Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

Dul suspirou quando a contração se foi. Pensara que não iria querer ter Christopher a seu lado nesse momento, mas já não sabia o que seria dela se ele não estivesse ali, dizendo-lhe palavras carinhosas de incentivo.

Ao sentir a aproximação de outra forte contração, tentou sentar.

— O que foi? — perguntou Christopher, passando o braço pelos ombros dela.

— Quero ir para casa, por favor — pediu ela, exasperada.

Christopher a segurou com firmeza.

— Fique parada, Dul. Não irá a lugar nenhum.

Ela não soube se o contestava ou se chorava. A dor estava ficando mais forte, praticamente insuportável.

— Respire devagar — disse Christopher. — Olhe para mim.

Dul cerrou os dentes, mas não deixou de olhá-lo. Quando a contração passou, estava mais suada do que nunca.

  — Ótimo — Christopher a elogiou, beijando-a na testa. — Está indo muito bem.

A enfermeira voltou para verificar o monitor e ver com quantos centímetros estava a dilatação.

  — Não falta muito agora — disse ela.

  Dul não acreditou no que ouviu. As enfermeiras vinham falando a mesma coisa desde que ela entrara no hospital, na tarde do dia anterior.

  — Christopher, não estou agüentando mais.

Ele, porém, não desistiu. Mandou que ela respiras­se, relaxasse, olhasse em seus olhos... A certa altura, notou que outras pessoas haviam entrado na sala.

As contrações foram se tornando cada vez mais rápidas até que sentiu algo se tornar diferente em meio a tudo aquilo.

  — Ela está pronta — anunciou a enfermeira. — Vamos começar a puxar agora, Dulce.

Seguiu-se uma movimentação na sala e Dul per­cebeu o ar expectante dos médicos e das enfermeiras. Sentindo uma nova força surgir de repente dentro de si, começou a fazer força para liberar o bebê, seguindo as palavras de incentivo de Christopher.

  — Isso mesmo, Dul! — dizia ele. — Você vai con­seguir! Está vindo!

Daí em diante não demorou muito. Logo todos ouviram a voz do médico principal anunciar:

—É uma menina!

—Meu Deus, nem sei o que dizer... — murmurou Christopher, encantado. — Veja, Dul. Nós fizemos um pequeno milagre.

Os olhos dela se encheram de lágrimas. Pediu para segurar a filha, mas duas enfermeiras se afas­taram com ela.

— O que houve? — perguntou, preocupada. Só então deu-se conta de que o bebê não chorara. — Christopher, vá ver o que está acontecendo!

Antes mesmo de ela falar, ele já estava indo em direção às enfermeiras, parecendo tão tenso quanto ela.