Fanfic: •●๋• Alguém para amar ●ღ•

Christopher custava a acreditar que Dulce Saviñon ig­norava a ligação, embora fosse essa a única explicação para seu comportamento ultra normal. Talvez a hosti­lidade de Belinda tivesse sido tanta que sequer che­gara a preocupar-se em identificar, o marido para a conselheira sentimental.

O fato de ter mantido o precioso nome de solteira, Shull, poderia ter gerado a confusão. Ou então, Belinda presumia que era de conhecimento público que seu marido era Christopher Uckermann. Ela se orgulhara do marido nos primeiros dois ou três anos de casados. Entretanto, depois da chegada de Dulce Saviñon a Sídnei, esse orgulho ofuscara-se sob o peso das tentativas de transformar o já frágil relacionamento deles num casamento moderno.

Christopher concluiu, com uma dose de cinismo, que fora muito fácil para Belinda desistir dos esforços para salvar o casamento. E Dulce Saviñon havia lhe proporcionado todas as desculpas para justificar tal atitude.

Ela continuava a olhá-lo tão inocentemente, tão aberta e honestamente. Esperava, com certeza, que ele tomasse a iniciativa de falar o que pessoas estra­nhas sempre dizem ao se conhecerem, dando-lhe, as­sim, a deixa para o que deveria desenvolver-se entre ambos a partir daquele momento. Um momento livre do passado e que oferecia todas as escolhas para um possível futuro.

Ele estava tentado.

De uma maneira racional, objetiva, Dulce Saviñon representava um estigma.

Mesmo assim, ele a queria.

Queria esvaziar a mente dela de todos os argumen­tos inteligentes e levá-la à loucura. Fazê-la arder de desejo por ele. Queria soltar a massa de cabelos cor de cobre que ela prendera num coque no alto da cabeça e vê-los espalhados sobre um travesseiro, num lânguido abandono. Queria arrancar-lhe a blusa e apossar-se dos seios viçosos, provocantemente delineados sob o tecido fino.

E aquele cinto sexy acentuando a cintura delgada e a curva sensual dos quadris! Imaginava-a com os braços erguidos, com o cinto preto em volta dos pulsos, a fivela dourada bem no centro, prendendo-lhe as mãos, enquanto ele se fartava dela.

Dulce Saviñon subjugada ao homem a quem injuriara, entregando-se. As pernas compridas e elegantes enroscadas no corpo dele, suplicando, ansiando, dese­jando. Oh, sim, seria uma doce vingança. Extasiar-se com aquela boca carnuda, purificando-a de todas as palavras injustas que proferira contra ele, substituin­do-as pelos sons intensamente gratificantes dos gritos e gemidos de prazer.

Christopher se retesou. Seu coração disparou com a vio­lência dos sentimentos conflitantes que ela lhe des­pertava. Seu corpo estremecia com as descargas de adrenalina, à medida que as cenas desfilavam em sua mente, todas eróticas, alimentando a excitação que crescia em seu íntimo.

A determinação de Christopher perecia sob aquele ím­peto animalesco. O bom senso insistia para que con­tinuasse no papel de homem civilizado. Fantasias eram fantasias. A realidade podava qualquer chance de fazê-las acontecer.

Ele ainda era uma página em branco para Dulce Saviñon, porém, quando a página fosse virada, seria história no livro dela. Belinda se encarregaria disso. Ele precisava apenas de um pouco de tempo para pôr em prática o jogo que planejara. Queria quebrar a con­fiança que levava Dulce a intrometer-se na vida de outras pessoas.

Seria divertido dobrá-la, vencê-la, assistir sua res­posta natural a ele, antes de Belinda dar o golpe fatal. Mais tarde, ela se lembraria. Oh, sim, aquela mente hábil, inteligente de Dulce Saviñon se lem­braria de tudo o que ambas haviam conversado, fa­lado, repetido.

Christopher garantiu a si mesmo que ficaria muito sa­tisfeito com isso. O truque seria manter seu pensa­mento fixo no resultado desejado, o único resultado que realmente contava.

CONTINUA?!