Fanfic: → εïз۰•●Um bebê a caminho [Terminada] ●•۰εïз 

Não tinha o direito de exigir que Christopher se afas­tasse do trabalho por sua causa. Ele adorava o em­prego. Além do mais, ele não tinha uma mãe a quem recorrer em caso de necessidade. De fato, era ele quem estava cuidando da família desde os dezesseis anos.

Embalando Nanda, parou um instante quando uma súbita conclusão lhe ocorreu com a intensidade de um raio. Amava Christopher! A resposta era simples, e ao mesmo tempo tão complexa!

Nanda se impacientou novamente e Dul a segurou mais junto de si, encostando os lábios nos cabelos dela.

— Está na hora de sua mãe agir como uma mulher madura, Nanda — murmurou.

A porta se abriu de repente. Pensando que fosse a sra. Salazar que viera se despedir, virou-se com um sorriso.

— Sra. Salazar, eu...

Calou-se, aturdida ao se deparar com Christopher. Ele fechou a porta e veio em sua direção, mas he­sitou quando Dul não demonstrou nenhuma reação.

— Por favor, não tente fugir de mim, Dul. Não agora que voltei para casa.

Ela continuou no mesmo lugar, sem saber como reagir.

—Eu te amo — continuou Christopher. — Eu deveria haver lhe dito isso antes de partir. Aliás, falar na primeira noite em que ficamos juntos teria sido mais adequado. Porque no momento em que a conheci, eu soube que minha vida havia mudado.

—Oh, Christopher... Não está dizendo isso só para que eu me sinta melhor?

—Não. Mas eu me sentiria bem mais feliz se você também dissesse que me ama.

—Sim, eu te amo, Christopher. Amo muito.

Ele a beijou, ignorando o leve chute de protesto que Nanda deu em sua barriga. Quando se separa­ram, ambos olharam para a filha.

— Deixe-me segurá-la um pouco — pediu Christopher. Ao pegá-la no colo, fingiu um ar de censura ao dizer: — Pare com isso, mocinha. Não vê que estou me declarando à sua mãe?

Nanda parou de choramingar no mesmo instante e olhou para ele, como que reconhecendo o pai.

— Eu te amo, princesinha — falou ele, beijando-a na testa. — Mas no momento você está muito geniosa. E nada melhor do que outra geniosa para cuidar de você. — Aproximou-se da porta. — Anahi!

— Sim, meu adorado irmão? — respondeu ela, da cozinha.

— Pegue Nanda por um instante, sim? Preciso con­versar com Dul.

Quando a irmã apareceu, ele entregou a filha a ela. Assim que Annie passou pela porta, ele acrescentou:

— A propósito... sou o verdadeiro pai de Nanda. E você é tia dela.

Annie arregalou os olhos.

— Oh, meu Deus!

Christopher fechou a porta diante dela e trancou-a em seguida.

—Isso não foi nem um pouco educado — ralhou Dul, esforçando-se para conter o riso.

—Eu sei — respondeu Christopher, com um sorriso satisfeito.

Ele se aproximou de Dul, ansioso para tê-la no­vamente nos braços. Trocaram um longo beijo, ig­norando os protestos e ameaças de Annie, vindos do lado de fora da porta.