Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

CAPÍTULO XTV

Durante os dois dias que se seguiram, a vida se tornou completamente per­feita para Dul. Christopher permaneceu a seu lado du­rante a maior parte do tempo, admirando cada novo gesto ou som que Nanda fazia.

O coração de Dul se enchia de ternura a cada vez que ela via Christopher trocar a fralda da filha ou pegá-la no colo.

Na última manhã em que ela ficaria no hospital, uma enfermeira entrou no quarto antes de Christopher chegar e entregou-lhe um papel.

— É a certidão de nascimento — explicou ela. — Preencha as lacunas e entregue no balcão da recep­ção antes de sair.

Enquanto preenchia a certidão, Dul hesitou no mo­mento de escolher o sobrenome da filha. Fernanda Dulce Saviñon soava muito bem. Mas Fernanda Dulce Uckermann soava melhor ainda.

Provavelmente Christopher também gostaria. Se bem que ele não mencionara mais casamento nos últimos dias. Teria mudado de idéia?

Não, não mudara. O amor pela filha estava mais do que evidente no modo como ele a olhava. No entanto, Dul não percebia o mesmo carinho de antes quando ele olhava para ela. Ainda assim, acreditava que ele estivesse esperando o momento certo para pedi-la novamente em casamento.

Colocou os papéis embaixo do travesseiro quando Christopher apareceu à porta.

—Ei, minhas meninas ainda não estão prontas? — perguntou, indo direto até o moisés colocado ao lado da cama.

—Nanda já está pronta — anunciou Dul. — Im­porta-se de levá-la para dar uma volta enquanto tomo um banho e troco de roupa?

—Claro que não.

Christopher pegou a filha com um cuidado que mais uma vez deixou Dul admirada. Nem ela mesma faria tão bem, pensou, orgulhosa.

— Voltaremos dentro de meia hora — anunciou Christopher, antes de sair. — Parece que não há nada muito interessante por aqui — falou, ao observar o
corredor vazio. Olhando para Nanda, perguntou: — Quer ver outros bebês?

Levou Nanda até o berçário, onde outras cinco crianças estavam deitadas em cestinhos. Riu quando a visão o fez lembrar de uma porção de pãezinhos expostos na vitrine de uma padaria.

— E então, princesa, o que está achando de seus colegas? Há bebês de todos os tipos aqui. Pequenos, grandes... Ei, veja só aquele do canto! — exclamou
e levantou Nanda, para que ela também pudesse ver.

Porém, sua única reação foi bocejar.

— Não está achando interessante? — indagou ele, acariciando os cabelinhos macios de Nanda.

Inspirou o delicado perfume que ela emanava e beijou-a na testa.

— Ah, você também está aqui? — disse alguém atrás dele.

Ao se virar, Christopher se deparou com Ken.

  — Parece que nós dois fomos os primeiros pais da classe — brincou ele, olhando para Nanda. — Ali está meu filho, Kenneth Júnior.

Orgulhoso, Ken apontou para o bebê loiro e gordu­cho que parecia encher o cesto quase completamente.

  — Ele se parece com você — afirmou Christopher.

  Ken sorriu, satisfeito.

  — Nós também achamos. E seu bebê, como se chama?

Feliz em mostrar a Ken como realmente deveria ser a aparência de um bebê, Christopher virou a filha para que ele pudesse vê-la.

— Esta é Fernanda Dulce — anunciou, orgulhoso. — O nome foi escolhido por mim.

Ken a olhou por um momento.

—É bonitinha. Mas parece um pouco pequena, não?

—Ela tem o tamanho normal — replicou Christopher, tentando conter a irritação.

—Oh. — Ken olhou novamente para o filho, ao dizer: — Kenneth é um bebê bastante robusto. Nas­ceu com quase cinco quilos.

Christopher deu um breve assobio.

—Barbie deve ter adorado isso.

Ken fez uma leve careta.

—Bem, ela... conseguiu se manter firme.

— Entendo. Dul também se saiu muito bem. Ou­vimos quando Barbie chegou ao hospital. Nanda já havia nascido. Mais precisamente às oito horas da
manhã. E Júnior, a que horas nasceu?

  — Onze e pouco — respondeu Ken.

  Christopher sorriu, satisfeito.

— Na verdade, parece que eu fui o primeiro pai da classe. Bem, precisamos voltar para o quarto. Tchau, Ken e Kip.

— Até mais, Christopher e Ned.

Christopher hesitou.

— Ned?

—Claro. As iniciais dela são FEDU, não? Seu so­brenome não é Uckermann?

—Sim — confirmou Christopher.

"Mas o de Dul não é", pensou ele. Não era possível que depois de tudo o que haviam passado juntos ela não quisesse dar seu sobrenome a Nanda.

— Até mais, Ken.