeceu, apertando a mão de Christopher quando foi assaltada por outra contração. Quando a dor mais intensa se foi, olhou para ele.

— Christopher, acho que não vou agüentar por muito tempo...

Ele concordou com ela. Os médicos e as enfermeiras diziam que as contrações estavam indo até bem de­mais para um primeiro filho, mas não estava sendo nada fácil. Nem para ele e muito menos para Dul.

— Christopher...

Ele olhou para ela. Os lindos olhos castanhos lhe pareceram mais vulneráveis do que nunca.

—Eles têm certeza de que aquele meu susto não prejudicou o bebê?

—Garantiram que está tudo bem.

—E como sabem?

Com paciência, Christopher repetiu o diagnóstico que os médicos lhe haviam dado.

—Disseram que você já havia entrado em tra­balho de parto cerca de duas horas antes de aquilo acontecer. Só não entendo por que não me falou que estava com dores nas costas.

—Pensei que não fosse nada demais — explicou Dul. — Minhas costas estavam sempre doloridas ultimamente.

Nesse momento, uma enfermeira entrou na sala de parto e checou o monitor ao lado da maça de Dul.

— Muito bom — elogiou ela. Voltando-se para Christopher, falou: — Posso ficar com ela, se quiser des­cansar um pouco.

Dul segurou a mão dele com firmeza.

—Não vá! — pediu ela.

—Pode ficar tranqüila — respondeu Christopher. — Não sairei de perto de você.

A enfermeira a olhou com ar de reprovação e se retirou.

— Ela não gosta de mim — sussurrou Dul, cer­rando os dentes mais uma vez.

— Relaxe — aconselhou Christopher. — Tente tra­balhar a dor, em vez de se entregar a ela.